Depois da lista principal, dos melhores reps, discos populares, seguimos com os melhores discos de música instrumental e samba-jazz.
Seguindo com as listas de mellhores do ano, apresentamos alguns discos de música instrumental junto com outros lançamentos de samba-jazz.
São discos que representam o que o país tem de melhor como instrumentistas e compositores, que tanto produzem samba, jazz, fusion entre tudo que há de melhor na música brasileira.
MELHORES DISCOS DE SAMBA-JAZZ E DE MÚSICA INSTRUMENTAL
Jorge Helder – Samba Doce
O baixista Jorge Helder apresenta ‘Samba Doce’ e se inscreve no panteão do samba-jazz com um disco autoral repleto de grandes participações especiais. Entre os participantes estão Chico Buarque, Rosa Passos, Dori Caymmi, Renato Braz e muitos outros.
Mariana Zwarg e Sexteto Universal – Nascentes
Mariana Zwarg e Sexteto Universal apresentam ‘Nascentes’, um disco ímpar e impecável. Mariana é flautista e saxofonista e herdeira musical de Itiberê Zwarg e Hermeto Pascoal e forma o Sexteto Universal com elenco cosmopolita entre nações com Finlândia, Alemanha, França e Dinamarca.
Kiko Dinucci – Rastilho
Kiko Dinucci em ‘Rastilho’ apresenta o violão como elemento principal em um disco que se propõe a enfatizar todas nuances do instrumento. Foi com as cordas acústicas que ele primeiro se mostrou ao país em seu bando AfroMacarrônico, mas firmou-se com a banda ‘Metá Metá’. Neste disco o compositor reapresenta o ponteio dos cânticos de candomblé nas cordas de seu violão. Com participações de Juçara Marçal, Ava Rocha e Rodrigo Ogi.
Maestro Tiquinho – Trombonesia
Maestro Tiquinho em ‘Trombonesia’ apresenta seu trombone em evidência em um disco de excelência em ska. Com diversas participações especiais como André Abujamra, Zeca Baleiro, Fernanda Takai, Chico Cesar, entre outros.
Antonio Adolfo – BruMa (Mist) Celebrating Milton Nascimento
Antonio Adolfo apresenta ‘BruMa’ um álbum onde celebra a obra de Milton Nascimento. O renomado pianista apresenta um álbum repleto de grandes instrumentistas que lhe acompanham nesta obra, como o próprio Jorge Helder, mas também Rafael Barata, Lula Galvão, Leo Amuedo, Marcelo Martins, entre outros.
Lili Araujo – Dájazz
Lili Araujo vem com ‘Dájazz’ uma elogiada ode ao samba-jazz brasileiro. Reconhecida por nomes como Joyce Moreno, Fátima Guedes, Rosa Passos, Leila Pinheiro, entre outras cantoras. Acompanhada por instrumentistas como Salomão Duarte, Alegre Corrêa, François Muleka, entre outros.
The Brazilian Trio – Águas Brasileiras
‘The Brazilian Trio’ apresenta ‘Águas Brasileiras’ para encantar estrangeiros e mostrar o verdadeiro balanço da bossa-jazz brasileira. Formado por Duduka da Fonseca, Helio Alves e Nilson Matta, o trio passeia por clássicos standarts da música brasileira, entre outras belas canções.
Mariana Nunes – Cantante
Mariana Nunes apresenta ‘Cantante’, um álbum delicado produzido por Jaques Morelembaum, com inúmeras participações de grandes mestres da música brasileira como Cristovão Bastos, Lula Galvão, Jorge Helder, Rafael Barata, Nivaldo Ornelas, Marcelo Costa, Ed Motta, João Cavalcanti, Toninho Horta, Flávio Henrique e Murilo Antunes.
João Bosco – Abricó de Macaco
O violão inconfundível e o gagabirô vocal de João Bosco estão presentes neste novo álbum ‘Abricó de Macaco’. O cantor e compositor recria canções em uma roupagem moderna e eletrificada, mas também apresenta duas canções inéditas, escritas em parceria com o próprio filho Francisco Bosco.
Cesar Mocarzel – Cria do Amor
Cesar Mocarzel apresenta ‘Cria do Amor’. O cantor e compositor lança seu terceiro álbum autoral de forma independente, produção própria e diversas participações como Leonel Laterza, Gabi Buarque, Alice Sales, entre outros.
