5.27.2012

MAGA BO VÊ O QUILOMBO DO PASSADO, PRESENTE E FUTURO



O DJ Maga Bo lançou o disco ‘Quilombo do Futuro’, e liberou o download apenas no Brasil, exclusivamente pelo facebook.

O disco abre com ‘Tempos insanos’ e uma participação insana de B. Negão e segue com Rosângela Macedo cantando em ‘No balanço da canoa’, que também tem a presença de Marcelo Yuka no sintetizador de baixo e nos vocais – ela também canta em ‘Eu vim de longe’.

Em ‘Rapinbolada’, com Gaspar, pode-se dizer que Maga Bo misturou hip-hop com embolada, mas imagino que para um norte-americano (radicado no RJ), esses dois ritmos sejam uma coisa só – apenas geograficamente diferentes. ‘É da nossa cor’ enaltece o canto de capoeira do Mestre Camaleão.

‘Piloto de fuga’ e ‘O neguinho’ são a constatação de que o ritmo funk só é menoprezado por causa das letras chulas, obcenas e repulsivas. Nessa faixa, Maga Bo prepara a cama para as rimas de B. Negão – o “tchu, tchu , tcha, tcha” não precisa ficar explícito na letra, sendo exclusivo apenas no ritmo.

A guitarrinha baiana de Roberto Barreto, evoca o estilo dub-baiano do ‘BaianaSystem’ nas canções ‘Galope’ e ‘Xororô’, que também tem a participação de Russo Passapusso, que canta na mesma banda de Barreto. ‘Dobrado’ com Speed Freaks é um batidão pesado e nervoso.

Não podia faltar o sambão num disco de um gringo apaixonado pela musica brasileira, como em ‘Immigrant Visa part II’ com MC Zulu, ‘Hurry up’ e ‘Maga traz a lenha` com Jahdan Blakkamoore.

Quilombo do Futuro’ é o disco que muito brasileiro nato daria uma orelha pra ter gravado.



2012 Quilombo do Futuro

1. Tempos insanos (ft. B.Negão)
2. No balanço da canoa (ft. Rosângela Macedo & Marcelo Yuka)
3. Rapinbolada (ft. Gaspar)
4. É da nossa cor (ft. Mestre Camaleão)
5. Maga traz a lenha (ft. Jahdan Blakkamoore)
6. Piloto de fuga (ft. Funkero & B.Negão)
7. Galope (ft. Robertinho Barreto)
8. Dobrado (ft. Speed Freaks)
9. O neguinho (ft. Biguli)
10. Immigrant Visa part II (ft. MC Zulu)
11. Xororô (ft. Robertinho Barreto & Russo Passapusso)
12. Eu vim de longe (ft. Rosângela Macedo)
13. Hurry up (ft. Jahdan Blakkamoore)

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5.20.2012

SKA COM TEMPERO PERNAMBUCANO

Ska Maria Pastora é uma banda formada por Deco do Trombone, Leo Oroska na percussão, Sanzyo Dub na bateria, Vítor Magall e Jayme Monteiro nas guitarras, Valdir Pereira no baixo e Leo Vinesof no teclado, mas com participações especiais de gente como Fabinho Costa no trompete, Nilsinho Amarante no trombone e Parrô Mello e Rafinha nos saxofones.

Após um elogiado EP, lançado em 2008, a banda lançou um disco recheado de canções autorais e dois clássicos do frevo pernambucano, ‘Cabelo de fogo’ e ‘Elefante de Olinda’. Quanto às novas composições, destaque para ‘Fanfarra dominicana’, ‘Skarnaval’, ‘O destino de Fidel’, ‘Uma night no Iraque’, ‘O regresso de Oroska’ e a faixa que intitula o álbum, ‘As Margens do Rio Doce’.

Como o próprio nome da banda entrega, eles fazem um som que fica entre o frevo, o ska e a fanfarra. É um disco realmente impressionante!

2012 As Margens do Rio Doce

1. Fanfarra dominicana
2. As margens do rio doce
3. Cabelo de fogo
4. Skarnaval
5. O destino de Fidel
6. Jardel
7. Elefante de Olinda
8. Uma night no Iraque
9. Fim de tarde no Nóbilis
10. O regresso de Oroska

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5.13.2012

SE A BAHIA NÃO LHE ACHOU, TENHO BAHIA PRA VOCÊ


Muita gente já louvou a excelência da Bahia, mas nunca de forma tão melancólica e bruta como Rodrigo Campos. Não que o recém-lançado álbum ‘Bahia Fantástica’ seja uma obra triste, longe disso, mas simplesmente não exalta apenas a alegria nem a simpatia do povo soteropolitano. Sem falar na força das melodias, do vigor dos arranjos e do arrojo dos sopros.

