Parem tudo que estão fazendo! Outro dia eu tava tomando umas cachaças e ouvindo um som maneiro com o Sr. R.B.. Você viu isso R.B.? É Rhythm’Blues! E foi bem o Sr. Rhythm’Blues que olhou para a pista com um sorriso malicioso e aplicou o afrobeat paraibano do Burro Morto. Fudeu! Caraleo! Putamerda!
Esse Burro Morto surgiu em João Pessoa, quando um grupo de amigos montou um coletivo musical, com Haley ‘King Size Paper’ no microkorg e escaleta, ‘Big’ Daniel Jesi no contrabaixo, Nacho Gonçalves na percussão, Ruy José na bateria e Léo Marinho na guitarra.
O som do Burro Morto é pedrada na orelha e para mim um dos melhores sons que ouvi nesse ano. Se você gosta de um bom afrobeat, com Fela Kuti ou Tony Allen, você não vai se arrepender.
Então eu peguei o disco com o Sr. Rhythm’Blues, e procurei o Haley pelo myspace, que respondeu prontamente as perguntas em nome de toda a galera do Burro, que morreu de....
Eu Ovo: Como surgiu o Burro Morto? Como você se conheceram?
Haley: O burro morto era projeto paralelo de todos nós, até que todo mundo ficou sem banda principal e começamos a nos envolver de fato com essa proposta. Nós nos conhecemos através do estúdio e das noitadas. Além de fazermos parte da mesma confraria de malucos, junkies e boêmios da cidade, nós ensaiávamos, com projetos diferentes, no mesmo estúdio. Com o fim dessas bandas, e como nós já estávamos tirando um som juntos, resolvemos gravar essas jams e produzirmos o disco. A banda surge aí. Em agosto do ano passado lançamos o primeiro material, "Pousada Bar", que é o nome de um cabaré localizado bem próximo ao nosso estúdio. Esse disco é na verdade a semente do que estamos lançando agora, um ano depois, o "Varadouro". O Pousada Bar são algumas bases desse disco novo, são as músicas nuas e cruas, como vieram ao mundo. Ainda em clima de jam sessions. Já o "Varadouro", além das 4 músicas do primeiro EP regravadas, reeditadas e com a mixagem definitiva, conta com mais 3 músicas inéditas e inaugura a nossa formação atual.
EO: Quais são as influências de vocês?
H: A gente gosta da música da Africa, da Jamaica, do Brasil... O som do terceiro mundo é foda. Coisas como afrobeat, dub, reggae, funk e jazz etíope, por exemplo. Gostamos também de rock..n..roll, coisas antigas de rock progressivo e psicodélico, como King Crimson, Pink floyd, Santana. E tem umas coisas contemporâneas também, como The Mars Volta e umas bandas de afrobeat dos Estados Unidos, Antibalas, The Budos Band e Nomo. Do Brasil gostamos dos malucos dos anos 60/70, do som que foi feito nessa época no Nordeste, Novos Baianos, Zé Ramalho, Alceu Valença, Tom Zé, etc. Tem um grupo daqui chamado Jaguaribe Carne, que vai além da música. Eles são guerrilheiros culturais, trabalham com música livre e desde os anos 70 fazem o som mais vanguardista do mundo. Gostamos também da Nação Zumbi e dos projetos paralelos deles. São nossos vizinhos, enfrentaram a mesma babilônia que a gente enfrenta e hoje são a maior banda do Brasil no
segmento deles.
EO: De quem são as composições? Como é o processo de composição?
H: As composições são nossas e o processo de composição é bem natural. A gente vai tirando som e vai encaminhando isso numa direção, tipo tentando remeter à paisagens, situações, épocas, etc. No fim a gente lembra várias coisas que a gente gosta, mas sempre tentamos fazer uma coisa nova e diferente, porque isso é o que dá pé.
EO: O que vocês acham dessa onda de downloads pela internet? Você acha que prejudica os artistas?
H: A gente acha massa. Baixamos coisa pra caralho. Acho que pra quem tá trabalhando independentemente, como a gente, esse esquema só ajuda. Tudo que conseguimos até agora foi através da internet.
EO: Quais são os planos, do Burro Morto, para o futuro?
