E.M.I.C.I.D.A. lança mais uma canção, desta vez em homenagem às vítimas da truculência policial, agindo em defesa dos graúdos e poderosos. Como foi o caso da retirada dos moradores de Pinheirinho, em São José dos Campos, ou da desocupação da Cracolândia em São Paulo e como bem diz o jovem Leandro, “todas as quebradas devastadas pela ganância”.
No caso de Pinheirinho, a força policial distribuiu pontapés e bombas de gás lacrimogênio, não se importando com a presença de mulheres, crianças, idosos, deficientes e moradores inocentes. Na cracolândia, a mesma truculência foi aplicada para retirar os usuários da droga, que mais deviam ter sido reabilitados em algum programa social de recuperação de viciados.
Toda a bronca do E.M.I.C.I.D.A. é com a falta de políticas sociais votadas para uma parcela carente da população. Sinceramente, acho que ele pegou um pouco mais pesado, que devia... Mas a música foi feita para ser mesmo um soco no estômago, um tapa na cara ou um dedo na ferida de uma sociedade, que está cada vez mais ignorante e alheia ao que a cerca.
“O Brasil tem um histórico do povo ser colocado contra o povo e abraçar a causa da "elite": olha pro caso da USP, olha a favela do Moinho, a situação dos quilombolas, do MST, de todas as famílias sem ter onde morar... embora esta parcela da população seja gigantesca, a mídia faz com que o povo pense que são baderneiros. O que me assusta é a apatia das pessoas perante estas situações: você está assistindo o governo solucionar um problema de moradia com a Tropa de Choque agredindo mulher com criança de colo e acha que é isso que deve ser feito? Na hipótese mais bizarra, o Estado ainda estaria errado pela forma como trata as pessoas”, diz E.M.I.C.I.D.A..
Valeu E.M.I.C.I.D.A. pelo posicionamentoe engajamento! A faixa foi produzida por Renan Saman, com letra do próprio Leandro, lançada pelo Laboratório Fantasma.
#Dedonaferida
ABAIXAR 1
ou
ABAIXAR 2
3 comentários:
Sabe o que mais me entristece, Brunão? É que aos 53 sinto que está havendo um tremendo retrocesso em tudo pelo qual lutei. Hoje, até os moradores de comunidades carentes têm um discurso muito próximo ao de qq playboyzinho de Z. Sul (do Rio). Fiquei estarrecido com o que a mídia e a maior parte do corpo discente da USP fez naquele episódio, dando a entender que aquela molecada acuada estava lutando pelo direito de...fumar maconha. A polícia depredou o lugar com o firme propósito de culpá-los e ninguém viu isso, mesmo com fotos de antes e depois da invasão da tropa? PQP! Será que ninguém percebeu q o buraco era muitíssimo mais embaixo? Cadê o direito ao livre pensar conquistado a duras penas durante os anos de chumbo pelos universitários? Por que tomei porrada? Pra nada? Para a massa, faculdade, hoje, é apenas para estudar visando a tornar-se um robozinho bem sucedido financeiramente e qq questionamento é "coisa de playboy" que tem muito e só quer arrumar encrenca; no meu tempo, era lugar de revolucionar em todos os sentidos. Mas é aquela história: receberam tudo de mão beijada, né? Lutar...por quê? Pensar..pra quê?
Parafraseando: a juventude é um bando de idiotas numa propaganda de refrigerante.
[]ões
Concordo contigo EdSom.
em gênero número e grau!
Hoje, até os moradores de comunidades carentes têm um discurso muito próximo ao de qq playboyzinho de Z. Sul (do Rio
Lendo essa frase aí me lembrei de uma do Gil. O Baiano filosofando em forma de aforismo tascou:
"O povo sabe o que quer. Só não quer o que não sabe."
A maioria da população brasileira é bastante conservadora e moralista - creio que por ignorância. Vide popularidade da pena de morte, não aceitação dos gays...
PS: Acho o Emicida bem fraquinho, mas valeu.
Postar um comentário