O disco começa com a frase “daqui pra lá não vá dizer, que a Bahia não lhe achou”, em ‘Cinco doces’, que contrapõe a delicadeza do dedilhado do violão do próprio Campos com a fortaleza do saxofone de Thiago França (MarginalS, Sambanzo e Metá Metá), com alguma intromissão de Maurício Fleury (Bixiga 70).

Em ‘Princesa do mar’ você sente o privilégio de ouvir a guitarra suingada de Kiko Dinucci (Bando AfroMacarrônico, Duo Moviola, Metá Metá, Sambanzo e Passo Torto) junto com o sempre firme saxofone, que também pontua a bela ‘Sete vela’, que começa líricamente com a viola de Renato Rossi e o violino de Luiz Gustavo Nascimento. É sensacional o dueto entre o saxofone e o violino e a viola, mas também há o auxílio luxuoso da banda formada pela bateria de M. Takara (Hurtmold), Fleury, Dinucci, Campos e Marcelo Cabral (MarginalS, Sambanzo e Passo Torto).

Esse disco tem diversas participações como Luisa Maita em ‘Morte na Bahia’, um afoxé de tradição tambor e flauta. Juçara Marçal empresta a voz para ‘Jardim Japão’, que conta com a guitarra psicodélica de Guilherme Held. Já o Criolo canta a bela crônica de ‘Ribeirão’, com programações de Gui Amabis, que também programou em ‘Capitão’, que tem um belo arranjo de cordas de Cabral, que toca baixo em todas as faixas. Além de Rômulo Fróes (Passo Torto), que atuou como diretor artístico e Gustavo Lenza, que gravou e mixou.

É verdade que as crônicas do disco mais remetem à periferia conhecida por Campos que à Bahia. Segundo ele, “a Bahia se transformou numa metáfora sobre a incompreensão, sobre o medo e o deslumbramento de estar diante de algo maior e intangível”, em entrevista para o Itaú Cultural. O tema principal do ‘Bahia Fantástica’ é o medo da morte, do fim, do encerramento e de todas outras possíveis metáforas nesse caso.

O álbum está repleto de personagens, que tanto poderiam transitar com a malemolência da “maloqueiragem da 18”, como ‘Elias’, ou com a desesperança de ‘Aninha’, que todo fim de tarde morre em 10 minutos – ambas faixas têm em comum o fino entrosamento de banda e arranjos. O ‘Beco’ também apresenta Nani e Beto, que mantêm o local como ponto de encontros e desencontros, como bem refletem todas crônicas urbanas periféricas de Campos, desde seu primeiro álbum, ‘São Mateus Não é um Lugar Assim tão Longe’, de 2009.

A leve canção ‘General Geral’ aparece com um teclado marcante e um saxofone repentino no final. A letra é um belo hai-kai sobre um tal de “Geraldo, o General”. Para fechar a tampa, Campos ainda canta que “chegou na Bahia de manhã” em ‘Sou de Salvador’, reafirmando a ideia do álbum cantar uma Bahia que “no meu imaginário, é algo mítico, complexo, sem significado objetivo, por todos os seus paradoxos como nascedouro do Brasil, da cultura brasileira, do sincretismo religioso, da miscigenação. É o início. E é, justamente, o início como metáfora do fim, da morte, pois a perplexidade existe em relação a esses dois polos”.

Para quem conheceu a Bahia há e em pouco tempo, Campos pode dizer com bastante propriedade que “tem Bahia pra você”.



2012 Bahia Fantástica

1. Cinco doces
2. Princesa do mar
3. Ribeirão
4. Beco
5. Morte na Bahia
6. Sete vela
7. Aninha
8. Jardim Japão
9. General Geral
10. Elias
11. Capitão
12. Sou de Salvador

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5.06.2012

ARROCHA O GRAVE E ATOCHA O VOLUME

Arrocha significa apertar, acelerar ou simplesmente atochar no talo. E arrochar o grave foi o que o Curumin fez no recém-lançado terceiro disco solo, e o título entrega de saída – ‘Arrocha’. O próprio Curumin acredita ser seu disco mais pesado.

Nos primeiros acordes você vê que o autor tinha razão. Sempre. ‘Afroxoque’ é um afoxé com um groove pesadão, de estourar qualquer caixa de som. Um exemplo certeiro de uma boa faixa de abertura – daquela que vai prender o ouvinte até a segunda música e deixar um gostinho de mais som.

O disco segue com ‘Selvage’, que é um electro-afro-beat e já havia sido lançada como single e era a única amostra do peso deste novo álbum. Uma canção que também deixa um gosto de querer ouvir mais. ‘Treme Terra’, a terceira faixa, tem um clima espacial com alguns metais em expansão-ão-ão-ão-ão-ão-ão-ão...

