3.20.2011

VOCÊ VAI TER UM DERRAME AGORA MESMO



Sempre acreditei que a primeira faixa de qualquer álbum deve ser muito bem considerada. É preciso prender o ouvinte no primeiro acorde. A primeira canção precisa ser suficientemente forte para levar o espectador à próxima faixa.

Mas também a música número um, não pode ser a melhor faixa do disco. Basta levar à próxima audição. Posso citar alguns exemplos, como o grande clássico do Led Zeppelin, o volume ‘II’, que iniciava com ‘Whole lotta love’, ou ‘Moving Pictures’ do Rush, que começava com ‘Tom Sawyer’.

O ‘The Strokes’ é uma banda formada por Julian Casablancas nos vocais, Nick Valensi na guitarra, Albert Hammond Jr. na outra guitarra, Nikolai Frature no baixo e Fabrizio Moretti na bateria. Eles lançaram o álbum de estréia em 2000, ‘Is This It’, que foi um grande sucesso e transformou a banda nos maiores expoentes do rock indie.

Depois eles lançaram ‘Room of Fire’ em 2003 e ‘First Impressions of Earth’ em 2006, sem conseguirem alcançar o brilhantismo do primeiro petardo. Mas se você nunca ouviu falar deles, provavelmente esteve congelado criogenicamente ou em alguma ilha deserta nos últimos 10 anos...

Nesses últimos anos, os integrantes da banda seguiram carreiras solo, participações em discos de outros artistas. Casablancas gravou o disco solo em 2009, `Phrazes for the Young`, e fez um monte de participações em discos de gente como Danger Mouse e Sparklehorse,`Queens of the Stone Age` e Santogold, entre outros.

Nick Valensi também não ficou parado, ele gravou guitarra com Devendra Banhart e formou parceria junto com Sia, cantora pop australiana. Albert Hammond Jr. lançou dois álbuns, `Yours to Keep` em 2006 e `¿Cómo Te Llama?` em 2008. Nikolai Frature lançou o projeto `Nickel Eye` e gravou o disco `The Time of the Assassins` em 2009. Fabrizio Moretti aproveitou a folga para gravar com Rodrigo Amarante e Binki Shapiro, o `Little Joy`.

O disco mais recente do ‘The Strokes’ começa com ‘Machu Pichu’, um canção grudenta que você não consegue ficar sem cantar, mesmo sem saber a letra, no melhor estilo “poreporeporepopein...” e assim por diante. O álbum segue com ‘Under cover of darkness’, o single e possível grande hit do ano. Também é impossível não cantar junto o refrão.

Depois desse começo de disco sensacional é impossível não curtir o álbum inteiro. ‘Two kinds of hapiness’ traz uma seleção de riffs que se cruzam e se repentem formando um paredão de som no melhor estilo Strokes. A banda faz uma ponte bem sucedida entre os timbres da década de 80 com a eletrônica dos anos 90.

Esse disco pode ser considerado o melhor álbum da banda desde o disco de estréia. Parece que o hiato de quase cinco anos fez bem para o grupo, que tem na sua origem um descendente russo, Nikolai, o latino Hammond, basco Casablancas, Valensi que é judeu e Moretti que nasceu no Brasil.

2011 Angle

1. Machu Pichu
2. Under cover of darkness
3. Two kinds of happiness
4. You’re so right
5. Taken for a fool
6. Games
7. Call me back
8. Gratisfaction
9. Metabolism
10. Life is simple in the moonlight

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12 comentários:

Delmo Arguelhes disse...

Muito bom!

Michel disse...

Achei o disco é uma droga... e nem é daquelas que dá vontade de usar denovo e vicia.
Já o blog, como é meu primeiro comentário, é muito bom! Parabéns, e obrigado =)

Edson d'Aquino disse...

Brunão, desculpaê, parceiro, mas vou concordar com o cupanhêro Michel.
Apesar de não achar os Strokes essa Heineken toda, simpatizava com seu trabalho; mas, esse último não me pegou por, perdoe-me o trocadilho, ângulo nenhum. Tá mais com a cara do horrorível e fracassado trabalho solo do Casablancas com suas baterias trigadas e tecladinhos new wave (sic!). Lastimável!
E o pouco que sobrou da antiga Strokes não chega aos pés de qq coisa que lançaram antes.
[]ões

Aline disse...

Mediano... total melequento esses tecladinhos 80´s, como disse o colega acima.

Ainda assim, Julian segue cheio de persona.

Aline disse...

Esqueci de agradecer ao Sr. Ovo. GRAZIE, GRAZIE!

Tiago Ferreira da Silva disse...

Fiz a minha crítica do álbum e achei bom, mas não é tudo isso não....

Só uma correção: Is This It foi lançado em 2001, e não 2000, como você publicou....

Disco bom, mas longe de ser o melhor de 2011 viu...

Abraçoo!!

HARLEY ROCK'S disse...

TEU BLOG É DEMAIS !!!

MAIS O DISCO + OU - !

POR ISSO MESMO TENDO 33 YEARS EU ESCUTO BASICAMENTE OS ANOS 70 .
O MELHOR DO SOM !!!

AGORA MESMO ESTOU OUVINDO

JORGE BEN - TABUA DE ESMERALDA

Raízes Aéreas disse...

O blog é bem legal e suas opiniões são interessantes. Visite http://raizesaereas.wordpress.com cultura musical total!
Grande abraço!

marcelantoni disse...

Assim como coldplay,travis etc...banda de um albúm só,os demais é encher linguiça,infelizmente.

Anônimo disse...

Achei bem legal esse segundo cd solo do Julian, não chega a ser um strokes mas até que é bom, achei engraçado ele deixar os outros integrantes da banda comporem e ficar ainda mais parecido com a carreira solo dele.
Ironias a parte, o strokes parece que evolui para uma banda mediana, o que os fazia únicos foi excessivamente destilado.

Lawrence David disse...

Gostei. Discordo dos colegas blogueiros. Acho que strokes (bem como todas as bandas do 00 e 10 - probably) é isso, sempre foi isso, sempre será isso. Não vejo muita diferença pros outros discos. É uma puta ressaca dos 90 que foi o grunge e o britpop, com cara de revival punk-minimalista-romantic dos 80. Não é diferente de nada do Killers, KOL, Muse. Agora, se isso tudo é uma merda, é outro papo. Eu até que gosto ...

Anônimo disse...

A banda não é uma das minhas preferidas. Mas, são muito particulares e coerentes em cada produção.
Gostei do que tu comentou sobre não colocar a primeira faixa de um albúm, a melhor ou começar por uma música que não já tire toda a motivação do ouvinte. Ouvir um albúm nesse formato é um anseio de muitos.