Fábio Trummer, do 'Eddie', se une a Diego Reis e Lucas Bori, do 'Vivendo do Ócio', para juntos criarem um dos melhores álbuns de rock brasileiro.
Há tempos que Fábio
Trummer tem a necessidade de dar vazão a sua veia mais roqueira –
uma vez que o 'Eddie' sempre experimentou outros estilos, mesmo
predominando a mistura de frevo com surf-music.
A ideia era se
aproximar do universo punk-rock, que foi a partícula criadora de
toda a carreira do próprio Trummer. Para isso, ele chamou dois novos
colegas – e fãs do trabalho com o 'Eddie' – Dieguito Reis e
Lucas Bori, bateirista e baixista do 'Vivendo do Ócio',
respectivamente. Juntos criaram o 'Trummer Super Sub América' –
nome inspirado em Eduardo Galeano, que categoriza a América do Sul
como uma sub-américa.
O novo álbum, segue
essa premissa com letras fortes e impactantes, com arranjos
executados no formato de “power trio”. Em 'SAS', Trummer evoca
uma ode à América do Sul, chancelando os heróis assassinados, as
festas, geografias e até políticas etc. 'Medo da rua' parece
oportuna neste momento de manifestações populares e repressões
governamentais.
Quase como uma ópera
punk-rock, o roteiro do álbum segue com 'Ardendo em chances',
ressaltando as consequências relacionadas ao clamor do povo em
descontentamento. 'Eu tenho fé' injeta um miligrama de esperança na
situação atual – sentimento que não norteava a versão original
de Rogerman, líder do 'Bonsucesso Samba Club', gravada em 2010 e
2012 (antes dos movimentos populares).
'Música Canibal'
reflete uma autofagia da amada pátria, seguida à analogia entre o
frevo e o blues, 'De Olinda ao Mississipi'. Em 'Descompasso' Trummer
apresenta um riff poderoso ao serviço da letra pungente sobre a
distorção da realidade. 'The end' ameaça a vida com pessimismo de
proporções apocalípticas.
'Sindicato natural'
critica as formas de associações enquanto 'Só faltou' encerra o
petardo de forma otimista. Um dos melhores discos de rock do ano.
Pode baixar sem erro. Vida longa ao 'Trummer SSA'.
Entre ossadas e
fragmentos, Bonifrate apresenta um universo de “substâncias
cósmicas”, “sapos alquímicos”, “anões da vila do magma”
em “breve viagens ao país das libélulas”.
O cantor e compositor
Bonifrate, também integrante dos 'Supercordas', apresenta um novo
álbum com recriações de canções já gravadas por outros
artistas, como Digital Ameríndio, banda 'Filme', 'Os Telepatas' e
'Acessórios Essenciais'.
O EP 'Toca do Cosmos'
inicia com 'Sequelagem', anteriormente gravada pelo próprio
Bonifrate no disco de 2002, 'Sapos Alquímicos na Era Espacial'. A
canção é uma balada psicodélica e psicótica, no melhor estilo
dos “seres verdes” cheios de musgo, que existem na cabeça de
Pedro, o bardo – com participação de Alexandr Zhemchuzhnikov no
sax tenor.
Na sequência, a
inédita dos 'Acessórios Essenciais', 'Rock da paçoca', cantada em
parceria com Thalita Aguiar – que também clicou a foto da capa do
EP (e da postagem também). Um lendário rock rural de proporções
épicas e final apoteótico.
Segundo o próprio
Bonifrate, 'Aldebaran', já fazia parte do repertório ao vivo. A
canção, já gravada pela banda 'Filme' de Simplício Neto, tem
todos requisitos básicos para integrar o repertório psicodélico
rural do cantor. Com inúmeras referências, desde religiosas e
cósmicas, do sertão ao espaço, de 'Paebirú' à estrela que nomeou
a música.
'The last time' foi
gravada anteriormente por Digital Ameríndio, parceiro de Bonifrate
no 'Supercordas', junto também com Diogo Valentino, que masterizou
este EP. Uma canção popular com predisposição a virar um hino de
estádio cheio, para ser entoada em uníssono por toda multidão. O
disco todo tem participação de Marcus Thanus nas guitarras.
O EP encerra com
'Dissipado Amor', d'Os Telepatas', numa bela recriação de
Bonifrate, que transforma a canção num réquiem ao fim do amor.