‘Passarinho’ foi uma das últimas canções a ser gravada, autoria de Russo Passapusso – que também participa da faixa de abertura – e tem um lado mais leve e pop. ‘Paris Vila Matilde’ é uma parceria do casal Curumin e Anelis Assumpção, sobre viagens de trabalho, sempre com saudade de casa.

‘Tupázinho Guerreiro’ pode até ser considerada como uma suíte, uma faixa de transição para um lado mais calmo e melancólico do disco. Mas não podia faltar reggae nesse álbum e o ritmo vem representado na forma de ‘Vestido de prata’ e ‘Doce’, que fazem você cantarolar e balançar ao som das melodias.

As faixas finais voltam ao experimentalismo eletrônico pesadão, que o Curumin se propõs nesse novo trabalho. ‘Blimblim’ e ‘Sapo Cururu’ são duas faixas instrumentais, ‘Acorda’ é um belo poema musicado, ‘Pra nunca mais’ é mais um daqueles sambinhas melancólicos que o Curumin faz tão bem e o disco encerra com a vinheta ‘Bambora!’.

Arrocha’ é um disco pesado e suave, arrochado e solto, cabeçudo e popular – que reflete uma das grandes qualidades do Curumin – que é saber dosar duas referências opostas em partes iguais no produto final. ‘Arrocha’ é tudo isso!



2012 Arrocha

1. Afroxoque
2. Selvage
3. Treme Terra
4. Passarinho
5. Paris Vila Matilde
6. Tupázinho Guerrero
7. Vestido de prata
8. Doce
9. Blimblim
10. Sapo Cururu
11. Acorda
12. Pra nunca mais
13. Bambora!

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4.29.2012

VAI UM CAFÉ PRETO AÍ?

O Café Preto é formado por Canibal na voz, Bruno Pedrosa nas programações, samples e efeitos, PI-R nos teclados e programações, Eric Gabino no baixo, Marcus Antonio na guitarra e Pernalonga na bateria.

Canibal, que é mentor dos Devotos, não sabe explicar essa aproximação do reggae, dub e ragga. “Sempre fui eclético em relação a ouvir música, gosto de vários estilos, e claro, o punk rock e o hardcore estão no sangue. Mas o reggae tem uma parada que eu sempre quis cantar, é uma energia muito boa”, encerra ele.

A produção é do DJ Bruno Pedrosa e PI-R, e o disco conta com diversas participações, como Fred Zeroquatro, Areia, Chico Tchê, Publius, Ori, Marcelo Campello, Berna Vieira, Zé Brown e Ras Bernardo.

O álbum abre com ‘Dandara’, um dub estiloso e sensacional, com um suingue impossível de não acompanhar sacolejando o corpo. ‘Compre’ é um ragga espacial, sobre a situação capitalista da sociedade atual.

‘Nem se nem dó’ também é um ragga e traz na lembrança ‘Paranoid android’ do Radiohead num momento de transição entre um clima e outro. ‘Vamos pensar’ encerra o disco com uma levada forte e pegajosa, num tradicional sotaque pernambucano.

Esse álbum traz fortes influências eletrônicas em melodias contagiantes. Não perca esse lançamento.

2012 Café Preto

1. Dandara
2. Compre
3. Inimigo do inimigo
4. Nem se nem dó
5. Dos que se encontram
6. Oferenda
7. Sobe quem nem queira
8. Vamos pensar

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4.22.2012

PIRATAGEM FEDERAL apresenta: 2finos e Um Grave

O som é hermético, difícil de ouvir, bem como de entender. É um som de rachar a cuca, queimar o fusível do cabeção, tipo pedrada na orelha.

Os responsáveis pelo projeto 2finos e Um Grave são K-Torrent, Natinho, Camboja e várias participações, como Hieronimus do Vale nas programações visuais, entre outros.

O disco é um EP, ‘O Bom Bando’, lançado num esquema self-service de incentivar o usuário a gravar o próprio cd, imprimir a capinha e ainda distribuir a peça.

A faixa de abertura é ‘Zoa zoa’, uma livre adaptação da obra de Geraldo Azevedo, Otacílio Batista e Diniz Vitorino, que apresenta um repente inusitado, envolto a uma névoa de samplers, que casam muito bem com as programações experimentais.

‘Misture’ representa o álbum em si, uma vez que versa sobre o tema das misturas. A canção cria todo um clima etéreo, com destaque ás programações do teclado e a letra inspirada de Natinho.

Em ‘De andada’, os vários samplers e a programação industrial transformam a canção numa peça difícil de deglutir. Participação especial do Mussum, diretamente do filme de Silvio Tendler, ‘O mundo mágico dos Trapalhões’.

