‘Robô Gigante’ é uma banda que faz um samba meio rock, um rock meio samba, com sotaque gaúcho. Os caras são todos de Porto Alegre, “mas dois estão morando no Rio há algum tempo, o Flu e o Rick. O Edinho, o Truda e eu estamos por Porto”, como falou Marcelo Guimarães, vocal e compositor da banda.
Os outros integrantes da banda são Marcelo Truda na guitarra, violão e cavaco, Flu no baixo, samples e programações, Edinho Espíndola e Rick de Latorre revezando entre a bateria e percussão.
Os caras já são carimbados na cena musical de Porto Alegre e cada um já teve outras bandas sem falar nos ainda existentes projetos paralelos, como explica Marcelo Guimarães, “Cara, se eu for te dizer o que essa galera já fez antes da Robô eu teria que te escrever um livro, mas resumindo um pouco, o Edinho foi batera das lendárias e precursoras bandas do rock gaúcho ‘Liverpool’ e ‘Bixo da Seda’ e depois tocou com gente como Frenéticas, Erasmo Carlos e Zé Ramalho na década de 80. O Marcelo Truda tocou no ‘Taranatiriça’, banda que fez sucesso aqui no sul na década de 80 e que tiveram entre seus integrantes o Gordo Miranda e o Flu. O Truda também tocou no ‘Defalla’, no disco trash punk qualquer coisa ‘Screw You’. O Flu foi baixista do ‘Defalla’ clássico, na sua fase mais criativa e inovadora na década de 80. Hoje o Flu tem a sua parada solo e um projeto chamado ‘Banda Leme’, junto com o Luciano Granja e com o De Leve. O Rick já tocou com uma galera daqui do sul e antes de ir pro Rio era batera da ‘Fu Wang Foo’. Hoje ele toca também com o lendário samba rocker Bebeto e com a banda da Dani Carlos. Eu tocava com uma banda chamada ‘A Sacanagem Explícita’ antes de montar a ‘Fu Wang Foo’, hoje além da ‘Robô Gigante’ também encaro o microfone com o ‘Bixo da Seda’ quando rola uma reunião”.
O Bixo da Seda foi uma banda de rock gaúcho dos anos 70. E o Marcelo, com sua antiga banda, a ‘Fu Wang Foo’, já gravou dois discos e participou de várias coletânias, “a Fu gravou dois discos, o homônimo de 2000 e o ‘Esquemas Junk Food Carnaval e Kung Foo’ de 2003. Além desses, saimos em quatro coletâneas e gravamos também uma coletânea ao vivo com várias bandas aqui do Sul participando, como Frank Jorge e Wander Wildner,entramos com duas músicas, ‘Combo’ e ‘Domingueira’.
No myspace do ‘Robô Gigante’ você pode ouvir umas faixas do EP e duas faixas da antiga banda de Marcelo, “As outras duas, ‘Fossa’ e ‘Super herói’ são também composições minhas da época da ‘Fu Wang Foo’ e são respectivamente do primeiro e segundo disco da ‘Fu’. Estas músicas não estão no EP, mas são sons que a gente toca nos shows”.
E o disco do ‘Robô Gigante’ é uma surpresa muito agradável. As letras do Marcelo te levam direto ao Gasômetro, e você até se vê comendo um cachorro-quente no Rosário. Daí quem sabe, você termina a noite roletrando em São Leopoldo.
Eu Ovo: Como surgiu a banda?
Marcelo Guimarães: A Robô surgiu como um projeto paralelo a outra banda que eu e o Marcelo Truda tínhamos, que se chamava ‘Fu Wang Foo’, que rolou entre 1999 e 2006 e que gravou dois discos. Com a parceria pra produzir uns sons com o Flu e a posterior ‘convocação’ do Rick, acabou que a ‘Robô Gigante’ virou uma banda. Então gravamos umas músicas no Rio, no estúdio do Rafael (ex-guita do Planet Hemp) que acabou virando o EP, depois chamamos o Edinho pra meter outra batera na parada. E hoje a banda é essa.
Os outros integrantes da banda são Marcelo Truda na guitarra, violão e cavaco, Flu no baixo, samples e programações, Edinho Espíndola e Rick de Latorre revezando entre a bateria e percussão.