Como todo lançamento de Bonifrate... Este álbum é uma peça
fundamental à sua coleção. Impoerdível!
Com novo álbum, Leo Cavalcanti apresenta um interessante levantamento de belas canções com apelo polular.
'Despertador' de Leo
Cavalcanti pode ser considerado como um dos melhores lançamentos do
ano. O álbum inicia com a faixa título, entregando o tema do
redescobrimento ou do verdadeiro despertar.
Um disco que pode bem
definir-se através da canção título, que permeia todo o conceito
do álbum, 'Despertador'. Gravado num sítio com Leo no violão e voz, Guilherme Held na guitarra, Samuel Fraga na
bateria, Marcos Leite Till no baixo e Fabio Pimczowski nos
sintetizadores e teclados. Produzido por Cavalcanti e Pimczowski, com
uma co-produção de Held.
O disco tem uma levada
densa e pegajosa. Um álbum para se apreciar inúmeras vezes sem
cansar o ouvinte.
Projeto Aurora une dupla de artistas na criação de um universo de canções baseadas no som dos anos 60.
A cantora Bárbara
Eugênia se juntou com o guitarrista do 'Hurtmold', Fernando Cappi,
que assina os trabalhos solos como Chankas, para produzirem um álbum
com canções cantadas em inglês e de sonoridade folk.
A ideia partiu da
cantora, logo após lançar seu mais recente disco solo, 'É o que
Temos'. Com inspiração nos 'Beatles', ela começou a escrever
canções que falavam das relações entre as pessoas, enquanto
membros de uma banda, e ponderou sobre as mudanças como indivíduos,
que ocorrem com o tempo.
Para dar vida às
músicas, ela convidou o Chankas, que já havia arranjado uma das
faixas de seu último álbum, de 2013, 'Não tenho medo da chuva e
não fico só'. Juntos os dois criaram um compêndio de belas
canções.
O álbum 'Aurora' pode
ser encontrado gratuitamente na internet e apresenta um emaranhado de
referências ao pop-rock e folk dos anos 60. Com letras em inglês, o
projeto pode trazer certo desconforto ao ouvinte, mas tudo compensado
pelas belas melodias influenciadas por artistas do mesmo período,
como Dylan, Barrett, Young e os já citados acima, “os besouros do
ritmo”.
Um disco cheio de
baladas como 'Say goodbye', 'With love', 'Don`t let it slip away',
'Why so mute?' e 'And love you`ll have', mas também com espaço para
a canção pop brasileiro/indiana 'Climb the stairs', e também para
o rock psicodélico em 'Ants' e experimental em 'Stand up for
yourself'. A faixa título, 'Aurora', encerra o álbum com um clímax
apoteótico, legítimo de um hino indie-folk-rock.
Independente da cantora
manter um “tumblr” com o nome 'Me llamo Aurora', o título do
álbum veio mesmo por causa do termo universal que 'Aurora'
representa. Com participações de outros artistas como Regis
Damasceno, Thomas Rohrer, Richard Ribeiro, Davi Bernardo, Guizado e
Gil Duarte.
A dupla pretende
apresentar um projeto de crowdfunding para viabilizar a prensagem de
um vinil, antes de iniciar a turnê do álbum - esta campanha de financiamento já está no site catarse. Colaborem!
Cantora paulistana apresenta a voz como instrumento no primeiro disco solo após quase vinte anos de carreira.
A cantora Juçara Marçal começou a carreira com o grupo vocal 'Vésper', com o qual
gravou quatro álbuns. Depois integrou 'A Barca', onde gravou mais
dois discos, para seguir em parceria com Kiko Dinucci, 'Padê', até
formar o trio 'Metá Metá', com a adição do saxofone de Thiago
França.
Quase vinte anos
depois, Juçara lança o primeiro disco solo, 'Encarnado', que
reflete sobre a morte em diversas formas de experiências. Com
arranjos enxutos pela rabeca de Thomas Rohrer, o saxofone e o piano
de bolso do Thiago França, a guitarra de Kiko Dinucci e Rodrigo
Campos, que também toca cavaquinho, e a voz incrível de uma das
maiores cantoras da atualidade funcionando como mais um instrumento.
