O novo álbum do cantor Gustavo Galo tem rock, baladas e muito desbunde em composições inspiradas.
Gustavo Galo faz parte
da banda 'Trupe Chá de Boldo', mas também segue em carreira solo e
acaba de lançar o segundo disco.
Considerando o percurso
da carreira solo – Galo lançou o álbum 'Asa' em 2014 e segue
agora em direção ao segundo disco com 'Sol'. Mas sua trajetória
não representa o voo de Ícaro, pois buscou a inspiração na poesia
'A Extraordinária Aventura de Vladmir Maiakóvsky no Verão na
Datcha”, onde o poeta conversa com o Astro-Rei.
'Até de manhã' abre o
disco na forma de um rock sujo e repentino. Outro súbito rock ocorre
já quase no final do petardo com 'Pra pegar', que trás a bateria
precisa de Pedro Gongon e ainda a guitarra de Luiz Chagas e os synths
de Quincas Moreira e vocais de Júlia Rocha – canção composta por
Luís Capucho.
Galo brinca com a
delicadeza das palavras em 'Tenra terra' e cria um clima suave para
esta canção escrita em parceria com a cantora Iara Rennó e o
guitarrista Gustavo Cabelo. Uma canção com o baixo aveludado de
Gustavo Ruiz e piano rhodes de Tomás Oliveira, que também tocam em
'Pra te tocar', ainda com Sergio Sayeg nas guitarras e vocais de
Juliana Perdigão e Pedro Morais – composta em parceria com Marcelo
Segretto, da 'Filarmônica de Pasárgada'.
'Um barato' foi
composta em parceria com a poetisa Júlia Rocha – utilizando
livremente o poema dela, 'Carinho é barato', como ponto de partida.
A canção tem arranjos vocais de Lucinha Turnbull – que para quem
não sabe foi parceira da Rita Lee nas 'Cilibrinas do Éden'. 'Que
mal tem?' também tem os vocais de Lucinha e foi composta a partir da
afirmação do artista plástico Julio Plaza, “a arte é um mal que
faz bem”.
Em 'Ah, se não fosse o
amor', Galo assume a influência do ethio-jazz de Mulatu Astatke e
entrega uma pérola composta por Lira e Dan Maia, também com Luiz
Chagas nas guitarras. Em 'Grafitesão', Galo solta a libido e assume
o fetiche da pixação de amor pelos muros da cidade – de
preferência em frente da vista do próprio afeto.
As duas últimas
canções do álbum são singelamente acústicas; 'Salto no escuro'
de Jorge Mautner e Nelson Jacobina; e 'Um Sol' do próprio Galo, que
revela que “assim que a noite disse sim, o sol nasceu dentro de
mim”.
2016 Sol
1. Até de manhã
2. Tenra terra
3. Um barato
4. Pra te tocar
5. Que mal tem?
6. Grafitesão
7. Ah, se não fosse o
amor
8. Pra pegar
9. Salto no escuro
10. Sol
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