Diogo Strausz é a nova
sensação do cenário musical do Rio de Janeiro, tendo produzido
grandes álbuns no ano passado.
Agora é a hora e a vez
de Diogo Strausz. Seu álbum 'Spectrum Vol. 1' não podia ter chegado
em hora mais oportuna. Elementos eletrônicos vêm surgindo aos
poucos na música mundial, bem como também nos representantes da
nova música brasileira.
Gente como Castello
Branco e Alice Caymmi, que foram produzidos por ele nos excelentes
álbuns de 2014, 'Serviço' e 'Rainha dos Raios', respectivamente.
Nomes como Mahmundi, Kassin, João Capdeville, Jacob Perlmutter
também já colaboraram com ele, entre muitos outros.
Com a nova tendência
da estética vintage dos elementos eletrônicos, representada pelos
sintetizadores e teclados cheios de efeitos, o novo álbum de Diogo Strausz acerta em cheio na pegada e groove ideais para transformar
esse disco num obra artística de grande relevância.
Diogo Strausz é filho
do Leno, parceiro da Lilian na época da Jovem Guarda e primeiro a
gravar canções do maluco beleza Raul Seixas, em discos produzidos
pelo próprio Raulzito – autor de álbuns clássicos como 'Vida e
Obra de Johnny McCartney' e 'Meu nome é Gileno', e começou a
carreira com a banda 'R.Sigma', mas foi com o trabalho autoral que
agora desponta no cenário nacional.
Neste disco, Strausz
apresenta dois anos de canções em 12 faixas surpreendentes. O álbum
abre com 'Chibom', um cruzamento da surf music de acordes simples com
a complexidade dos ritmos latinos como a eletro-cumbia.
Em seguida 'Narcissus',
uma mistura grooveada de soul music com os sensacionais riffs de
guitarra em referência ao tema de 'Shaft' com orquestra e elementos
eletrônicos de dar inveja à dupla francesa 'Daft Punk' – com
participação da dupla Keops e Raony da 'Medulla'.
'Não deixe de
alimentar' trás as participações de Ledjane Motta e Maria Pia, em
outro exemplar que representa a black music com o naipe de metais
sobrepondo a firmeza do baixo mantendo toda a levada. 'Righ hand of
love' oferece uma brecha para respiração do ouvinte, com
participações de Jacob Perlmutter e Brent Arnold.
'FCK' trás Apollo nas
pickups e eleva o suíngue com o groove das guitarras características
de Nile Rodgers e arranjos estilosos como os de Giorgio Moroder. Já
em 'Me ama' a parceria com Kassin apresenta um dos momentos mais
contagiantes do álbum, como um verdadeiro carrossel de video-game
melódico.
'Ítalo' é quase uma
vinheta que apresenta o que vem pela frente a partir de então. Uma
faixa instrumental que baixa o tom do álbum, mas não deixa de
brincar com os elementos eletrônicos. 'Vovô' une o analógico com o
digital, o tradicional com o moderno, rural e urbano, os tambores com
os loops etc.
'Assombração' é um
samba com a participação surpreendente de Danilo Caymmi, cantando e
tocando flauta, num final clássico barroco. 'Se renda' é uma balada
no melhor estilo de duetos de vozes como bem fazia o pai de Diogo, o
Leno, da antiga dupla com a cantora Lilian.
'Vendetta' apresenta
novamente a mistura do surf music com o clima dos faroestes
italianos. Seguida pela épica e apoteótica 'Diamante' com a
participação fenomenal de Alice Caymmi. Impossível não acreditar
estar presenciando o surgimento de um grande artista e de um álbum
incrível.
2015 Spectrum Vol. 1
1. Chibom
2. Narcissus
3. Não deixe de
alimentar
4. Right hand of love
5. FCK
6. Me ama
7. Ítalo
8. Vovô
9. Assombração
10. Se renda
11. Vendetta
12. Diamante
Um comentário:
Gostei! Abs. Guilherme.
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