8.30.2008

ENTÃO ISSO É LEE JACKSON AFINAL DE CONTAS?

Lee Jackson era um grupo paulistano formado em São Paulo, participou da Jovem Guarda e gravou um disco apresentado por Bill Haley, em sua visita ao Brasil. Bill Haley só posou para as fotos da capa.

O disco começa com uma versão surf music para o clássico do Ray Charles, ‘What’d.I say’, com uma cuíca matadora, seguida por uma versão de ‘rock around the clock’, do Haley, misturada com ‘brasileirinho’ de Waldir Azevedo. O repertório do disco tem clássicos como ‘Be bop a lula’, de Gene Vincent, a balada, ‘Runaway’ e uma versão pagode de ‘Hard days night’ dos Beatles, que faz John Lennon se revirar no túmulo, ou ainda Keith Richards abrindo um processo por calúnia e difamação por causa de um trecho da ‘Galinha Garnizé’ no meio de ‘Satisfaction’.

Eu mesmo procurei por esse disco por anos e nunca havia encontrado, até dar de cara com essa raridade. Todo mundo um dia já achou que esse disco fosse de um cantor chamado Lee Jackson. Daí você chega em uma loja de discos e pergunta o que é Lee Jackson e o cara vai te mandar pra seção de blues, jazz ou achar que esse Lee tem um certo parentesco com o Michael etc e tal. Por isso é que se revela a importância de tantos bloguis por aí que mandam ver e detonam umas pérolas como essa. Alguns bloguis já postaram esse disco e vou deixar os links deles ali embaixo.

1977 Bill Haley Presents Lee Jackson

1. What’d I say
2. Rock around the clock/ Brasileirinho
3. Be bop a lula
4. Rockin’ Robin / Route 66
5. Runaway
6. A hard day’s night
7. Satisfaction (I can’t get no)
8. Jambalaya
9. CC Ryder
10. Whole lotta shakin’ goin’ on
11. If I fell

Abaixa aqui no Eu Ovo

ou aqui
Link do Na Onda do Samba Rock

e aqui
Link do Toque Musical

8.23.2008

YO TIENGO ESPERANZA EM LOS OJOS

Parem as prensas! Parem tudo que estão fazendo! Os que acompanham o blogui frequentemente, sabem que quando eu faço com uma introdução dessas, vem pedrada pra aí...

O som ao qual me refiro é o da contrabaixista, cantora e compositora Esperanza Spalding. Se no som da Hiromi Uehara eu já tinha ficado pasmo... Fiquei de novo com o som da Esperanza.

O disco mais novo, 'Esperanza', foi gravado com uma trupe de bambas como o violão flamenco de Niño Josele, a percussão de Jamey Haddad, os bateristas Horacio ‘El Negro’ Hernández e Otis Brown III, o saxofone de Donald Harrison, o piano de Leo Genovese e a voz de Gretchen Parlato.

O disco começa com uma versão suingada para ‘Ponta de areia’ do Fernando Brant e Milton Nascimento, na qual a Esperanza canta em português mesmo, e sem sotaque algum. A faixa seguinte é ‘I know you know’, que é uma versão com um pé no samba-jazz.

‘Fall in’ é uma faixa delicada e de muito bom gosto. A quarta faixa, ‘I adore you’ lembra os melhores momento de Fora Purim e de toda galera que faz improviso vocal. Tem certeza de que essa mina não é brasileira?

Tenho sim! Ela nasceu nos Estados Unidos, em Oregon, estudou em Berklee e já tocou com Pat Metheny. Eu simplesmente adorei o som de Esperanza Spalding.

A clássica ‘Body & soul’ é apresentada como ‘Cuerpo y alma’, cantada em espanhol também sem sotaque algum. Mas o som é um standart de jazz de primeiríssima linha.

‘She got to you’ é uma quebradeira sem fim. ‘Precious’ é outra faixa delicada, simplesmente sensacional. ‘Mela’ é outra quebradeira, com destaque para os solos de trumpete, piano e até do contrabaixo da anfitriã, que nos brinda com mais improviso vocal.

‘Love in time’ é mais uma balada delicada e deliciosamente executada, repare no final que vai crescendo. ‘Espera’ tem um groove perfeito para curtir a dois. Aliás, esse disco é altamente recomendado para aquele jantar à luz de velas, ou aquele happy-hour intimista.