Tudo começa com 'Velho
amarelo', canção de Rodrigo Campos, que evoca a morte inevitável
com os versos de “quero morrer na América do Sul”. Em 'Damião'
de Douglas Germano e Everaldo Silva, Juçara apresenta a sugestão do
velho ditado de quem bateu também leva, seguida pela romântica
parceria entre Romulo Fróes e Alice Coutinho, 'Queimando a língua'
e depois 'Pena mais que perfeita', composta por Gui Amabis e Regis
Damasceno. 'Odoyá' é uma saudação à mãe Yemanjá de autoria da
própria cantora.
'Ciranda do aborto',
composta por Kiko Dinucci, é uma desconcertante e violenta canção
sobre o tema do título. Nenhum ouvinte é capaz de passar incólume
após escutar os fortes versos da canção, unidos ao arranjo
tenso e pungente, que culminam num explícito catarse caótico.
'Canção para ninar Oxum', de autoria de Douglas Germano, propõe
uma melodia singela, que contrapõe com a dureza da faixa anterior.
A seguir, Juçara
apresenta clássicos de dois grandes nomes da música brasileira,
Itamar Assumpção e Tom Zé, em 'E o Quico?' e 'Não tenha ódio no
verão', respectivamente. Em 'A velha da capa preta', de Siba
Veloso, ela apresenta uma representação popular da morte como
ceifador sinistro. 'Presente de casamento' é uma parceria entre
Thiago França e Romulo Fróes.
O final dá-se com o
duelo da voz de Juçara com o cavaquinho de Rodrigo Campos na canção
de Kiko Dinucci, 'João Carranca'. 'Encarnado' é um disco forte e
opressor, que vai te levar mais fundo e além da experiência
pós-vida. O álbum é um renascimento sustentado pela voz suave e
encorpada de Juçara.
Cantor paulistano
Gustavo Gallo estréia em vôo solo com disco cheio de participações
especiais e belas canções.
O álbum solo de
Gustavo Galo, integrante da 'Trupe de Chá de Boldo', saiu dividido
entre par ou ímpar. As canções ímpares são mais introspectivas
enquanto as pares ficaram com arranjos mais arrojados.
O álbum 'Asa'
apresenta Galo como um compositor experiente que segue uma linha
evolutiva de uma canção a outra. A dualidade também foi
representada pelas penas do tiê-sangue, um pássaro que sobrevoava
os umbrais do cantor e o inspirava em determinados momentos, e sua
própria pele.
Abrindo com leveza em
'Tomara', com participação de Maurício Pereira e Alzira E., e
seguida pela alegre 'Cantei cantei', que dispara diversas referências
de algumas influências de Galo. 'Só' faz parte do lado ímpar, com
participação de Tatá Aeroplano, enquanto a canção seminal de
Walter Franco, 'Eu te amei como pude (Feito gente)', representa o
lado par.
Se em 'Moda' Galo
determina que “não está a venda nem a prestação”, em 'De
aeroplano' ele exalta a boa sensação de alegria e tranquilidade
“sem pressa, amor, de aterrissar”. 'Um garoto' apresenta uma
crônica urbana cotidiana, com participação de Lucinha Turnbull,
seguida pela delicadeza sincera de 'Seresta'.
A canção 'Cama' de
Tatá Aeroplano, gravada no terceiro álbum do 'Cérebro Eletrônico',
ganhou versão acústica e singela. O disco encerra com as
participações de Lirinha em 'Nosso amor é uma droga' e Ava Rocha
na faixa título, 'Asa'.
O disco foi produzido
por Gustavo Ruiz e contou com Pedro Gongom (bateria e percussões),
Meno del Picchia (baixo e rhodes), Zé Pi (guitarras), Peri Pane
(cello), Tomás Oliveira (piano e rhodes), Luiz Chagas (lap steel),
Pedro Mibielli (violino), Flavio Guaraná (pandeirola), Juliana
Perdigão (clarinete) e Maico Lopes (trompete).
Um disco imperdível
para quem pretende entender a nova produção musical brasileira.
Cantora pernambucana
lança novo disco repleto de belas canções com suaves melodias e
ritmos frevoadores.
O terceiro álbum solo
da cantora Isaar, 'Todo Calor', apresenta 11 canções de arranjos
enxutos e singelos, executados por uma banda formada por Deco do
Trombone, Gabriel Melo (guitarra), Rama Om (baixo) e Do Jarro
(bateria).
A abertura do álbum é
com 'Nunca mais desapareça', composta pela própria Isaar em
parceira com Lito Viana, uma canção pop e recheada de referências
da bossa nova à jovem guarda. Em 'Casa vazia', ela revela um balanço
latino repleto de sol e mar.