Aqui se encerra essa lista, mas com a promessa de mais uma nova lista na próxima postagem.
Na sequência dos Melhores Discos do Ano, o blogui apresenta mais uma lista dos não contemplados na lista principal, mas que merecem a menção por sua excelência.
Depois de apresentar os Melhores Discos do Ano de 2020 e a lista dos Melhores Discos que Rep, apresentamos uma lista com alguns dos Melhores Discos Populares desse ano de 2020.
Entre os melhores discos populares do ano, estão álbuns que sobressaíram no cenário musical brasileiro.
MELHORES DISCOS POPULARES
Guilherme Held – Corpo Nós
Guilherme Held também é conhecido por Gui Held e tem inúmeras participações em diversos classicos da música brasileira, como discos do Criolo, Milton Nascimento, entre outros. O guitarrista apresenta fortes influências do eterno maestro guitarrístico Lanny Gordin em um disco, ‘Corpo Nós’, produzido por Rômulo Fróes e com participações de Luciana Perdigão, Tulipa Ruiz, Juçara Marçal, Ná Ozzetti, Letieres Leite e tantos outros.
Fran – Raiz
Fran é neto de Gilberto Gil e apresenta um disco que lhe remete às sua própria ‘Raiz’ ancestral na forma de trazer afoxés e tambores dos orixás. Com voz suave e serena, o filho de Preta Gil se lança no mercado musical com um forte disco de estréia. Oxalá venham novos lançamentos tão bons quanto este que aqui escutamos.
Letrux – Aos Prantos
Letrux é Letícia Novaes, que após encerrar sua parceria com Lucas Vasconcelos na banda ‘Lettuce’, se lançou em carrreira solo. Ela lança agora o segundo álbum solo, ‘Aos Prantos’, com diversas participações especiais como Liniker, Luisa Lovefoxxx, Lucas de Paiva, entre outros.
Saci Wèrè – Cabeça sem Tampa
Saci Wèrè é batuque, é balanço, é suíngue, é popular. A banda de Brasília apresenta uma poderosa estréia no disco ‘Cabeça sem Tampa’, produzido por Samuel Mota e com participações de Macaxeira Acioly, Nãnan, Esdras Nogueira, Lili do Trombone, Paulo Black, Raildo Ratho, entre outros.
Wado – A Beleza Que Deriva do Mundo Mas a Ele Escapa
Wado sempre se mostrando pertinente à música brasileira, apresenta um disco delicado e suave como bem faz com suas belas canções. O cantor e compositor se mostra a vontade com participações de gente como Kassin, Alfredo Bello, Otto, Zé Manoel, Cris Braun, entre outros.
Zé Leônidas – Zé Leônidas
Zé Leônidas é uma maravilhosa surpresa aos ouvintes de música brasileira. Mais uma poderosa estréia presente nessas listas de melhores do ano. Com esse disco, o cantor e compositor se apresenta como uma nova voz na extensa lista de grandes artistas brasileiros.
Mahmundi – Mundo Novo
Mahmundi é Marcela Vale, produtora musical com uma pegada única na música brasileira, em que apresenta um suingado popular orgânico, mas também com diversos elementos eletrônicos. Dificilmente um artista consegue impor aquela assinatura única e exclusiva ao seu som. Mahmundi é desse tipo de artista. Ouçam com prazer seu disco ‘Mundo Novo’.
Marcos Valle – Cinzento
Marcos Valle dispensa apresentações. Com seu novo álbum ‘Cinzento’, o cantor e compositor se mostra mais necessário que nunca com diversas canções exclusivas e algumas parcerias antigas ou recentes como com o irmão Paulo Sérgio Valle e com o rapper Emicida. O disco também tem várias participações como Zélia Duncan, Domenico Lancellotti, Moreno Veloso, Bem Gil, Kassin e Jorge Vercílio.
Beto Vilares – Aqui Deus Andou
Beto Vilares apresenta ‘Aqui Deus Andou’, o segundo álbum solo após 17 anos de espera. Um disco que busca a reflexão, mas que apresenta uma beleza ímpar e singela suavidade. Com participação especial de Manoel Cordeiro e uma banda formada por Zé Nigro, Samuel Fraga, Maurício Badé, Mestre Nico, Gil Duarte e Gabriel Milet.