Os caras já são carimbados na cena musical de Porto Alegre e cada um já teve outras bandas sem falar nos ainda existentes projetos paralelos, como explica Marcelo Guimarães, “Cara, se eu for te dizer o que essa galera já fez antes da Robô eu teria que te escrever um livro, mas resumindo um pouco, o Edinho foi batera das lendárias e precursoras bandas do rock gaúcho ‘Liverpool’ e ‘Bixo da Seda’ e depois tocou com gente como Frenéticas, Erasmo Carlos e Zé Ramalho na década de 80. O Marcelo Truda tocou no ‘Taranatiriça’, banda que fez sucesso aqui no sul na década de 80 e que tiveram entre seus integrantes o Gordo Miranda e o Flu. O Truda também tocou no ‘Defalla’, no disco trash punk qualquer coisa ‘Screw You’. O Flu foi baixista do ‘Defalla’ clássico, na sua fase mais criativa e inovadora na década de 80. Hoje o Flu tem a sua parada solo e um projeto chamado ‘Banda Leme’, junto com o Luciano Granja e com o De Leve. O Rick já tocou com uma galera daqui do sul e antes de ir pro Rio era batera da ‘Fu Wang Foo’. Hoje ele toca também com o lendário samba rocker Bebeto e com a banda da Dani Carlos. Eu tocava com uma banda chamada ‘A Sacanagem Explícita’ antes de montar a ‘Fu Wang Foo’, hoje além da ‘Robô Gigante’ também encaro o microfone com o ‘Bixo da Seda’ quando rola uma reunião”.
O Bixo da Seda foi uma banda de rock gaúcho dos anos 70. E o Marcelo, com sua antiga banda, a ‘Fu Wang Foo’, já gravou dois discos e participou de várias coletânias, “a Fu gravou dois discos, o homônimo de 2000 e o ‘Esquemas Junk Food Carnaval e Kung Foo’ de 2003. Além desses, saimos em quatro coletâneas e gravamos também uma coletânea ao vivo com várias bandas aqui do Sul participando, como Frank Jorge e Wander Wildner,entramos com duas músicas, ‘Combo’ e ‘Domingueira’.
No myspace do ‘Robô Gigante’ você pode ouvir umas faixas do EP e duas faixas da antiga banda de Marcelo, “As outras duas, ‘Fossa’ e ‘Super herói’ são também composições minhas da época da ‘Fu Wang Foo’ e são respectivamente do primeiro e segundo disco da ‘Fu’. Estas músicas não estão no EP, mas são sons que a gente toca nos shows”.
E o disco do ‘Robô Gigante’ é uma surpresa muito agradável. As letras do Marcelo te levam direto ao Gasômetro, e você até se vê comendo um cachorro-quente no Rosário. Daí quem sabe, você termina a noite roletrando em São Leopoldo.
Eu Ovo: Como surgiu a banda?
Marcelo Guimarães: A Robô surgiu como um projeto paralelo a outra banda que eu e o Marcelo Truda tínhamos, que se chamava ‘Fu Wang Foo’, que rolou entre 1999 e 2006 e que gravou dois discos. Com a parceria pra produzir uns sons com o Flu e a posterior ‘convocação’ do Rick, acabou que a ‘Robô Gigante’ virou uma banda. Então gravamos umas músicas no Rio, no estúdio do Rafael (ex-guita do Planet Hemp) que acabou virando o EP, depois chamamos o Edinho pra meter outra batera na parada. E hoje a banda é essa.
EO: Quais as influências da banda?
MG: Cada um tem influências próprias, mas, basicamente a galera vem do rock 60’s e 70’s e curte sambistas como Lupcinio Rodrigues, Cartola, Adoniram Barbosa, Paulinho da Viola, Conjunto a Voz do Morro, Demônios da Garoa, Vassorinha, Zé Kéti e essa galera de raiz, mas a nossa escola é o rock, toda a banda é cria do rock and roll e a partir daí mistura com o que mais curte, seja jovem guarda, seja eletrônico, seja bossa nova e por aí vai. Entram no gosto da rapaziada de Jorge Ben a ‘The Clash’, de Roberto Carlos a David Bowie, de Raul Seixas a Stooges, de Beatles a Sabbath, nem tudo se percebe no som da Robô, os gostos são bem amplos.
EO: Ouvindo algumas músicas compostas por você, da sua banda ‘Fu Wang Foo’ e a ‘Robô Gigante’, percebi como tema recorrente a separação no relacionamento homem e mulher. O que essas músicas têm de autobiograficas?
