5.04.2021
4.04.2021
ALÉM DAS BAÍAS DO CANCIONEIRO POPULAR BRASILEIRO
A música pop do trio ‘As Baías’ transcende gêneros musicais e firma-se como uma maravilhosa e eclética mistura de ritmos.
O trio formado por Assucena Assucena, Rafael Acerbi e Raquel Virgínia entrou em nova fase na carreira, passou a adotar apenas o nome de ‘As Baías’ e aproximou-se do universo da música pop brasileira.
A carreira da banda ‘As Bahias e a Cozinha Mineira’ começou com a estréia poderosa no disco ‘Mulher’, no qual passeiam por diversos estilos que vão do blues, funk, forró, maracatu, catira e samba, mas sempre exaltando o poder das mulheres.
O poder das mulheres é muito aparente e emana muita mais força ainda no mais recente single da banda, ‘Quarto andar’, com a participação da cantora Luísa Sonsa.
O disco de estréia foi seguido pelo álbum ‘Bixa’, no qual a banda já começava a flertar com a música pop eletrônica brasileira. Como sempre a banda desfila em diversos ritmos, incluindo também o bolero nessa mistura eclética. Marcou-se a profissionalização da banda, que se firmou como muito mais que uma grande revelação.
O álbum seguinte, ‘Tarântula’ trazia o amadurecimento da carreira do trio, que até mesmo recebeu indicação ao Grammy Latino e entrou para a história como as duas primeiras mulheres transgênero a receberem tal indicação. Fato que a voz única de Assucena e Raquel contribuiram muito para o sucesso da banda.
O ano seguinte foi marcado pela quarentena e o trio lançou um EP de cinco músicas todo gravado à distância, ‘Enquanto Estamos Distantes’. Esse EP também foi indicado ao Grammy Latino.
Desde o início do ano, o trio, que encurtou o nome apenas para ‘As Baías’, lançou diversas canções com diversas participações especiais, entre elas, Xand Avião, Kell Smith, a atriz Cleo Pires, os rappers Rincon Sapiência, MC Rebecca e Linn da Quebrada. Cada lançamento aconteceu na forma dos respectivos video clipes no youtube, extremamente bem produzidos e realizados. Confira também abaixo os clipes remanescentes.
2.28.2021
RETROSPECTIVA 2020 ou O SOM UNIVERSAL DE FRITAR A CABEÇA E ENTORTAR A CUCA
Depois de todas listas que passaram, do samba, forró, rock rep e samba-jazz, segue mais uma lista com mais alguns melhores do ano que passou.
São aqueles sons que dividem opiniões e quase sempre geram críticas extremamente favoráveis ou desfavoráveis. Mas nunca deixará qualquer ouvinte impassível.
Por estes motivos chegamos a considerar este som de característica vanguardista, como uma verdadeira música experimental e universal.
Entraram nessa lista aqueles discos e artistas considerados muito à frente de seu próprio tempo e que tiveram uma proposta igualmente vanguardista e extremamente ousada.
MELHORES DA MÚSICA EXPERIMENTAL
Satanique Samba Trio – Forrível
A banda ‘Satanique Samba Trio’ apresenta o álbum ‘Forrível’, onde eles demonstram uma atmosfera de filmes de terror misturando forró e outro elementos culturais da música brasileira. A banda segue incentivando o desconforto e a estranheza, mas apresenta seu trabalho mais melódico e ritmado. Um excelente primeiro exemplar à esta lista.
Iara Rennó – AfrodisiacA
Iara Rennó vem com ‘AfrodisiacA’, um disco manifesto feminista, onde apresenta poesias eróticas que reverenciam o orgão genital feminino. Uma obra prima fora de seu tempo, que choca qualquer ouvinte desavisado com poemas concreto-eróticos, representando toda a luta da mulher contra a eterna opressão atual. Um disco com diversas participações como de Anelis Assumpção, Ava Rocha, Tulipa Ruiz, Arrigo Barnabé, Arnaldo Antunes, entre outros.
Negro Leo – Desejo de Lacrar
Negro Leo apresenta em seu ‘Desejo de Lacrar’, uma obra singela, mas que também funciona como um ato supremo de experimentalismo, até se transformar no ato de um arauto da lacração. Um disco produzido pelo bateirista e percussionista Sergio Machado. Um disco que demonstra belas melodias, mas entorta à execução de tal forma a deixar o ouvinte totalmente confuso.
Rogério Skylab – Cosmos
Rogério Skylab vem de ‘Cosmos’, onde ele continua apresentando canções como sempre apresentou. Entretanto, de certa forma Skylab se transmutou com um produção primorosa e arranjos samba-jazz, mas manteve suas letras em muitas vezes escatológicas e em outras com duplo-sentido. De fato, Rogério Skylab continua sendo uma belíssima evolução de si mesmo. Imperdível.