‘If that’s true’ tem suingue, tem solos de sopro que são maravilhosos, tem um piano mandando ver, a bateria quebrando tudo e o inconfundível contrabaixo da Esperanza marcando o ritmo.

O disco termina com outra música brasileira, ‘Samba em prelúdio’, com um arranjo flamenco, novamente cantada em português perfeito.

Esse foi o segundo disco dessa surpresa do jazz norte-americano, que para mim é a nova grande diva do momento e dos momentos que virão.

Então você pode pegar aqui os discos dessa cantora maravilhosa.

2008 Esperanza

1. Ponta de areia
2. I know you know
3. Fall in
4. I adore you
5. Body & soul (Cuerpo y alma)
6. She got to you
7. Precious
8. Mela
9. Love in time
10. Espera
11. If that’s true
12. Samba em prelúdio

Baixe aqui pelo Eu Ovo

2006 Junjo

1. Peacocks
2. Lôro
3. Humpty dumpty
4. Mompouana
5. Perazuán
6. Junjo
7. Cantora de yala
8. Two bad
9. Perazela

Baixe aqui pelo Eu Ovo

Link do: The Music Jockey

8.16.2008

A GARGALHADA GOSTOSA DA LUA

A famosa casa da Dona Nilda. Esse foi o cenário onde a Lua cresceu. Na época ela era só a Luana, sobrinha do Dudu, Didiu e Godela. O Dudu é guitarrista e tocava com a banda ‘Exquadrilha da Fumaça’. O Didiu sempre foi ligado ao desenho e hoje em dia já fez clipes para os ‘Ratos de Porão’, ‘Capital Inicial’ etc e tal. Já o Godela sempre foi mais esportista e criou a ginástica natural ‘Integral Bambu’.

Então foi nesse cenário que a Luana cresceu, cercada de toda a galera que visitava a casa da Dona Nilda, como músicos, desenhistas, cineastas, DJs, atores e até atletas. A mãe da Luana, filha da Dona Nilda, irmã do Dudu, Didiu e Godela, morava em São Paulo e também vivia cercada de artistas. Por isso, a casa da Dona Nilda era sempre cheia de gente.

As tardes passavam rápido na casa da Dona Nilda, assistindo filmes com Didiu, ouvindo rock com o Dudu, ou pulando na cama elástica do Godela.

Foi então que a Luana cresceu e virou a Lua e até gravou um disco solo recém-lançado pela Ôlôko Records, e teve participações especiais de gente como Lenine, B. Negão, Edgar Scandurra, Marcos Suzano, e todo pessoal da metaleira do ‘Funk como Le Gusta’. Sem falar na produção de Ale Siqueira.

O disco tem um repertório cuidadosamente escolhido para caber na voz grave e quase rouca da Lua. O repertório trás escolhas ousadas com canções como ‘Maracatu de tiro certeiro’ de Chico Science e Jorge Du Peixe, ‘Seres Tupy’ de Pedro Luís, ‘Argila’ de Carlinhos Brown, ‘A rede’ de Lenine e ‘Tambor’ de Chico César.

No repertório do show, Lua canta as músicas do disco com alguns sucessos de Bob Marley e outros grooves. Nos shows ela é acompanhada por Daniel Ganjaman (do Instituto), no teclado, programações, efeitos, kaosspad e backing vocais; Junior Boca na guitarra; Dj Keffing nos scratches; Abuhl Jr. na percurssão; Nelson Viana na bateria e backing vocais e Demetrius Carvalho no baixo. Ah, e como se não bastasse toda essa galera, ainda veio o Buguinha para mexer na mesa de som.

Os shows da Lua em Brasília aconteceram na segunda-feira no restaurante e bar Calaf, e na terça-feira em um pocket-show na Fnac. Saiu uma resenha sobre o disco na ‘Rolling Stone’ e a Luana estava lá na casa da Dona Nilda mostrando pra todo mundo, toda orgulhosa, entre um filme e outro, ouvindo rock, pulando na cama elástica e dando boas gargalhadas pelo quintal.

