Abayomy significa “encontro feliz” em Yorubá, palavra que traduz bem o clima da banda. Todos amigos, que se divertem bastante tocando juntos.
A banda conta com Vitinho Gottardi na guitarra, que também toca com Claudio Fantinato (percussão), Leandro Joaquim (trompete) e Pedro Dantas (baixo) na banda Sobrado 112. A banda também tem Thomas Harres, que também toca bateria com o Letuce, Gustavo Benjão guitarra no Do Amor, Donatinho nos teclados, Rodrigo La Rosa e Alexandre Garnizé nas percussões, Marco Serragrande no trombone, Thiago Queiroz no saxofone barítono , Mônica Ávila no alto e Fábio Lima no tenor.
Todos se juntaram para tocar em homenagem ao nigeriano Fela Kuti, no famoso Fela Day no Rio. O próprio Vitinho explica quando e como isso aconteceu.
“A Abayomy surgiu no dia 15 de outubro de 2009, quando nos juntamos para tocar no primeiro Fela Day no Rio. Fela Day é um evento que rola em várias cidades do mundo, e que celebra o aniversário do Fela Kuti, um dos criadores do Afrobeat” – junto com o Tony Allen, com quem a banda gravou neste ano (visto no vídeo acima comparticipação do BNegão no vocal, cantando Jorge Benjor). “Montamos uma banda pra tocar somente nesse dia, mas foi tão legal que sentimos necessidade de continuar com o projeto, e a partir daí começamos a tocar pela cidade e a compor”, complementa Vitinho.
Foram inúmeros shows entre eixo Rio e São Paulo, tanto que a banda pegou experiência e refinou o próprio repertório, como bem lembra Gottardi. Neste domingo, a banda toca novamente no Fela Day 2012, no Rio.
“Naturalmente, uma banda tocando afrobeat acaba mesclando umas coisas. Procuramos sempre não ficarmos presos somente no afrobeat. A gente mistura com funk e com candomblé. Só de não estarmos na Nigéria e estarmos no Brasil já tem musica brasileira na mistura”, ressalta.
O processo de gravação deste primeiro álbum foi bem rápido. “Fechamos o estúdio ‘Companhia dos Técnicos’, aqui no RJ, por quatro dias inteiros. Como já estávamos muito ensaiados e a ideia era gravar ao vivo”, completa.
Eles chamaram o André Abujamra para produzir, o que se provou fundamental para o aperfeiçoamento do som da banda. “O André Abujamra foi essencial, e nos ajudou muito. Ele chegou no segundo dia, mas já estava acompanhando os ensaios com as gravações que mandávamos , e chegou bem por dentro de tudo”, enfatiza .
A banda ocupou todo o estúdio, com cada integrante numa salinha própria, a fim de gravar o som ao vivo, sem vazar no microfone do próximo – “exceto batera e percussão, que dividiram a mesma sala”, diz Vitinho.
“O Abu pedia pra ficarmos tocando a base e ia falando com um por um, acertando os detalhes do groove. Aí cada um ia limpando seu som, e isso realmente fez muita diferença. O Cara é um mestre, tem um ouvido muito bom, ouvia os sopros da técnica e detectava qualquer erro de primeira. Ele fez um trabalho maravilhoso e virou nosso amigo”, encerra ele.
Juntos, eles entraram num site de financiamento colaborativo, o Embolacha, e lograram finalizar o projeto. Para eles, essas iniciativas funcionam muito bem se os próprios músicos possuem uma rede de seguidores fieis, tudo junto com uma boa divulgação nas redes sociais.
“Se você divulga bem, as pessoas ajudam. Isso é o futuro”, finaliza Gottardi.
2012 Abayomy
1. Eru
2. Malunguinho
3. Obatalá
4. Emi yaba
5. Afrodisíaco
6. No shit
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2 comentários:
Muiiitooo som.. Valeu Ganinzee.. esta mandando bemm... a banda é top.....
Orgulho desse afrobeat brasileiro de primeira!
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