3.08.2015

O RITUAL SUTIL DE JAIR NAVES

Cantor e compositor cria uma obra sublime e recheada de belas canções, que funcionam como hinos de lotar estádios.  


Jair Naves apresenta o segundo álbum como uma linha evolutiva do primeiro disco e até mesmo do trabalho que feito com a banda 'Ludovic'.

Seguindo a própria vocação de criar hinos a serem entoados em uníssono por grandes multidões, Naves demonstra que o que falta mesmo é conseguir lotar os grandes estádios. Mas esse é um problema que não lhe compete, pois talento é claro que tem.

Com vocais falados e quase não cantados, Naves evoca de Leonard Coehn a Gil Scott-Heron e combina sua fala cantada com a nova música brasileira, nas participações especiais de Bárbara Eugênia nos vocais, Guizado no trompete, Caio e Igor Bologna na percussão, Raphael Evangelista no violoncelo e dos brasilienses Camila Zamith do 'Sexy Fi' e Beto Mejia dos 'Móveis Coloniais de Acaju'.

Nos show ao vivo, Naves é acompanhado por Renato Ribeiro no violão e guitarra, Felipe Faraco no teclado e sintetizador, Rafael Findans no baixo e Thiago Babalu na bateria. Essa mesma galera produziu este álbum em parceria com Naves.

Destaque para 'Resvala', 'B.', 'Prece atendida', 'Deixe/ Force' e 'Um trem descarrilhado'. O disco é curto, mas deve ser ouvido na sequência sugerida pela própria ordem. Uma boa oportunidade para modificar o cenário e construir um ambiente onde o cantor lote estádios para cantar suas canções altamente vibrantes e viciantes. O álbum faz juz ao título, 'Trovões a me Atingir'.

2015 Trovões a me Atingir

1. Resvala
2. 5/4 (Trovões vêm me atingir)
3. Incêndios (O clarão de bombas a explodir)
4. B.
5. Prece atendida
6. Em concreto
7. Deixe/ Force
8. No meu encalço
9. Um trem descarrilhado

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