A última música é a versão de Natinho e K-Torrent para o famoso repente ‘Mea quadra’ – de Severino Pinto e Lourival Batista – gravado numa entrequadra de Brasília.

O álbum está disponibilizado gratuitamente pelo soundcloud.

2012 O Bom Bando EP

1. Zoa zoa
2. Misture
3. De andada
4. Mea quadra

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4.15.2012

A BATUCADA DO DJ NAGÔ

Nagô é fotógrafo – um grande artista com um olho mágico para imagens e sons, que também atua como DJ, se especializando na música regional, cultura popular, batuque ou nos cantos de orixás e tudo mais.

Chamam de folclore ou música de resgate, mas isso não passa de um termo pejorativo para denominar uma música rica e cultural brasileira. O DJ Nagô solta esse tipo de som em suas pickups, mas também apresenta ‘setlists’ e – como nesse caso – uma coletânea de “regionalidades”, como o próprio define.

Podem imaginar que nessa seleção do DJ Nagô, só ouviriam artistas como João da Baiana, Pixinguinha, Naná Vasconcelos, Os Tincoãs, Clara Nune e Baden Powell – para citar apenas alguns mais conhecidos. Mas também entraram artistas menos conhecidos como Edinho Narumbelê, Mestre Natanael, Nezinho de Oxalá, Mestre Suassuna e Dirceu, Roque Ferreira e Orquestra Afro Brasileira, sem falar naqueles que já são mais populares como Elza Soares, Ruy Maurity, Noriel Vilela, Tereza Cristina, Cacai Nunes, Siba e Cordel do Fogo Encantado.

Essas escolhas regionais feitas pelo DJ Nagô, são fáceis de curtir e servem para balançar as cadeiras, para louvar Xangô, Oxóssi, Nagô e mais todos outros Orixás que possam se lembrar.

2011 Batuque

1. Edinho Narundelê - Elerum malé
2. Cantigas de Umbanda - Hora de rezar
3. Mestre Suassuna e Dirceu - Congo chegou
4. João da Baiana - Caboclo do mato
5. Orquestra Afro Brasileira - Babalaô
6. Oxum Pandá - Orixalá
7. Mestre Natanael - Negro no cais
8. Cordel do Fogo Encantado - Pedrinha
9. Siba - Bonina
10. Pixinguinha - Benguelê
11. Cacai Nunes - Saravá seu Oxossi
12. Mestre Natanael - Filho de Bantu
13. Naná Vasconcelos – Voz Nagô
14. Roque Ferreira - Oxóssi
15. Autor desconhecido - Ganga Zumba
16. Nezinho de Oxalá - Juremá do Juremá
17. Clara Nunes - Canto das três raças
18. Noriel Vilela - Meu caboclo não deixa
19. Ruy Maurity - Quizumba de Rei
20. Elza Soares - Rainha dos sete mares
21. Tereza Cristina - Nem ouro nem prata
22. Os Tincoãs - Agundê
23. Baden Powell - Canto de Xangô
24. Ruy Maurity - Xangô, o vencedor

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4.08.2012

A BOSSA E O BALANÇO DO SAMBANZO


O Sambanzo é uma banda instrumental que toca estilos tão díspares como samba de gafieira, carimbó, forró, ponto de umbanda, afrobeat e guitarrada. Tudo com uma pegada jazzística e extremamente suingada.

Thiago França é saxofonista e já tocou com Criolo, gravou em trio com Kiko Dinucci e Juçara Marçal, no ‘Metá Metá’, e também lançou o ‘disco sem nome’ do ‘MarginalS’.

Kiko Dinucci é compositor de mão cheia, violonista e cantor, tem a carreira solo (disco gravado com várias parcerias), os discos com o ‘Bando AfroMacarrônico’, o projeto em parceria com Douglas Germano, o ‘Duo Moviola’, e as grandes participações em discos de outros artistas.

Marcelo Cabral é baixista, que além de tocar no ‘MarginalS’ e no já citado ‘Sambanzo’, também divide a cena do ‘Passo Torto’ com Dinucci, Romulo Fróes e Rodrigo Campos. Além de ter produzido um dos melhores discos do ano passado, o ‘Nó na Orelha’, do Criolo.

O bateirista Pimpa e o percurcionista Samba Sam completam essa banda intuitiva que apresenta temas simples, com harmonias de dois acordes (geralmente tônica e dominante), e até melodias de um só acorde. Com uma sonoridade única, o Sambanzo destila veneno em vários estilos musicais.

O disco é produzido por Rodrigo Campos e pelos integrantes do Sambanzo, França, Dinucci, Cabral, Pimpa e Samba Sam. Gravado por Diogo Poças, Emilio Minduca e Léo Mendes no estúdio Plug-in. Mixado e masterizado por Carlos Lima no estúdio YB. O design da capa foi feito pelo próprio Kiko Dinucci.

