O novo álbum de Gui Amabis, 'Trabalhos Carnívoros', segue uma linha melódica parecida com o anterior, 'Memórias Luso-Africanas'.
São cançôes melancólicas, recheadas de programações eletrônicas e teclados de Amabis e uma competente banda formada por Regis Damasceno no baixo e guitarra, Dustan Gallas na guitarra e Samuel Fraga na bateria, com participaçôes de Dengue (baixo), Pupilo (bateria), Thiago França (saxofone), Fernanda Monteiro (cello), Luca Raele (teclado) e Rica Amabis (programaçâo).
O disco abre com a faixa que dá título a obra, 'Trabalhos carnívoros`, bela cançâo com letra insólita e "erótica" com uma guitarra suja no final, no melhor estilo Spaceman. 'Merece quem aceita` brinca com o conceito do dito popular de quem "veste a carapuça que lhe serve". 'Tiro' poderia muito bem ser um reggae e entrar no repertório de qualquer disco da esposa de Gui, se não fosse o contraponto entre a guitarra psicodélica de Regis com a delicadeza do violoncelo de Fernanda.
'Pena mais que perfeita' é quase um bolero com arranjo suave. 'Deus e seu guardião' foi composta em parceria com o irmão Rica e tem auxílio luxuoso de Pupillo e Luca. 'Crepúsculo' apresenta uma batida mais ritmada, mais ainda assim segue com leveza, que é quebrada com 'Consulta mental', com participação de Dengue. 'Um bom filme' mostra o sopro onipresente de Thiago e guitarra característica de Regis.
'Menino horrível' é um encerramento delicado, que marca o encontro da guitarra de Damasceno com a voz de Amabis. Quem curte a banda desse guitarrista vai adorar todos arranjos elétricos desse álbum coerente e forte. Um disco que funciona como um canibal de alma, que vai capturar a áurea de qualquer ouvinte que ousar banquetear-se com esse som.
2012 Trabalhos Carnívoros
2. Merece quem aceita
3. Tiro
4. Pena mais que perfeita
5. Deus e seu guardião
6. Crepúsculo
7. Consulta final
8. Pausa
9. Um bom filme
10. Menino horrível
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