Em 'Estrada de
sementes', Isaar mistura reggae com frevo sem a menor parcimônia com a participação
do grupo 'Voz Nagô',
para em seguida mergulhar em reverências ao som da África, também
presentes no “afrevobeat” de 'Coisas por escrito', poema do
olindense França em homenagem ao pintor Miró e musicado por Lito
Viana. Respire agora...
'Brincadeira' é um
interlúdio vocal seguido pelas primeira sílabas da voz suave e
melodiosa de Isaar em 'Tudo em volta de mim vira um vão', um
frevo-blues e depois o frevo-calipso de 'Festa na roça'. 'Estação
ligeira' trás o frevo legítimo com um naipe de trombone, saxofone e
trompete (Deco, Parrô Melo e Daniel Ferraz, respectivamente).
'O que será de mim?'
vem no formato de frevo-ragtime com Isaar brilhando em contraponto
com os sopros, composta pelo poeta Zizo. 'Espero bem devagar' encerra
o álbum com uma ode à mãe natureza, numa canção de singela
beleza.
Tudo que Isaar faz tem
um pé nas tradições populares – principalmente do estado de
Pernambuco – mas também tem uma pitada de “mudernidade”.
Pode-se dizer que ela faz um frevo-pop, que as vezes também pode ser
um frevo-lounge etc e tal.
Mas a verdade é que
não há rótulos para definir o som de Isaar. O que ela faz é pura
arte contemporânea. Resta a ti, consumir, compreender e
compartilhar. Ouça sem parcimônia...
Bruno Marcus, fundador do 'Tomba Records', apresenta orquestra moderna que cria trilhas sonoras para filmes imaginários.
A 'Tomba Orquestra'
nasceu da necessidade de Bruno Marcus em apresentar um trabalho
autoral com uma trupe de diversos artistas, que já colaboram no
estúdio fundado em Niterói, o 'Tomba Records'.
Uma orquestra pop
formada por 30 integrantes, entre eles Alex Ventura, André Brito,
André Mansur, Antônio Rodrigues, Bruce Lemos, Daniel Vasquez,
Edno Junior, Edu Vilamaior, Fabio Simões, Felipe Escovedo, Flu,
Fernando Oliveira, Fred Martucci, Gabriel Delatorre, Gabriel
Policarpo, Gilber T, João Raphael Vianna, Leonardo Costa, Lincoln
Castro, Lucas Brasi, Luciana Lazulli, Marcelo Salazar, Marco
Serragrande, Marcos Braz, Mario Travassos, Maurício Bongo, Pedro
Selector, Rodrigo Sestrem, Sérvio Túlio, Tata Ogan e pelo próprio
Bruno Marcus.
O álbum apresenta um
apanhado de temas intrumentais, que vão desde o jazz em 'Jazz intro'
e 'Charles Bossa 7', groove e suingue em 'A fuga', samba sincopado em
'Bossa nova export', reggae lounge em 'Homeopática', surf-music em
'Ska-surfboard brow' e 'Bolada', maracatu-folk em 'Faroeste cabôco',
western-spagetti em 'Billy Bob's' e 'Prenúncio de guerra' e 'Bangue
bangue à brasileira' e 'Fado italiano' e alguns samba-canções com
distorções em 'Bambú', 'Intro 2' e 'Recordações'.
O disco 'Tomba Orquestra' apresenta uma variedade de referências que vão desde às
trilhas compostas por Ennio Morricone e Bernard Hermman e aos filmes
de David Lynch e Quentin Tarantino. Uma obra produzida por Bruno
Marcus e Gilber T.
Os mineiros do 'Graveola e o Lixo Polifônico', apresentam quarto disco cheio de referências aos clássicos da música brasileira.
A banda 'Graveola' se
tornou um coletivo, comunidade, organização, sei lá... Eles seguem
com a mesma pegada de belas canções, recheadas de reverências ao
cancioneiro popular brasileiro.
O álbum 'Vozes
Invisíveis ou 2 e 1/2' inicia com uma colaboração com Zé do Poço
como cantor e regente, um convite ao 'Ouvinte' a escutar, baixar e
compartilhar gratuitamente o CD. 'Vozes invisíveis' é uma bela
canção de lotar estádios e ser entoada em uníssono por toda
platéia.