Luzia Dvorek – Canjerê
Luiza Dvorek apresenta ‘Canjerê’ com produção de Lucas Santtana e participações de Zeca Baleiro e Lira. O disco tem canções de Caetano Veloso, Peri, Bruno Capinam, Saulo Duarte, Roberto Mendes e muitos outros.
Até a próxima lista com mais algumas outras referências de melhores álbuns da música brasileira em algum outro estilo e gênero musical. Até lá...
Nesse ano que passou foram tantos excelentes lançamentos, que após todos aqueles maravilhosos petardos, ainda sobrou espaço para diversas menções honrosas.
Tanto que a partir de agora, foram separados os discos pelos gêneros, com todos aqueles discos tão bons que não poderiam ficar de fora, mas que não passaram na peneira de excelência para estarem entre os principais do ano.
Sendo o REP é o futuro da música brasileira e por isso foi o gênero escolhido para ser apresentado na sequência.
MELHORES DISCOS DE REP DO ANO
Marcelo D2 – Assim Tocam Meus Tambores
Macelo D2 retorna com um disco muito bem produzido por ele mesmo, Nave, Mario Caldato Jr., Tropikillaz, Dr. Drumah e DJ Nuts. ‘Assim Tocam Meus Tambores’ é um disco totalmente feito durante a quarentena, com inúmeras participações especiais com gente como Juçara Marçal, Russo Passapusso, Ivan Mamão Conti, Criolo, Baco Exu do Blues, BK’, entre outros.
Flora Matos – Do Lado de Flora
Depois de alguns anos sem lançar álbuns, Flora Matos apresenta o excelente ‘Do Lado de Flora’, produzido por ela mesma. O disco tem participação especial de MV Bill e várias misturas elegantes entre o rep, trap, reggae e afrobeat, entre outros.
Baco Exu do Blues – Não Tem Bacanal na Quarentena
Outro disco produzido durante a quarentena foi ‘Não Tem Bacanal na Quarentena’ de Baco Exu do Blues. Um disco bastante centrado no trap e com diversas críticas sociais. Reflexões de um rapper em quarentena.
Rashid – Tão Real
Rashid retorna com ‘Tão Real’, um álbum conceitual que mostra a rima forte e contundente do rapper. Com diversas participações como Emicida, Rincon Sapiência, Drik Barbosa, entre outros.Com diversas participações como Emicida, Rincon Sapiência, Drik Barbosa, entre outros.
BK’ – O Líder em Movimento
BK’ apresenta o belo ‘O Líder em Movimento’ com suas crônicas sociais de crueza ímpar. O disco tem inúmeras participações como Leo Gandelman, Rodrigo Tavares, entre outros. Entretanto, esse álbum mostra um rapper mais interessado em focar na esperança de um mundo melhor, que apontar os defeitos e erros dessa sociedade atual.
FBC e Iza Sabino – Best Duo
FBC e Iza Sabino apresentam o belo álbum ‘Best Duo’, trazendo um trap de responsa com participações de Djonga, X Sem Peita e Paige. Com produção de Smu e mixagem de DJ Spider.
Edi Rock – Origens Parte 2 – Ontem Hoje e Amanhã
Edi Rock vem com a continuação ‘Origens Parte 2 – Ontem Hoje e Amanhã’. O disco apresenta desde a origem do rep ao trap e tem ainda participação de Thiaguinho, Flacko, MC Sombra, Guto GT, Jorge Du Peixe, entre outros.
Rael – Capim-Cidreira (Infusão)
Outro projeto surgido durante a quarentena foi ‘Capim-Cidreira (Infusão)’ de Rael. O disco que surgiu primeiramente como um EP, mas acabou se tornando um álbum completo apresenta do como projeto visual. Mostrando uma faceta mais leve e suave com reggae e baladas e participações de Iza e Melim, entre outros parceiros habituais do rapper.
Jup do Bairro – Corpo Sem Juízo
Jup do Bairro veio como uma bela surpresa com o belo álbum ‘Corpo Sem Juízo’. Disco produzido por Bad$ista e com participações especiais de Rico Dalasaam, Linn da Quebrada e Deize Trigrona, apresentando várias misturas entre rep, trap e funk.
Djonga – História da Minha Alma
Nào foi um ano muito bom para Djonga, que virou notícia ao incentivar aglomeração em meio a pandemia, mas seu álbum ‘Histórias da Minha Área’ ainda assim é considerado um dos melhores nesse ano. Com participações de Bia Nogueira, NGC Borges, FBC, MC Don Juan e Cristal.