2012 Etiópia

1. O sino da igrejinha
2. Xangô
3. Tilanguero
4. Capadócia
5. Xangô da Capadócia
6. Etiópia
7. Risca-faca

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4.01.2012

DEPENDE O CABRA DA ALUCINAÇÃO PRA FAZER UM SOM PRA FAZER SOM BOM

Saindo de um bar na W3 norte, matando aula do cursinho pré-vestibular - que tipo de animal mata aula do cursinho pré-vestibular? Passando por uma igreja evangélica, entrei num beco e deparei-me com uma figura tocando saxofone na penumbra dum estacionamento. Parei e puxei um papo.

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Tarde da noite, madrugada adentro, um grupo de estudantes formava uma ciranda e dançava de frente ao palco. Da plateia emergiu uma figura enorme e desajeitada que subindo para o púlpito, arrancou o microfone das mãos do apresentador, dizendo, “ciranda é um bagulho muito doido”.

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Apenas por educação, o saxofonista convidou aquele evangélico a visitar o estúdio onde a banda ‘Os Cachorros das Cachorras’ fazia as últimas gravações do que seria a primeira demo tape. Eles gravavam o côro em “O cabra”, na canção ‘1º caderno de dependentes do rock’.

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O grande ser desajeitado com sotaque paulistano acabou se tornando produtor executivo do primeiro e único clipe da banda ‘Os Cachorros das Cachorras’, para a música ‘Fio de Ariadne’.

1994 Demo Tape

1. 1º caderno de dependentes do rock
2. Ragga mony
3. Cachorro no maxixe
4. Discoteque no forró
5. Hard easy blue
6. O amor louco de pedra (Mancoeba's reggae)

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1995 Ensaio Artimanha

1. Fio de Ariadne
2. Sexo do animais
3. Baião de dois bolero-lero
4. Forró dos signos
5. Pasolini dance club
6. Queda livre

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Extra Cachorros

1. Fio de Ariadne (versão clipe)
2. Rockenrou
3. (Top) Mulher-peixão

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3.25.2012

O EFEITO DAS CORES DE MAHMUNDI

Marcela Vale é Mahmundi – ela toca guitarra, bateria, sintetizadores e percussão, além de compor novos clássicos da música brasileira.

Mahmundi tomou o mundo dos downloads virtuais de assalto quando lançou, sem nenhum alarde, o primeiro single ‘Desaguar’. Composição dela que é um verdadeiro clássico moderno, com uma sonoridade retrô, meio oitentista, com uma modernidade de loops bem característicos dessa década (anos 10) desse Século XXI.

Em seguida veio ‘Calor do amor’, composta em parceria com Bruno Dias e Roberto Barrucho, que também reforça a ideia de timbres eletrônicos do início dos anos 80 (do Século passado).

Seguiu-se o lançamento do EP ‘Efeito das Cores’, com produção da própria Mahmundi, acompanhada por Lucas de Paiva e Lúcio Souza, apenas nas faixas ‘Desaguar’ e ‘Se assim quiser’ – cover de Arnaldo Antunes, que ganhou versão definitiva na voz clara e calma de Mahmundi, deixando a sensação de que foi ela quem gravou essa canção pela primeira vez.

Souza gravou teclados, baixo e sintetizadores nessas faixas, enquanto Paiva gravou teclados e sintetizadores nas canções restantes, mais o baixo de ‘Fotografe’ e ‘#089 {Felicidade}’. Felipe Vellozo foi quem gravou o baixo em ‘Calor do amor’ e ‘Quase sempre’.

A primeira audição do som de Mahmundi exala o frescor e alegria nos arranjos cheios de ousadia e boas referências, como à Fela Kuti na melodia eletrônica de ‘#089 {Felicidade}’. Bela descoberta foi o som dessa carioca, que aproveitou muito bem o período de trabalho na mesa de som do Circo Voador. Onde ela aproveitou para estruturar uma gama de timbres e definir sua sonoridade e estilos, trazendo um sopro de frescor à música brasileira.


2012 Efeito das Cores EP

1. Calor do amor
2. Fotografe
3. Se assim quiser
4. Quase sempre
5. Desaguar
6. #089 {Felicidade}

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3.18.2012

VOCÊ NÃO ERA KITSCH? ...POP? ...OU CULT?



Não sei dizer ao certo, se o disco do Felipe Cordeiro é pop, kitsch ou cult. Talvez seja as três coisas ao mesmo tempo.

É kitsch na forma como apresenta temas que parecem ter saído de um filme de Almodovar. O pop vem do jeito em que ele mistura a cumbia, merengue, carimbo, guitarrada e tecnobrega com letras populares e ritmos dançantes, que fariam dançar até um defunto. Enfim cult na forma como o disco emprega modernidade aos arranjos.