Você quer ouvir a gostosa gargalhada da Lua? Ouça ‘Obrigado (Por ter se mandado)’. Ouça também ‘Dias de paz’ ou ‘Se tudo pode acontecer’. Ouça a Lua chegar de mansinho e conquistar sua atenção com sua voz de veludo e o ritmo dançante dos arranjos de Alê Siqueira. Leia também o que a Lua tem a dizer sobre outras coisas mais.

Eu Ovo: Como foi que você começou a carreira?

Lua: Desde muito pequena já pensava em fazer algo diferente, e sempre gostei de cantar. Conhecia algumas pessoas do meio musical e bem cedo, muitos amigos já tinham bandas em Brasília. Comecei como backing vocal dessas bandas e aos poucos, fui percebendo que era isso que eu queria fazer pro resto da vida. Sempre senti muita vontade mas achava tudo muito complicado. O grande impulso na minha carreira foi quando me mudei pra Florianópolis, e tocando de forma totalmente despretenciosa na casa de um amigo, conheci minha empresária Biba Berjeaut. Com a ajuda dela comecei a me dedicar mais e enxergar a música não só como prazer, mas também como uma profissão.


EO: Você começou numa banda de forró, não foi? Que banda foi essa mesmo? Você considera uma mudança de estilo o rumo da sua carreira agora?

L: Comecei como backing vocal de bandas de reggae, mas como cantora tive em Brasília uma banda de forró chamada ‘AS MINAS DO REI SALOMÃO’, com outras cinco amigas e um amigo. Isso foi em 2000 e a banda durou dois anos. Vivi uma época bem intensa com o forró na minha vida. Acredito que essa mudança de estilo aconteceu naturalmente pra mim, a medida que fui conhecendo outros estilos e recebendo outras influências musicais. Sempre levarei comigo esta influência regional do forró, côco e maracatu. Somei essas infuências ao r&b, reggae, dub, soul e outros grooves que se tornaram uma marca no meu trabalho.


EO: Como foram as gravações do seu disco? Porque tiveram muitas participações, como Lenine, Marcos Suzano, Edgar Scandurra e B. Negão. Como você lidou com o fato de estar realmente cantando com gente que você costumava ver da platéia?

L: Como consequência de um longo trabalho em Florianópolis - junto à minha empresária - decidi que era hora de uma gravação mais profissional. Fomos encontrar o produtor Alê Siqueira em Salvador, procurando uma indicação para produzir o meu primeiro álbum. Quando nos conhecemos ele acabou topando produzir o trabalho, e acabamos agendando para o começo de 2005 em Salvador - cidade que ele morava. Quatro meses antes nos mudamos para Salvador, e lá tive reuniões semanais com o Alê em sua própria casa para a escolha de repertório e conversar sobre as participações dos músicos em cada faixa. Pra mim essa gravação se tornou uma faculdade, já que sempre fui intuitiva e autodidata. Quanto aos músicos e convidados do disco, acho que cada produtor tem o seu time, e a maioria dos músicos do projeto faziam parte da galera do Alê Siqueira - Marcos Suzano e Edgar Scandurra, por exemplo. As participações de Lenine e B. Negão eram uma vontade antiga minha, de tê-los em meu trabalho e fiquei muito feliz de poder concretizar esse sonho. Na verdade, ter essas pessoas no disco quebrou um pouco essa barreira entre o palco e a platéia e passei a encarar estes músicos como profissionais, que são iguais a mim. Muitos se tornaram grandes amigos. Do começo ao fim foi uma experiência maravilhosa.


EO: O que você ouve em casa?

L: Meu gosto musical sempre foi muito eclético. Gosto muito de Erykah Badu, Damian Marley, Nneka, Estelle e Ms. Dynamite. Tenho ouvido alguns trabalhos atuais que conheci em Sao Paulo, como Curumin, Otto, Instituto e Guizado. Tambem adoro Lenine e B. Negão e os Seletores de Frequência.

EO: Como tem sido a recepção do público na turnê do disco novo?

L: O público tem aceitado super bem nos lugares onde a gente tocou e ver as pessoas dançando e sorrindo nos shows me deixa muito feliz. Ainda não chega a ser uma turnê, já que tocamos em poucas cidades, mas pretendo rodar o mundo com esse show.

EO: Você acha que downloads pela internet prejudicam ou divulgam o trabalho do artista?