Ao encerrar a lista dos 10 melhores do Rep Brasileiro, também gostaria de lembrar outros ótimos lançamentos do ano como de Alemar, Hiran e do ‘Matéria Prima’.
Depois de dois longos anos sabáticos, o blogui Eu Ovo retoma as atividades para apresentar lista de melhores do ano.
Neste ano, vimos a importância da música em streaming avançar consideravelmente. Tanto que quase todos artistas disponibilizam suas obras em uma plataforma ou outra, quando muito em todas elas. São várias plataformas de streaming como Spofify, Tidal, Google Play, Apple Play e Youtube.
Considerando todas essas mudanças no mercado da música – que já vinham ocorrendo há algum tempo, mas que se consolidaram de verdade nos últimos anos – daremos preferência em utilizar o Youtube, por ser uma ferramenta mais acessível a todos.
A nova lista terá os discos apresentados em streaming e não mais serão disponibilizados os links para download gratuitos, uma vez que em muitos casos nem mesmo existam. Os comentários estarão livres para o compartilhamento e encorajamos essa maravilhosa troca de informações.
Apresentaremos diversas listas de 10 melhores discos do ano, nos mais variados estilos. A primeira lista serão os melhores discos do ano. A partir dai serão apresentados os mais variados estilos, com os discos que não entraram na lista principal, mas mereceram estar aqui também pela excelência.
MELHORES DISCOS DE 2020
Luedji Luna – Bom Mesmo é Estar Debaixo d’Água
O melhor disco deste ano que passou foi o maravilhoso ‘Bom Mesmo é Estar Debaixo d’Água’ de Luedji Luna. A cantora já tinha apresentado uma bela estréia no seu disco de 2017, ‘Um Corpo no Mundo’, mas superou todas expectativas com este lançamento. ‘Bom Mesmo é Estar Debaixo d’Água’ é quase uma ópera suave sobre as dificuldades de ser mulher e negra. Uma obra delicada e sublime que reflete a luta de gênero e racial nos dias atuais.
Com produção da própria Luedji em parceria com Kato Change, que também toca guitarra em todas as faixas, o disco faz uma viagem sonora e visual nesse universo de lutas. Um disco extremamente necessário, que simboliza o amor em todas suas forma na vida das mulheres negras. O disco é acompanhado pelo filme dirigido por Joyce Prado e permeado por textos e poesias de escritoras negras, como Conceição Evaristo, Cidinha Silva e Tatiane Nascimento. Um disco essencial.
Zé Manoel – Do Meu Coração Nu
O próximo melhor álbum do ano é ‘Do Meu Coração Nu’ de Zé Manoel. O cantor e compositor pernambucano seu quarto álbum de estúdio com diversas canções delicadas que refletem a realidade negra brasileira. A obra reflete sobre o racismo institucional inserido no âmago da sociedade brasileira, mas também apresenta momentos suaves e românticos.
O disco alterna canções delicadas e românticas com ancestralidade e afrodescendência. Com participações de grandes artistas da música brasileira, como a própria Luedji Luna, mas também como o maestro Letieres Leite, Kassin, Alberto Continentino e Stephane San Juan, entre outros. Com produção musical de Luizão Pereira.
Mateus Aleluia – Olorum
Em seguida o melhor do ano é ‘Olorum’ de Mateus Aleluia. O cantor e compositor baiano foi parte fundamental d‘Os Tincoãs’ e junto com Dadinho cunhou clássicos absolutos da música brasileira. Em seu terceiro disco solo, Aleluia apresenta seu cântico afoxé e se existe uma prova da existência divina é o canto de Mateus Aleluia.
O disco tem produção de Ronaldo Evangelista e participações de gente como João Donato, Lenna Bahule, Mauricio Fleury, Thiago França, Gustavo Ruiz, Bruno Buarque, Décio 7, Sérgio Machado, entre outros. Outro disco fundamental para entender a cultura afro brasileira.
Fabiana Cozza – Dos Santos
Prosseguimos com o mais um melhor do ano em ‘Dos Santos’ de Fabiana Cozza. A cantora vem com outro lançamento essencial para a música brasileira. Depois de cantar sambas clássicos e mostrar o cancioneiro latino, Fabiana apresenta um passeio aos cânticos africanos.