O disco abre com a seminal ‘Legal e ilegal’, que deixa impossível não curtir de imediato o som do cara. Quando ele explica o que combina com cada ritmo exemplificado na letra bem humorada, dedicada a Alípio Martins. Em ‘Lambada com farinha’, Felipe e Manoel Cordeiro misturam lambada, carimbo, guitarrada e surf-music com música clássica barroca.

‘Fanzine kitsch’ cita Nietzsche em um diálogo kitsch, sofisticado e distraído. ‘Café pequeno’ é uma mistura de reggae com merengue. ‘Conversa fora’ é um autêntico tecnobrega, electromelody ou qualquer desses rótulos para explicar essa nova onda paraense.

O carimbó ‘Fogo morena’ mistura esse ritmo com a sonoridade pop brasileira do início dos anos 80. ‘Fim de festa’ é uma guitarrada instrumental composta por Manoel Cordeiro, produtor de Belém e pai do cantor.

Felipe Cordeiro parece estar antenado com o cenário atual e permeia o disco ‘Kitsch Pop Cult’ com impecável bom gosto. O disco encerra com a bela ‘Historinha’.

2012 Kitsch Pop Cult

1. Legal e ilegal
2. Lambada com farinha
3. Fanzine kitsch
4. Café pequeno
5. Conversa fora
6. Dias quentes
7. Fogo morena
8. Fim de festa
9. Embaraço
10. Historinha

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3.11.2012

FODAM-SE BEM, FODAM-SE MAL, CAIAM DE BOCA NO MEU HALLS



E.M.I.C.I.D.A. lança mais uma canção, desta vez em homenagem às vítimas da truculência policial, agindo em defesa dos graúdos e poderosos. Como foi o caso da retirada dos moradores de Pinheirinho, em São José dos Campos, ou da desocupação da Cracolândia em São Paulo e como bem diz o jovem Leandro, “todas as quebradas devastadas pela ganância”.

No caso de Pinheirinho, a força policial distribuiu pontapés e bombas de gás lacrimogênio, não se importando com a presença de mulheres, crianças, idosos, deficientes e moradores inocentes. Na cracolândia, a mesma truculência foi aplicada para retirar os usuários da droga, que mais deviam ter sido reabilitados em algum programa social de recuperação de viciados.

Toda a bronca do E.M.I.C.I.D.A. é com a falta de políticas sociais votadas para uma parcela carente da população. Sinceramente, acho que ele pegou um pouco mais pesado, que devia... Mas a música foi feita para ser mesmo um soco no estômago, um tapa na cara ou um dedo na ferida de uma sociedade, que está cada vez mais ignorante e alheia ao que a cerca.

“O Brasil tem um histórico do povo ser colocado contra o povo e abraçar a causa da "elite": olha pro caso da USP, olha a favela do Moinho, a situação dos quilombolas, do MST, de todas as famílias sem ter onde morar... embora esta parcela da população seja gigantesca, a mídia faz com que o povo pense que são baderneiros. O que me assusta é a apatia das pessoas perante estas situações: você está assistindo o governo solucionar um problema de moradia com a Tropa de Choque agredindo mulher com criança de colo e acha que é isso que deve ser feito? Na hipótese mais bizarra, o Estado ainda estaria errado pela forma como trata as pessoas”, diz E.M.I.C.I.D.A..

Valeu E.M.I.C.I.D.A. pelo posicionamentoe engajamento! A faixa foi produzida por Renan Saman, com letra do próprio Leandro, lançada pelo Laboratório Fantasma.

#Dedonaferida

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3.04.2012

O DEUS QUE DEVASTA É O MESMO QUE TAMBÉM CURA


Com um disco autobiográfico, Lucas Santtana se supera em seu quinto álbum, ‘O Deus que Desvasta mas Também Cura’.

Este lançamento segue cheio de transgressões, derivadas do álbum anterior (‘Sem Nostalgia’ de 2009), mas com um recorte pop dos primeiros discos (‘Eletrobendodô’ e ‘Parada de Lucas’). É como um vislumbrar o passado, sem (nenhuma) nostalgia.

A faixa que dá nome ao álbum abre com a tradição característica dos arranjos do maestro Leitieres Leite e sua ‘Orkestra Rumpilezz’. ‘Músico’ é um electro-afrobeat, com participação especial de Curumin no mpc, CéU nos vocais, Gustavo Ruiz nas guitarras, Marcos Gerez no baixo, Maurício Fleury no sintetizador e Bruno Buarque na bateria, que também divide a produção com Santtana, além da participação de Rica Amabis, creditado como co-arranjador e integrante da ‘Orquestra Sinfônica de Lagos’, numa clara referência ao berço desse ritmo.