L: Eu encaro a internet como uma aliada. Se eu fosse compositora e não intérprete dessas canções que estão no disco, provavelmente disponibilizaria ele inteiro para download. Sou totalmente a favor da internet, pois acredito que ela tenha facilitado tudo. A meu ver, ela une as pessoas e só soma. Posso receber mensagens e me comunicar com pessoas do outro lado do mundo através do Myspace e ver minha música chegando em lugares que eu nunca fui. Vejo isso como uma conquista.

2008 Lua

1. Se tudo pode acontecer
2. Brilho do sol
3. Piercing
4. Jogo bom
5. Dias de paz
6. Maracatu de tiro certeiro (& B. Negão)
7. Seres Tupy (& Lenine)
8. Argila
9. To na sua
10. Uma ajuda
11. A rede
12. Não deveria se chamar amor
13. Obrigado (Por ter se mandado)
14. Tambor

Baixe aqui pelo Eu Ovo

8.09.2008

E UM CALDEIRÃO DE FOLHAS ME FARIA MAIS FELIZ

A banda Supercordas já lançou dois discos, ‘A Pior das Alergias’ de 2003 e ‘Seres Verdes ao Redor’ de 2006. Eles também lançaram um EP, ‘Satélites no Bar’ de 2005 e o single 'Ruradélica' em 2006, que continha versões demos de músicas que saíram no último disco.

Quem quiser pegar os outros discos do Supercordas, pode ver aqui no blogui mesmo. E para baixar os projetos paralelos dos integrantes do Supercordas, veja lá no blogui (Mu)shroom Records. Lá você pode encontrar projetos solo do Bonifrate, que no Supercordas canta, toca guitarra e teclado, e do Filipe Giraknob que toca sintetizadores, programações, distorções, mas no seu trabalho solo ele orquestra passarinhos esquizofrênicos, ou não seriam espectros complexos....

Nessa semana saiu uma versão demo de uma música nova, que com certeza vai estar incluída no próximo disco da banda. A banda também está com o clipe de 'Ruradélica', já disponivel no youtube. Então o Bonifrate apareceu por aqui e falou sobre este e outros assuntos.


Eu Ovo: Muitos dizem que o ‘Seres Verdes ao Redor’ foi o ‘Revolver’ de vocês, numa analogia com os Beatles. Vocês estão preparando um ‘Sgt. Peppers’?

Bonifrate: Dizem mesmo? É possível. Mas acho que não. Nós vamos tentando deixar pra trás toda essa referência cronológica e beatlemaníaca que todas as bandas costumam ter, talvez nós tenhamos feito um ‘Revolver’ antes de fazer um ‘Help’, quem sabe? O próximo disco vai ser bem diferente do ‘Seres Verdes’, não aprofunda uma idéia já iniciada, vai em outra direção mesmo. Prefiro achar que o ‘Seres Verdes’ foi o nosso ‘Smiley Smile’ (disco de 1967 dos ‘Beach Boys’), e o próximo pode ser que seja o nosso ‘Odessey and Oracle’ (disco de 1968 dos ‘Zombies’).


EO: Como vai ser o novo disco? Porque a faixa que saiu do novo single está bem mais rock do que o resto do trabalho de vocês...

B: A versão de ‘Mágica’ que botamos no MySpace agora ainda é uma espécie de demo, mas já representa um pouco o caminho que vamos tomar. Realmente vai ser mais elétrico, tenso e esquizofrênico. Aquele clima monocromático do ‘Seres Verdes’ vai dar lugar a uma variedade mais colorida de canções que liricamente tratam dos temas mais diversos.

EO: Quando sai o novo disco? Vocês têm um deadline?

B: Ainda não. Estamos procurando meios de gravar. Achamos que ele precisa de uma produção mais refinada, então preferimos esperar por uma boa oportunidade de gravar num estúdio legal do que fazer em casa como fizemos os anteriores.


EO: E como surgiu o Supercordas?

B: Nos conhecemos puxando assunto uns com os outros, coincidentemente ou não, sempre por causa de camisetas do ‘Spiritualized’ ou do ‘Spacemen 3’. Eu e Valentino já fazíamos uns sons juntos quando morávamos em Parati, daí quando nos mudamos pro Rio vieram vindo os outros. Fazem só cinco anos, mas acho que era bem diferente naquela época. Não tinha essa infinidade de bandas e projetos, MySpace, essa coisa toda.