'Envelhecer' faz clara
referência a 'Preciso aprender a ser só', tanto na letra simples e
na melodia sincopada. 'Cafeína' e 'Chuva se começo a pensar' são
resultados da parceria entre Luiz Gabriel Lopes e José Luis Braga,
dois mestres da aliteração e da arte de espalhar pitadas de
referências à música brasileira.
'A mão e a roseira' e
'Até breve' são baladas poéticas e psicodélicas com arranjos
singelos, enquanto 'Canina intuição' e 'Escadaria' revelam forte
influência do 'Clube da Esquina'. 'Cleide' é um chorinho moderno,
seguido por 'Maquinário', um samba com tabla.
'A lenda do Homem
Pássaro' foi composta por J.P. Simões e 'Da janela' por Luiza
Brina. Um disco especial, que também pode ser considerado como um
recorte temporal, um registro sonoro, uma série de impressões
variadas da comunidade em movimento, chamada 'Graveola'.
A banda 'Aláfia'
mistura elementos tradicionais do batuque de matriz africana com o
samba enredo e o baile black.
'Aláfia' tem vários
significados em yorubá e outros dialetos da
umbanda, mas também serve para nomear a banda de inúmeros
integrantes, que fazem um som que vai desde os bailes blacks aos
ensaios de escolas de samba e terreiros de candomblé.
Formada em São Paulo
por Jairo Pereira (voz), Eduardo Brechó (voz e guitarra), Xênia
França (voz), Lucas Cirillo (gaita), Filipe Gomes (bateria), Alysson
Bruno (percussão), Gabriel Catanzaro (baixo), Pipo Pegoraro
(guitarra), Gil Duarte (trombone) e Fernando TRZ (teclados), a 'Aláfia'
lançou o primeiro álbum em 2013, auto-intitulado.
Com participações
especiais de Luciana Oliveira, Rafa Barreto, 'Quarteto Alma Negras',
Raphão Allafin, Lurdez da Luz, Akins Kintê e Lews Barbosa, o grupo
'Aláfia' apresenta um samba-funk-de-terreiro.
A banda 'Aláfia'
apresenta uma boa mistura de batuque com hip-hop, do samba com o pop,
do analógico ao digital, dos anos 80 aos anos 2.000.
O guitarrista Victor Gottardi lança primeiro disco solo e se transforma em Zé Vito para cantar as belas crônicas urbanas ambientadas no Rio de Janeiro.
José Victor Gottardi é
mais conhecido como Victor Gottardi, e os amigos o chamam apenas de
Vitinho. Porém, ele está prestes a ficar também conhecido com Zé Vito, como foi que assinou o novo álbum solo, 'Já Carregou'.
Por isso, a partir de
agora vou me referir a ele como Zé Vito, porque ele mesmo explica
que ao imaginar o nome “Victor Gottardi" na capa de um disco
tinha a impressão de um cantor de “churrascaria italiana”. “Zé
Vito é mais simples, mais fácil. É um personagem novo que sou eu
ao mesmo tempo”, confirma.
Zé Vito aproveitou o
hiato com a banda 'Sobrado 112', para tocar outros projetos, como a
própria 'Abayomy Afrobeat Orquestra' (na qual também fazem parte
todos integrantes da própria 'Sobrado 112'), na banda 'Let's Play
That' (que acompanha Jards Macalé) e também acompanhar ao vivo o
cantor Alvinho Lancelotti. E lançou agora esse material solo. “Senti
necessidade de me expressar individualmente, sem fazer parte da
engrenagem de uma banda”.
O álbum foi gravado
nas casas dos amigos (Bruno Barbosa e Maurício Calmon), com Zé Vito tocando guitarra, cantando e tocando bateria em
três faixas ('Já carregou', 'Atriz' e 'João Benedito'). Maurício
Calmon tocou bateria em 'Juízo' e Thomas Harres no restante do
disco. Donatinho tocou todos os teclados e Pedro Dantas os baixos,
com exceção das canções 'João Benedito' e 'Já carregou', que
contaram com o baixo de Bruno Barbosa.
A faixa título também
tem vocais adicionais de Eduardo Brechó e solos de guitarras de
Pedro Costa e Bruno Giorgi, que também gravou trompete, teclado e
vozes em outras canções e co-produziu o álbum junto com Zé Vito e
Pedro Costa – que também tocou guitarra em outras faixas. Thiago
Queiroz tocou saxofone em 'Chuva'.