Em ‘Jogos madrugais’, Santtana remete à sonoridade de velhas canções como ‘Lycra-limão’ ou ‘Itapoã ano 2000’, mas também traz a tona ecos de ‘Who can say wich way’, num belo arranjo em parceria com Gilberto Monte. ‘É sempre bom lembrar’ é uma balada nos moldes de ‘Hold me in’ – também do já clássico ‘Sem Nostalgia’ – arranjada em parceria com Gui Amabis, integrando a ‘Camerata Impressionista Grifnória’, que também tem a clarineta de Luca Raelle, o vibrafone de Marcelo Lobato, baixo acústico de Kassin (que também toca sintetizador) e violoncelo de Hudson Lima.

‘Se pá ska S.P.’ e ‘Vamos andar pela cidade’ mantém elos de ligação com o álbum ‘3 Sessions in a Greenhouse’. A primeira tem participação especial da guitarra solo de Morotó Slim, enquanto a outra tem novamente Bruno Buarque nas baquetas. Mas as duas faixas têm o auxílio da ‘Rio Brass Ensemble’ – com Leandro Joaquim no trompete e Marco Serragrande no trombone – e ‘Double Pack System Brass Ensemble’ – com Guizado no trompete e Edy no trombone – respectivamente.

‘Ela é Belém’ anuncia o arranjo e programações eletrônicas de Gilberto Monte, na orquestra de um homem só, ‘Filarmônica de Hogwarts’. ‘Para onde irá essa noite?’ é um simples e efici-indie rock com final apoteótico, com baixo meloso de Ricardo Dias Gomes, piano Rhodes e Hammond de Lucas Vasconcelos, bateria de Marcelo Callado e guitarrinha frenética de Gustavo Benjão. Inclusive, essa mesma banda acompanha Lucas em quase todas faixas do disco, salvo as participações aqui mencionadas.

“É uma manhã de domingo”, prega a canção composta entre pai e filho, Lucas e Josué. “Cadê Joaquim?”... Em ‘Dia de furar onda no mar’, Santtana posiciona na beira da praia uma exaltação à amizade na infância, pela óptica de Josué. “Convida o Matheus?”.... O menino Josué não é estreante no mundo das artes, visto que já compôs o ‘Funk do Ninja Bebê’ e está prestes a lançar o livro ‘ABC do Josué’ – onde define palavras como contemporâneo, incidência, almejar e réveillon – do qual o pai retirou essas mesmas definições para compor parte da letra.

‘O Paladino e seu cavalo Altar’ é a versão de Lucas Santtana para ‘This is not the fire’ da banda inglesa ‘My Tiger My Timing’, que faz um pop-new-wave contemporâneo. A faixa é herdeira absoluta d’O violão de Mário Bros’, numa ode aos vídeo-games. Inclusive Santtana utiliza-se de samples de alguns jogos antigos.

‘O Deus que Devasta mas Também Cura’ é um disco ousado, no qual Santtana mistura música erudita, games, barulhinhos e diversas programações eletrônicas em vários gêneros e ritmos, que permeiam toda obra.

O mote do disco é o momento atual de Lucas Santtana, temas como saudades, amores, dores, vícios e prazeres são pontuados pelas faixas dessa obra coesa. É impossível não ouvir o disco como uma peça única, desde a primeira canção à ultima. Este é ‘O Deus que Devasta mas Também Cura’.

2012 O Deus que Devasta mas Também Cura

1. O Deus que devasta mas também cura
2. Músico
3. Jogos madrugais
4. É sempre bom se lembrar
5. Se pá ska S.P.
6. Ela é Belém
7. Vamos andar pela cidade
8. Pra onde irá essa noite?
9. Dia de furar onda no mar (para Josué, Matheus e Joaquim)
10. O Paladino e seu cavalo Altar (This is not the Fire)

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2.26.2012

O AFROBEAT BRASILEIRÍSSIMO DO BIXIGA 70

No melhor estilo de uma grande orquestra, o ‘Bixiga 70’ emula os afrobeats do Fela Kuti, com muito groove e tempero brasileiro.

A banda é formada por Décio 7 na bateria, Marcelo Dworecki no baixo, Cris Scabello na guitarra, Mauricio Fleury nos teclados e também guitarra, Rômulo Nardes e Gustávo Cék nas percussões, Cuca Ferreira no sax barítono, Dany Boy no sax tenor, Doug Bone no trombone e Daniel Gralha no trompete.