EO: Vocês se inspiraram na ‘teoria das supercordas’ para dar o nome a banda?

B: Sim. A teoria me pareceu uma boa fonte de batismo, tanto pela estética impecável que ela propõe (cordas unidimensionais que geram e sustentam toda a matéria do universo numa grande sinfonia), quanto pelo fator de dúvida que ela ainda traz. A Teoria das Supercordas é completamente incomprovável nos dias de hoje, e apesar de todo o embasamento teórico-matemático, pode ser tudo uma grande farsa. Pensando nisso, achei um bom nome pra uma banda.


EO: Me fale um pouco dos projetos paralelos? Dos integrantes da banda...

B: Antes da banda existir, eu gravei muitas coisas num porta-estúdio de fita. Primeiro com uma banda ultra-psicodélica chamada ‘Psylocibian Devils’, depois como Bonifrate mesmo e depois me juntei ao Valentino pra gravar como ‘Vitrola Photossintética’. Tudo isso nunca passou dos nossos porões musguentos e mofados até formarmos os ‘Supercordas’. No ano passado meu disco ‘Os Anões da Villa do Magma’ foi lançado pela Peligro e até tenho feito uns showzinhos por aí, com banda (Os Anões) ou só com o violão e o Giraknob nas ambientações. Falando no Giraknob, ele também faz os trabalhos eletroacústicos dele. Tem um disco lançado pela Fronha Records daqui do Rio e algumas faixas a serem lançadas.
Nosso mais novo integrante, o Digital Ameríndio, é baterista, mas também um baita de um compositor genial. Em breve vou postar uns discos dele no blog da Shroom Records.
O Kauê também faz canções, mas ainda não as lançou. Talvez alguma entre no próximo disco dos Supercordas.


EO: E quanto ao blogui? – (Mu)shroom Records – É um veiculo apenas para divulgar os singles ou projetos paralelos da banda? Existe retorno dos internautas? Porque é um texto muito bem escrito que descreve histórias engraçadas, como a da apresentação do Giraknob, que versava sobre os ‘passarinhos psicodélicos’ e ‘espectros complexos’.

B: É. Eu sempre gostei de publicar de alguma forma o que já gravei, e com essa onda de blogs me deu vontade de fazer um especial pra todos esses projetos, não só meus, mas do coletivo mais amplo. Eu gosto muito de escrever, então faço sempre uma resenha livre dos trabalhos. Até agora não tive grandes retornos não, só você e mais um punhado de gente que comentou alguma coisa. Também não tive tempo de fazer um grande esforço pra divulgar ainda. Essa entrevista já é uma mão na roda. Quem sabe agora começa a bombar?

EO: Download pela internet. Divulga ou prejudica o artista?

B: Divulga, definitivamente. É o que há, no momento. Se dependêssemos de discos físicos ainda estaríamos nos anos 90. É claro que adoraríamos ter um vinil lançado, por exemplo, mas o meio principal agora é a internet. Por isso, quem quer ganhar alguma grana com música gravada hoje em dia tem que ser muito esperto e criativo. Por um lado é bom, mas também obriga as bandas a se organizarem de acordo com uma lógica empresarial que eu abomino. Talvez por isso não estejamos ricos ainda.


2008 Mágica (Single)

1. Mágica

Baixe aqui pelo Eu Ovo

E tem mais. Há muito tempo baixei pelo ‘Soulseek’ uma pasta de um certo usuário ‘Supercuerda’. E não é que ele tinha uma pasta intitulada ‘Outtakes, demos, covers etc’... O conteúdo desse arquivo é o que o título sugere, ‘Outtakes, demos, covers etc’, mas você pode ouvir ali na rádio do blogui.

8.02.2008

BATMAN-TURNER OVERDRIVE

O que dizer sobre esse personagem maravilhoso criado por Bob Kane? E porque diabos o Eu Ovo vai falar logo sobre esse justiceiro mascarado? Simples! O Batman, mesmo sem poder algum, já deu até uns sopapos no Superman. Então seguem abaixo alguns álbuns que comprovam essa popularidade.