Não existe um fio
condutor para o álbum, visto que é uma obra de belas canções
compostas entre 2011 e 2013. “Sempre tive vontade de fazer um álbum
solo”, emenda Vito, que nunca se sentiu preparado para se expressar
num trabalho solo. “Você tem que estar muito seguro e certo do que
quer”.
Segundo
Vito, as canções são um tanto pessoais e sempre têm sempre um
lado verídico. “É um disco que reúne coisas que eu fiz anos
atrás, e coisas recentes que eu vivia. A musica 'Chuva' eu fiz
quando o Túnel Rebouças caiu... Uma vez que teve uma chuva fodida
aqui no Rio... A cidade parou...”, conclui.
O próprio Vito avisa
que os shows com a banda serão com um quinteto e se depender dos
ensaios, tudo vai ficar muito rock and roll. “Eu na guitarra e voz,
Donatinho nos teclados, Pedro Costa na guitarra, Maurício Calmon na
bateria e Bruno Barbosa no baixo”.
Com canções compostas
em parcerias com Eduardo Brechó, Pedro Dantas, Bruno Barbosa e
principalmente com Matheus Silva, amigo de longa data de Vito,
arquiteto e exímio letrista. O álbum 'Já Carregou' é um apanhado
de diversos momentos na vida desse novo grande cantor.
Uma perfeita crônica
cotidiana da cidade onde vivem todos os atores desse projeto.
Parabéns “Zé Vito e Seus Gottardis”!
O cenário musical de Belo Horizonte apresenta surpresa e diversidade em cada esquina, com bandas como 'Madame Rrose Sélavy'.
A banda 'Madame Rrose Sélavy' faz um som experimental sincopado com letras sagazes e
canções performáticas. O grupo é formado por Alex Pix na
guitarra, Lacerda Jr. nas guitarras e teclados, Rodoxter Woorooboo na
bateria, Ana Mo nos vocais e TucA também nos vocais e programações
e samplers, criando um som que eles mesmos definem como “electro
frevo bossa punk”.
O primeiro disco da
banda foi lançado em 2009 sob o título 'Duchamp: C'est la Vie', como
um quarteto – as baterias eram programações eletrônicas e
samplers – seguido pelo álbum '10' em 2010, e depois por 'Dê
nome aos Beuys!' em 2011. Tudo devidamente gravado no velho esquema
“faça você mesmo”, numa mesa de quatro canais dentro de um
quartinho nos fundos da casa etc e tal.
Em 2012 a banda se
dedicou ao projeto 'Jass', uma trilogia gravada de forma emergêncial
com participação de vários músicos da cena musical da capital de
Minas Gerais. O 'Jass Vol. 1' apresentou colaborações de Andrés
Shaffer (do 'Player2') e Luiz Gabriel Lopes (da banda 'Graveola e o
Lixo Polifônico), enquanto o 'Vol. 3' mostrou a diversidade atual do
cenário Belo Horizontino com gente como Porquinho (das bandas 'UDR',
'Grupo Porco de Grindcore Interpretativo' e 'Fadarobocoptubarão'),
Raul Costa (do Retrigger), das bandas 'Ü' e 'Videotroma' e do mesmo
Andrés Shaffer.
O ano passado, 2013,
serviu para a banda consolidar a nova formação em quinteto, com a
entrada do baterista Woorooboo, com o lançamento do 'Bootleg do
Inferninho', gravado ao vivo no primeiro show ao vivo com o novo
integrante. Esse show já dava mostras do novo caminho que o grupo
seguia ao executar as mesmas canções com arranjos mais melódicos e
mesmo assim ainda bastante experimentais.
Prova disso é o novo
álbum, lançado no primeiro de janeiro de 2014, 'Bossa Punk', com
nova roupagem para canções antigas e algumas pérolas inéditas. A
opção dos arranjos de violão, vozes e bases eletrônicas serviu
para apresentar as canções em estado bruto, da forma como foram
concebidas – por isso mesmo a banda incluiu um cd extra com as
versões demos das mesmas faixas.
A banda 'Mme Rrose Sélavy' faz uma homenagem ao artista Marcel Duchamp, através da
ironia e deboche, que permearam a obra deste pintor, poeta e
escultor. Um som que mescla programações e bases eletrônicas com
poesia punk e bossa nova, num resultado instigante.