H: A gente quer tocar, queremos conhecer lugares que ainda não tocamos. Estamos na pilha mesmo de trabalhar. Temos dois festivais no Nordeste pra tocar e estamos tentando novas datas em São Paulo pro fim de outubro. Estamos ainda vendo também como vamos distribuir o disco, se vai rolar disco físico ou só mp3... Esses encaminhamentos de business e produção que ainda somos nós que tomamos conta. Nossa agenda pode ser acompanhada no www.myspace.com/burromorto.
2008 Varadouro (EP)
1. Navalha
2. Indica
3. Menara
4. Cabaret
Abaixa aqui no Eu Ovo
Esse Burro Morto surgiu em João Pessoa, quando um grupo de amigos montou um coletivo musical, com Haley ‘King Size Paper’ no microkorg e escaleta, ‘Big’ Daniel Jesi no contrabaixo, Nacho Gonçalves na percussão, Ruy José na bateria e Léo Marinho na guitarra.
O som do Burro Morto é pedrada na orelha e para mim um dos melhores sons que ouvi nesse ano. Se você gosta de um bom afrobeat, com Fela Kuti ou Tony Allen, você não vai se arrepender.
Então eu peguei o disco com o Sr. Rhythm’Blues, e procurei o Haley pelo myspace, que respondeu prontamente as perguntas em nome de toda a galera do Burro, que morreu de....
Eu Ovo: Como surgiu o Burro Morto? Como você se conheceram?
Haley: O burro morto era projeto paralelo de todos nós, até que todo mundo ficou sem banda principal e começamos a nos envolver de fato com essa proposta. Nós nos conhecemos através do estúdio e das noitadas. Além de fazermos parte da mesma confraria de malucos, junkies e boêmios da cidade, nós ensaiávamos, com projetos diferentes, no mesmo estúdio. Com o fim dessas bandas, e como nós já estávamos tirando um som juntos, resolvemos gravar essas jams e produzirmos o disco. A banda surge aí. Em agosto do ano passado lançamos o primeiro material, "Pousada Bar", que é o nome de um cabaré localizado bem próximo ao nosso estúdio. Esse disco é na verdade a semente do que estamos lançando agora, um ano depois, o "Varadouro". O Pousada Bar são algumas bases desse disco novo, são as músicas nuas e cruas, como vieram ao mundo. Ainda em clima de jam sessions. Já o "Varadouro", além das 4 músicas do primeiro EP regravadas, reeditadas e com a mixagem definitiva, conta com mais 3 músicas inéditas e inaugura a nossa formação atual.
EO: Quais são as influências de vocês?
H: A gente gosta da música da Africa, da Jamaica, do Brasil... O som do terceiro mundo é foda. Coisas como afrobeat, dub, reggae, funk e jazz etíope, por exemplo. Gostamos também de rock..n..roll, coisas antigas de rock progressivo e psicodélico, como King Crimson, Pink floyd, Santana. E tem umas coisas contemporâneas também, como The Mars Volta e umas bandas de afrobeat dos Estados Unidos, Antibalas, The Budos Band e Nomo. Do Brasil gostamos dos malucos dos anos 60/70, do som que foi feito nessa época no Nordeste, Novos Baianos, Zé Ramalho, Alceu Valença, Tom Zé, etc. Tem um grupo daqui chamado Jaguaribe Carne, que vai além da música. Eles são guerrilheiros culturais, trabalham com música livre e desde os anos 70 fazem o som mais vanguardista do mundo. Gostamos também da Nação Zumbi e dos projetos paralelos deles. São nossos vizinhos, enfrentaram a mesma babilônia que a gente enfrenta e hoje são a maior banda do Brasil no
segmento deles.
EO: De quem são as composições? Como é o processo de composição?
H: As composições são nossas e o processo de composição é bem natural. A gente vai tirando som e vai encaminhando isso numa direção, tipo tentando remeter à paisagens, situações, épocas, etc. No fim a gente lembra várias coisas que a gente gosta, mas sempre tentamos fazer uma coisa nova e diferente, porque isso é o que dá pé.
EO: O que vocês acham dessa onda de downloads pela internet? Você acha que prejudica os artistas?
H: A gente acha massa. Baixamos coisa pra caralho. Acho que pra quem tá trabalhando independentemente, como a gente, esse esquema só ajuda. Tudo que conseguimos até agora foi através da internet.
EO: Quais são os planos, do Burro Morto, para o futuro?