Giovanna Moraes – Direto da Gringa
Giovanna Moraes com ‘Direto da Gringa’, apresenta experimentalismo com roquenrou. A cantora apresenta seu segundo trabalho misturando suas fortes influências brasileiras com outras influências que vêm direto da gringa. Depois de um primeiro disco todo cantado em inglês a cantora mostra sua faceta e brasilidade, mas sem perder o foco gringo. Um disco primordial, que promete novos belos trabalhos desta jovem cantora.
Juliana Cortes – 3
Juliana Cortes vem com ‘3’, um disco belo e sublime com diversas experimentações vocais e instrumentais. Um disco com inúmeras participações especiais como Pedro Luis, Airto Moreira, entre outros. Um híbrido entre o rock, o folk e o experimental.
Thiago Nassif – Mente
Thiago Nassif vem com ‘Mente’, um disco experimental mas que apresenta um suingue dançante por baixo de toda estranheza. O cantor mostra belos poemas concretos musicalizados de forma orgânica e eletrônica. Com diversas participações como Jonas Sá, Arto Lindsay, Ana Frango Elétrico, Laura Wrona e Negro Leo.
Trio Pó de Serra – Forró Abstrato
O ‘Trio Pó de Serra’ apresenta ‘Forró Abstrato’, um disco em que nome já diz tudo o que representa. Diferente do que outras bandas já fizeram com o forró, esse trio joga pó de serragem no forró brasileiro e coloca instrumentos de construção no meio do caldeirão. Definitivamente é impossivel dançar coladinho de buxo com buxo e mijador com mijador. Simplesmente não dá.
Aiyê – Gratitrevas
Aiyê apresenta ‘Gratitrevas’ como um disco de libertação e de reencontro. A cantora Larissa Conforto, após de encerrar sua própria banda, se viu sem rumo e acompanhando melhores amigos músicos em suas próprias turnês, mas foi deste caminho que nasceu seu alter-ego Aiyê e este disco, repleto de belas composições. No começo os arranjos podem levar à estranheza, mas logo se compreende onde quer chegar a cantora. Belíssima estréia solo.
Sarine – Raízes Aéreas
Sarine vem de ‘Raízes Aéreas’, com uma mistura entre o orgânico e o eletrônico. Mariano de Melo, que agora se denomina apenas como Sarine, apresenta este som todo construído em sintetizadores e programações. Uma psicodelia descontrolada e maravilhosamente apresentada.
Todos estes discos são incríveis, mas não são para todo mundo… Ouça por sua própria conta e risco… Não nos responsabilizamos pela sua não curtida...
2.21.2021
RETROSPECTIVA 2020 ou OS SONS MAIS POPULARES DOS RINCÕES DESSE PAÍS
A música brasileira está em todo lugar, e é de lá que vêm as expressões mais populares e que fazem a sua maior riqueza.
2.14.2021
RETROSPECTIVA 2020 ou O SAMBA AINDA SEGUE SENDO O SAMBA
Não se pode falar da música brasileira, seja popular, dos rocks, de reps, sem mencionar o samba e suas batucadas.
Dando continuidade às listas de melhores discos do ano, seguimos com alguns álbuns que representaram o samba e os batuques, derivados dos terreiros de candomblé e das casas de samba pé no chão.
Alguns podem se perguntar se essa lista seria uma continuação da lista dos melhores discos de samba-jazz, mas está mais para uma lista paralela, que segue junto e ao mesmo tempo, na mesma ordem. Certos discos de samba-fusion ou samba-rock ou samba-jazz poderiam ter sido considerados para aquela lista, mas não foram, então vieram para esta roda de samba aqui.
Este ritmo, que muitas vezes é relegado à margem de todos outros gêneros e ritmos da música brasileira, está na raiz de toda música popular brasileira. Tudo vem do samba e todos ritmos têm samba e batuque lá no fundo em sua raiz. Tudo mesmo. Do rock ao rep. Tudo.
2.07.2021
RETROSPECTIVA 2020 ou PORQUE HOJE AINDA É DIA DE ROCK
Após os principais melhores do ano, dos discos mais populares, da lista dos reps e dos samba-jazz e de música instrumental, viemos de melhores do rock brasileiro.
Continuando a apresentação de melhores lançamentos do ano, seguimos com alguns dos melhores discos de rock de artistas brasileiros, estejam eles em carreira solo ou em suas respectivas bandas, nos mais diversos estilos de rock, temos o progressivo brega, rock pesado na orelha, hard roça, psicodélico, independente e muito mais.
1.31.2021
RETROSPECTIVA 2020 ou A CARAVANA AINDA SEGUE
Depois da lista principal, dos melhores reps, discos populares, seguimos com os melhores discos de música instrumental e samba-jazz.
Antonio Adolfo – BruMa (Mist) Celebrating Milton Nascimento
Lili Araujo – Dájazz
Mariana Nunes – Cantante
João Bosco – Abricó de Macaco
Cesar Mocarzel – Cria do Amor
Aqui se encerra essa lista, mas com a promessa de mais uma nova lista na próxima postagem.