Inspirado no universo notívago dos bares paulistanos, o saxofonista Thiago França apresenta uma obra cheia de suíngue e balanço.
Thiago França é
onipresente na nova safra da música brasileira. O saxofonista é
co-fundador da banda 'Metá Metá', junto com Kiko Dinucci e Juçara
Marçal, toca na banda do Criolo, também tem projetos como a banda
'MarginalS', 'A Espetacular Charanga do França' e o 'Sambanzo'.
Neste álbum, ele
apresenta o universo da noite paulistana na visão do escritor João
Antonio. O disco, 'Malagueta, Perus e Bacanaço' é livremente
inspirado na obra literária de mesmo nome, escrita por Antonio. Na
obra, Malagueta e Bacanaço são malandros que vivem de pequenos
golpes nos bares da capital, enquanto Perus é o pivete que se vê no
meio dos dois vagabundos.
Da mesma forma que João
Antonio apresenta uma literatura rimada e ritmada, como fosse uma
longa e extensa canção em homenagem ao trio de golpistas nas mesas
de sinuca da Boca do Lixo em São Paulo, as canções do álbum
contam uma história através dos bailes noturno de gafieira, samba e
bolero.
O álbum 'Malagueta,
Perus e Bacanaço' funciona como uma ópera paulistana, e a canção
título abre a obra como uma Overture, Num samba jazz com um pé na
gafieira. As canções 'Fome (Malagueta)', 'Nostalgia (Perus)' e
'Picardia (Bacanaço)' apresentam os personagens desta ópera da Boca
do Lixo, mas também os definem, respectivamente. Daniel Ganjaman
toca hammond nas duas últimas.
O rapper paulistano Ogi
canta em 'Caso do Bacalao', composta em parceria com Kiko Dinucci,
que ainda toca guitarra e percussão em 'Vila Alpina', que é cantada
e composta por Rodrigo Campos, que ainda toca cavaquinho, guitarra e
violão em outras faixas. A cantora Juçara Marçal canta em 'Na
multidão', um samba moderno composto por Dinucci e Rômulo Fróes.
Compondo sobre temas da
noite paulistana, França consegue te transportar pelo ambiente
através dos movimentos 'São Paulo de noite' e 'Bolero de Marly',
que representam uma jornada madrugada adentro, enquanto o 'Tema do
Carne Frita' apresenta a figura do lendário jogador de sinuca
paulistano.
'De volta à Lapa'
encerra a tour pela noite da capital paulista com direito a visita na
padaria da esquina, pela locução especial de Maurício Pereira.
Além das participações já mencionadas, e de Thiago França nos saxs (alto, tenor e soprano), flauta e pocket
piano, o disco também foi gravado por Anderson Quevedo no sax barítono, Amilcar Rodrigues no
trompete e flughel, Didi Machado no trombone, Pimpa na bateria e
percussão e Marcelo Cabral no baixo.
Um álbum feito como uma
adaptação sonora da obra de João Antonio, 'Malagueta, Perus e
Bacanaço'. Agora é só esperar o próximo script com a logomarca
'França S.A.'.
Cantor carioca estréia com álbum repleto de delicadeza com canções suaves de melodias singelas e belas.
Castello Branco fazia
parte da banda R.Sigma, mas com o encerramento do ciclo, lançou-se
em processo de redescobrimento até criar o projeto solo que culminou
neste disco, 'Serviço'.
Logo na abertura,
Castello Branco versa sobre o crescimento em 'Cres-Sendo'. “Não há
porque viver, senão pra crer e ser crescendo sendo. Não há porque
amar, senão pra semear conhecimento", canta.
A partir de então o
ouvinte está fisgado pela levada etérea e poesia passional.
'Necessidade' apresenta uma continuação no andamento, que encerra
apenas em 'Tem mais que eu', como se formassem uma suíte de três
movimentos. “Que se fosse assim, amor daria em pé de árvore”,
encerra ele.
'Kdq' brinca com a
língua portuquesa e o sotaque característico de outrora e agora
muito utilizado como abreviações etc. Com participação de Gabriel
Ventura na guitarra.
Participação especial
da bela voz de Alice Caymmi em 'Palavra divina; Quietude
extraordinária' e na linda canção 'As minhas mães'. 'Céu da
boca' e 'Acautelar' formam uma suite de samba, com versões modernas
de bossa nova e do samba-canção, respectivamente.