O seriado da década de 60 foi o grande responsável pela trilha sonora oficial, que é a canção, ‘Batman theme’. Quem é que pode dizer que não reconhece a música nos primeiros acordes? Confira na rádio ao lado as várias versões desse clássico.

O primeiro álbum representa a trilha sonora original do programa de televisão daquela época. Depois dois discos obscuros que possuem pouca informação na internet. São o 'Batman', creditado aos 'Bat Boys', e o 'Batman & Robin', creditado a membros de 'Sun Ra' e 'The Blues Project', e com o subtítulo de ‘The sensational guitars of Dan & Dale’. Ambos discos lançados em 1966, mesma data da trilha sonora da série.

Depois da série televisiva, participações em desenhos dos ‘Superamigos’, e no vergonhoso ‘Scooby Doo’, o Batman finalmente teve sua chance no cinema, pelas mãos de Tim Burton. O cantor Prince ficou tão empolgado com a história que compôs, por conta própria, canções para o filme, que acabaram aproveitadas no longa-metragem. Esse disco também foi colocado aqui, porque trouxe um trabalho autoral baseado no personagem.

Tim Burton ainda dirigiu uma continuação e a série continuou nas mãos de Joel Schumacher, que transformou as aventuras do morcego num espetáculo circense de gosto duvidoso. As trilhas sonoras dos filmes dirigidos por Burton foram compostas por Danny Elfman, enquanto a trilha dos filmes posteriores, dirigidos por Schumacher, nada mais eram que coletânias com vários artistas. Se você quer baixar esses discos, e inclusive as trilhas do ‘Batman Begins’ e do ‘Dark Knight’, pode ir lá no Blog do Ligeirinho.

Quase 10 anos depois, Batman ganhou nova versão em celulóide. Desta vez com uma visão mais realista, nas mãos de Christopher Nolan e Christian Bale, que colocaram no chinelo a versão de Tim Burton, considerado até então a melhor adaptação do morcego para a telona. Hoje em dia, até mesmo a atuação de Jack Nicholson como Coringa entrou em xeque. Eu diria, xeque-mate.

1966 Batman Original Television Soundtrack (Neal Hefti)

1. Batman theme
2. Batman riddles the Riddler! (Hi diddle Riddle)
3. Batus! A-go! Go! (I shouldn't wish to attract attention)
4. Two perfectly ordinary people
5. Holy-hole-in-the-doughnut (Robin, you've done it again!)
6. Batman pows the Penguin (Aha, my fine feathered finks!)
7. To the Batmobile!
8. Batman blues
9. Holy flypaper
10. Batman thaws Mr. Freeze (That's the way the ice-cube crumbles!)
11. Gotham city
12. Zelda tempts Batman (Must he go it alone)

Baixe aqui pelo Eu Ovo

1966 Batman (Bat Boys)

1. Batman theme
2. Mighty mayhem
3. Cheatin' Charlie
4. Uppercut blues
5. Fight flight
6. The villain strikes
7. Out with the in crowd
8. Behind the 8 ball
9. Mars visitor
10. It's murder!

Baixe aqui pelo Eu Ovo

1966 Batman & Robin (Sun Ray & The Blues Project)

1. Batman theme
2. Batman's batmorang
3. Batman and Robin over the roofs
4. Penguin chase
5. Flight of the Batman
6. Joker is wild
7. Robin's theme
8. Penguin's umbrella
9. Batman and Robin swing
10. Batmobile wheels
11. Riddler's retreat
12. Bat cave

Baixe aqui pelo Eu Ovo

1989 Batman Soundtrack (Prince)

1. The future
2. Electric chair
3. The arms of Orion
4. Partyman
5. Vicki waiting
6. Trust
7. Lemon crush
8. Scandalous
9. Batdance

Baixe aqui pelo Eu Ovo

PS: E pra quem curte mesmo o personagem. Baixe esse arquivo aqui, que é um pacotão com várias HQs, algumas consideradas como as melhores do Batman. Entre elas estão ‘A Piada Mortal’ de Alan Moore, ‘O Cavaleiro das Trevas’ de Frank Miller e também dele ‘O Cavaleiro das Trevas 2’. ‘Asilo Arkham’ e o ‘Retorno ao Asilo Arkham’ também estão incluídas. Então, divirta-se com o Batman.