H: A gente quer tocar, queremos conhecer lugares que ainda não tocamos. Estamos na pilha mesmo de trabalhar. Temos dois festivais no Nordeste pra tocar e estamos tentando novas datas em São Paulo pro fim de outubro. Estamos ainda vendo também como vamos distribuir o disco, se vai rolar disco físico ou só mp3... Esses encaminhamentos de business e produção que ainda somos nós que tomamos conta. Nossa agenda pode ser acompanhada no www.myspace.com/burromorto.
2008 Varadouro (EP)
1. Navalha
2. Indica
3. Menara
4. Cabaret
Abaixa aqui no Eu Ovo
15 comentários:
"Pousada Bar são algumas bases desse disco novo, são as músicas nuas e cruas, como vieram ao mundo. Ainda em clima de jam sessions. Já o "Varadouro", além das 4 músicas do primeiro EP regravadas, reeditadas e com a mixagem definitiva, conta com mais 3 músicas inéditas e inaugura a nossa formação atual."
O álbum postado não deveria contar com 7 faixas?
Eu ripei o varadouro do cd mesmo - quando vi essa resposta também perguntei isso pro Haley - mas ele ainda não me respondeu.
Baixa ai e curte o som - se tiver mais faixas eu logo mais coloco aqui também.
abs
FUDENDO O SOM DOS CARAS MEU IRMÃO.
ABRAÇO
Já baixei e já ouvi... Muito bom... O skit do cara falando "da cintura para baixo é tudo novo!" é sensacional hahahahah
valeu...
ps. se tiver mais, posta ai que a vale a pena.
Pois é galera! O som é foda demais. O Haley me respondeu pelo myspace e segue abaixo a resposta para a questão do disco ter mais 3 faixas, do que as 4 que foram disponibilizadas:
"Então, as 3 músicas inéditas estão no CD, que ainda não foi lançado. Adiantamos apenas as 4 em forma de EP porque precisávamos de um material de divulgação. Se soltarmos as outras 3 agora antes do lançamento fica difícil negociar com os distribuidores. Precisamos de algo ainda não lançado e estamos justamente nessa fase de negociação. Depois disponibilizamos o disco inteiro pro blog.
abraço!
Haley".
menino! esse comentário é só para parabenizá-lo pela quantidade de links e resenhas 'ótemas' que achei por aqui.
cheguei procurando links para álbuns da Esperanza Spalding e agora estou dando uma garimpada no blog.
foi direto pros meus favoritos. ;)
Um abraço!
Bela amostra do som dos caras. Da melhor qualidade!
Como tem aparecido coisa boa, hein!?, Bruno! Pata de Elefante, Macaco Bong, Burro Morto... Estou pensando em construir um imenso 'zoológico musical' pra abrigar tanto bicho, hehehe. Ou uma Arca de Noé...
[]ões
É verdade...
não tinha reparado nos nomes das bandas en o zoológico de feras.
Todas 3 são bandas exelentes.
abração
Putz!! Esse som é do caralho! Não vejo a hora de ouvir o resto!
eu também - valeu pelos coments pessoal!
assim que eles lançarem o cd a gente coloca o som aqui tmb.
Sonzera, hein, Bruno. Te imitando, quando de uma de tuas visitas: tou ainda no começo da 2ªdona faixa e já baixei aqui pra cumprimentá-lo, posto q é certeza que este álbum vai de bom a muito melhor!
Um abraço!
Ah, não resisti. É que ouvi em 'carreirinha', um depois o outro:
mesmo o Burro Morto, mata a pau e a pancadas. Descasca, melhor dizendo, o Macaco Bong. Que é até legal, bem tocado e tal... Mas, bem rápido, fica repetitivo, cansativo, enfim, aquele álbum 'uma vez basta'.
Os caboco da paraíba já não, um som maduro, consistente e, considerando a época, até inovador, nas influências e a maneira de expressá-las.
Claro! Minha opinião. Mas como disse, ouvi-os de carreirinha. E a primeira bateu, já a segunda só instigou retornar naquela fonte anterior.
Era isso.
é viciante, q sonzera...
obrigado burro morto...
orgulho de ser brasileiro
Pow....só venho completar os comentários....De F U D E H !!!!...
Quero permissão pra postar no meu blog...Na moral...Loko, loko, loko...
www.zer8centos.blogspot.com
Link quebrado, tem como consertar?
Gracias
Postar um comentário