'Guerreiros' usa o
'Guarani', de Carlos Gomes, como música incidental, mas apresenta
uma versão coral religioso versus indie-rock de lotar estádios
inteiros.
O álbum foi produzido
pelo próprio Castello Branco, acompanhado por Strausz, Tô e Lôu
Caldeira. Com Tô e Castello Branco nos violões, Patrick Laplan no
baixo e bateria, Tô e Strausz nas guitarras e Tadeu Campany na
percussão.
Uma surpresa
sensacional com canções recheadas de um verdadeiro sentimento de
amor e compaixão, com uma áurea que transpõe a barreira sonora e
invade o ambiente por inteiro.
Cantora paulista apresenta primeiro trabalho solo, após três álbuns cantando samba-rock com a banda 'Sandália de Prata'.
Ully Costa nasceu
cantando. Desde pequena tem forte aptidão para música e demonstra
esse talento em cada nota do álbum 'Quem sou Eu'.
A cantora já lançou
três álbuns com a banda 'Sandália de Prata', mas é na estréia em
carreira solo que ela se destaca. O novo álbum nasceu da vontade de
regravar 'Quem sou eu' de Pedro 'Sorongo' Santos – do disco
clássico 'Krishnanda' – e além de ter sido a primeira faixa a ser
gravada, foi o nome do álbum da cantora.
Outras regravações
permeiam o álbum, como o samba-jazz 'Capoeira de Oxalá', o
jazz-indígena 'A querer', a balada soul 'Olhos dágua' e o samba
'Veja o meu lado'. Destaque para 'Festa do Rei Nagô' e 'O ponto' do
compositor Jairo Cechin. 'Matrinheiro/ Iorá Édun' e 'Pindorama' encerram o
repertório do disco.
Participações especiais de gente como o DJ KL Jay dos 'Racionais', Bruno Marques e Curumin nas baquetas, Pepe Cisneros, Marcelo Pretto e Leonardo Mendes, que foi produtor do álbum.
Apesar de não ser
estreante em gravações e espetáculos, Ully Costa pode ser
considerada uma grata surpresa nas estréias do ano. Com voz e estilo
único, ela entrega um trabalho maduro e sintonizado com o cenário
atual. Com a palavra, a própria cantora...
Como foi que vc começou
na música? De onde veio a faísca que te levou à musica?
Quando criança eu
morava num pequeno sítio no Capão Redondo. Naquela época o bairro
ainda era muito parecido com o interior de São Paulo. Havia no meu
quintal um pé de abacate com um balanço onde eu passava muito tempo
cantando o mais alto que podia. Na segunda série do primeiro grau
tive uma professora chamada dona Vilma, em suas aulas tínhamos muito
contato com boa música e ela sugeriu a minha mãe que eu deveria
estudar algum instrumento e assim tudo começou...
Como fica o trabalho
com a 'Sandália de Prata'?
Com o 'Sandália' vivi
e vivo momentos inesquecíveis e aprendo muito com esse trabalho,
sempre! Sinto que é possível continuar produzindo no 'Sandália'
paralelamente à este novo trabalho.
Existe algum fio
condutor no disco 'Quem sou Eu'?
Sou filha de sertanejo
e fui criada com nordestinos, parte da minha adolescência estive
muito envolvida com o samba e com o rock. Sou muito curiosa e da
maneira como fui criada seria impossível ter pré-conceito sobre
qualquer coisa. Eu não estou afirmando nada com esse disco e sim
buscando. Pintei meu rosto e meu corpo na arte gráfica junto com a
Prila Paiva (artista plástica) numa busca contemporânea dessa nossa
ancestralidade, de quem se pinta para um ritual. A música pra mim é
um ritual.
Como você vê a questão
dos free-downloads?
Fundamental, mas
prefiro ter o controle de como essa música vai ser baixada. Pelo
menos estabelecer algum tipo de troca, onde se possa, por exemplo,
saber o nome e o email de quem está baixando a minha música. Nem
sempre é possível, mas me parece o certo. Quando vamos pra um
estúdio gravar, buscamos fazer tudo com o melhor. Pra captar os
tambores e manter a melhor sonoridade usamos os melhores microfones.
Os melhores instrumentos,os músicos vem com o seu melhor. O trabalho
tem uma arte toda pensada. Então, se for pra baixar, que seja com
dignidade, rsrsrs...
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