Com produção de Fi Maróstica, o disco revela a riqueza da mitologia Africana. Com diversos cânticos em Iorubá, a cantora expõe a beleza divinal dessa mitologia. Outro disco fundamental que expõe a cultura e história dos negros no Brasil. Essencial para entender o Brasil atual.
Roseanne Santos – Fronteiriça
O próximo melhor do ano é ‘Fronteiriça’ de Roseanne Santos. A cantora carioca apresenta seu álbum de estréia com frescor e originalidade. Roseanne é radicada em Curitiba há mais de 15 anos e participa ativamente da cena musical da cidade.
Roseanne apresenta uma ancestralidade baiana e fluminense e soube mesclar com influências sulistas, da capital Paranaense. Entre diversas parcerias com músicos da cena curitibana, Roseanne mistura com maestria o suingue da Bahia com os ponteios do sul e ainda sobra espaço para tangos. Com produção musical de Leonardo Gumieiro e Luciano Faccini.
Thereza Alves – Canta Outra Vez
Mais uma estréia como melhor do ano é o ‘Canta Outra Vez’ de Thereza Alves. A cantora de Piracicaba, que chegou a gravar alguns compactos em 78 rotações, tem sua verdadeira estréia em disco apenas na melhor idade e entrega uma obra cheia de personalidade e bom gosto.
Thereza Alves é um furacão repentino que chega com feroz cadência, demonstrando grande poder e controle vocal.
Alaíde Costa – O Anel (Canta José Miguel Wisnik)
O próximo melhor do ano é ‘O Anel’ de Alaíde Costa, onde ela ‘Canta José Miguel Wisnik’. A cantora é uma diva da época da Bossa Nova, que só não recebeu maior destaque por puro preconceito. A cantora foi a interprete favorita da canções de Johnny Alf, outro ícone da Bossa Nova, que também foi vítima de preconceitos ao longo da carreira.
Alaíde sempre for a reverenciada por diversos músicos e sempre por onde passava, pelo timbre de voz firme e ao mesmo tempo suave. A cantora se une ao pianista e compositor José Miguel Wisnik para interpretar as canções dele e entrega uma pérola bruta da música brasileira.
Rapadura – Universo do Canto Falado
Depois de tanta suavidade e delicadeza, mais um melhor do ano vem do ‘Universo do Canto Falado’ de Rapadura. O rapper e compositor apresenta sua mistura de ritmo e poesia com o repente, o côco, o martelo agalopado e todo universo do nordeste.
O disco de Rapadura pode ser considerado uma obra coesa e perfeita para os dias atuais, ao representar a saga de todos nordestinos. Entre aboios e repentes, o rapper canta e reconta as tradições orais da população nordestina e apresenta referências artísticas e geográficas da região.
Fran e Chico Chico – Onde?
Outro melhor do ano que segue é ‘Onde?’ de Fran e Chico Chico. Fran é filho de Preta Gil e neto de Gilberto Gil, já Chico Chico foi conhecido desde pequeno como Chicão, filho de Cássia Eller. Tanto Fran quando Chico Chico não são iniciantes na música e carregam experiência não somente no DNA. Enquanto Fran lançou sua estréia em disco neste mesmo ano, Chico Chico já gravou com sua banda ‘2x0 Vargem Alta’.
Nesta despretenciosa obra os dois se mostram à vontade para apresentar suas próprias versões de canções anteriormente gravadas por grandes compositores e interpretes, como Sérgio Sampaio, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Edson Gomes e até mesmo Gilberto Gil. Como uma releitura da obra-prima Gil e Jorge, Fran e Chico Chico demonstram que não é preciso muito para a criação de um clássico.
Nana Caymmi – Nana Tom Vinicius
Mais um melhor do ano com ‘Nana Tom Vinicius’ de Nana Caymmi. A cantora tem uma das mais belas vozes da música brasileira. Um timbre límpido e claro que não mudou nada com o passar do tempo e que fica cada vez melhor.
A escolha de repertório soa perfeita. Os arranjos do disco são belos e precisos. Não há uma falha sequer e não poderia ficar de for a dessa lista. Apesar de maravilhoso o disco não surpreende como deveria, entretanto entrega o que sempre se esperou de uma obra de Nana Caymmi – Excelência. Viva Nana Caymmi!
Com estes 10 petardos, deixamos o caminho preparado para a próxima rodada da lista de melhores do ano.
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