MG: Sinceramente tem pouco de autobiográfico em minhas letras, até pq se sofresse tudo o que escrevo a uma hora dessas já tinha me suicidado, ahahahaha. O lance é que sempre curti ouvir essas letras dor de cotovelo meio bregas, coisas que ouvia quando guri nos compactos e lps dos meus coroas, coisas como aquelas colêtaneas as 14 Mais em que entravam Odair José, Reginaldo Rossi e por aí vai. Sempre ouvi muito Raul Seixas e Roberto Carlos que também tinham bastante isso. Mas com certeza têm coisas que tiro de situações que passei ou que vivenciei, é uma mistura de real com ficção.
EO: Quais são os planos do ‘Robô Gigante’? E como é que fica a divisão entre uma banda e outra? Com é o caso do ‘ Robô Gigante ’ e o ‘Bicho da Seda’?
MG: Na verdade a prioridade é a ‘Robô Gigante’, até porque a ‘Fu Wang Foo’ não rola mais. O ‘Bixo da Seda’ é algo esporádico, a banda não voltou, rolou um revival que eu tive a honra de participar e que de repente tenha uma continuação, mas aí é algo que só os caras mesmo podem responder. Eu me sinto extremamente feliz em poder estar nessa trip com o ‘Bixo’, banda que é pilar do rock feito no Sul e com certeza uma grande influência pra mim.
EO: O que você acha de toda essa onda de compartilhamento de músicas pela internet? Você acha que existe uma solução mercadológica para isso? Isto é, uma solução para as gravadoras?
MG: Sou totalmente a favor de disponibilizar os sons na internet, acho que a música tem que ser ouvida pelo maior número de pessoas possíveis, isso é interessante pras bandas, já que nunca ganham quase nada com a venda de discos mesmo (salvo os medalhões), o lance é que a galera conheça e espalhe, a gente vai sobreviver é dos shows e vendendo discos a preços acessíveis, o nosso EP sai 5 pilas. Por exemplo, o cara vai no show, curte e compra o disquinho que acaba saindo mais barato que o próprio show, essa é a barbada. Não me preocupo com soluções mercadológicas, deixo isso pras gravadoras, que hoje estão apavoradas com a disponibilização gratuita de músicas via internet, mas ao mesmo tempo continuam vendendo CDs a 30/40 reais, parece que preferem quebrar a ter que vender seus produtos a preços compatíveis com a realidade. Quero mais botar meu bloco na rua e quem quiser espalhar meu som por aí se sinta a vontade pra o fazer. Só não dá pra aceitar é malandro disponibilizando teu disco na rede e cobrando por isso. Esses tempos, achei um site que vende mp3 de diversas bandas, inclusive da ‘Fu Wang Foo’, na maior cara de pau, se eu que sou o autor e dono dos direitos não cobro, como alguém se acha no direito de disponibilizar um disco meu na integra? Mas pilantragem sempre aconteceu e sempre vai acontecer, só não dá é pra marcar bobeira pra esses babacas.
EO: Porque ao meu ver, os artistas se deram bem com toda essa onda na internet, porque agora podem vender seu próprio material com total controle sobre sua obra. Vocês têm intenção de assinar contrato com alguma gravadora? Ou a cena independente é mais interessante nesse momento?
MG: Cara, vê bem, nunca diga dessa birita nunca me embebedarei, por que é complicado, já tive contrato em gravadora e só me ferrei, mas o cara tem que analisar, de repente pode ser interessante assinar com alguma gravadora, se forem honestos e fizerem direitinho o trabalho deles a coisa pode andar, mas vai saber quando vão jogar direito contigo?!!?! Acho que pra gente, nesse momento, o melhor caminho é esse que estamos traçando, mais devagar, mais trabalhoso, mas muito mais consistente, muito mais gratificante. Tu vê as coisas acontecendo naturalmente, recebe elogios espontâneos, tanto de fãs como de outros músicos, e vê a coisa ir tomando vulto. É um que passa pro outro, que mostra pra outro e assim vai indo e se solidificando a parada. A internet ta sendo o principal caminho pra gente hoje, com certeza.
2008 Robô Gigante
1. Hoje eu resolvi beber
2. Seis da manhã
3. Sem ter medo
4. Não fui eu que errei
5. Não me tira pra bobo
6. Pé na tábua
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