Juntos eles lançaram um dos melhores discos do ano passado, o auto-intitulado ‘Bixiga 70’. Para nomear a banda, ‘Bixiga 70’, os integrantes homenagearam Fela e sua famosa orquestra ‘Africa 70’, que nos anos 80 se tornaria ‘Egypt 80’, e segue em atividade até os dias de hoje com o herdeiro Seun Kuti.

O ‘Bixiga 70’ veio somar ao contingente de grandes orquestras (ou não), que misturam música brasileira com o afrobeat nigeriano, como a ‘Orkestra Rumpilezz’, a ‘Abayomy Afrobeat Orquestra’, ‘Sambanzo’, ‘Burro Morto’, ‘Afro Electro’, ‘Uafro’, entre outras...

Para baixar o disco inteiro, é preciso baixar música por música, diretamente do soundcloud deste combo – o ‘Bixiga 70’.

2011 Bixiga 70

1. Grito de paz
2. Luz vermelha
3. Tema di Malaika
4. Mancaleone
5. Zambo beat
6. Balboa da Silva (homenagem a Nilson Garrido)
7. Desengano da vista
8. Balboa dub
9. Dub di Malaika
10. Dub vermelho

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2.19.2012

MARCHINHAS DE CARNAVAL PARA O BLOCO DO EUOVO SOM

A.B.R.A. é sigla para “Amigos Bandidos Residentes no Amor”, um grupo pré-canavalesco formado por Rubinho Jacobina, Cibelle, Iara Rennó e integrantes da banda Do Amor, Gustavo Benjão, Gabriel Mayall, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado.

Este ano o grupo lançou o álbum ‘A.B.R.A. Pré-Ca’ com o registro das marchinhas carnavalescas que animaram – e que ainda animarão – os bailes dessa época do ano. Tudo começou na véspera do carnaval do ano passado no bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro.

A idéia vingou e virou um bloco pré-carnavalesco com uma enxurrada de novas marchinhas, que tinham tudo para caírem no gosto popular da população boêmia da cidade. Pois foram essas novas marchinhas que viraram o primeiro registro dessa brincadeira, o disco ‘A.B.R.A. Pré-Ca’.

As novas composições refletem a melhor tradição das marchinhas do carnaval, que vai desde o uso de palavras com denotação sacana e duplo sentido. Algumas são assinadas pelo trio Iara Rennó, Cibelle e Rubinho Jacobina, como a ‘Marcha do valeu otários’, que é um estatuto à independência afetiva da mulher. Ricardo Dias Gomes, junto com este mesmo trio, assina a composição da ‘Marcha da pamonha’, que o nome já diz tudo.

Jacobina com Rennó assinam a ‘Marcha do procure saber’, que é um hino contra homofobia, com referências aos modelos pejorativos – que tipificavam as figuras dizendo que “babavam no quiabo” ou “lambuzavam o torresmo” – e às marchinhas preconceituosas, como ‘Cabeleira do Zezé’.

2012 A.B.R.A. Pré-Ca

1. Marcha da abertura
2. Marcha da preparação
3. Marcha do valeu otários
4. Marcha do Iguanacare
5. Marcha lúbrica
6. Marcha do procure saber
7. Marcha da pamonha
8. Marcha Evidênia
9. Marcha da Wilza
10. Marcha do Pratinho

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E finalizando esta postagem de carnaval... E vocês achavam que tinha acabado, né? Este carnaval vai até de manhã...

Seguem umas marchinhas mais antigas em regravações mais recentes com Maurício Pereira e ‘Banda Turbilhão de Ritmos’, com o álbum ‘Carnaval Turbilhão’ de 2009.

Pra quem não sabe, Maurício Pereira é a outra metade dos ‘Mulheres Negras’, mas que também construiu uma carreira solo muito coerente e cheia de grandes álbuns clássicos. A banda ‘Turbilhão de Ritmos’ foi criada para tocar no programa ‘Fanzine’ da TV Cultura, onde o próprio Pereira atuava como crooner.

Entre os projetos pessoais de Maurício Pereira – ele tem shows para seus últimos discos, ‘Mergulhar na Surpresa’ e ‘Pra Marte’ – além de tocar no carnaval com o ‘Turbilhão de Ritmos’.

Mas como o assunto hoje é carnaval. Segue um disco de marchinhas antigas que você um dia já assobiou.

2009 Carnaval Turbilhão

1. Pot-Pourri: Toque de Clarins/ Guará/ El Cubanchero
2. Aurora
3. Ala-la-ô
4. Touradas em Madri
5. Chiquita Bacana
6. A.E.I.O.U.
7. Marcha da cueca
8. Máscara negra
9. Nós os carecas
10. Cabeleira do Zezé
11. Transplante de corinthiano
12. Saca-rolha
13. Jardineira
14. História do Brasil
15. Coração de jacaré
16. Pirata da perna de pau
17. Pastorinhas
18. Mamãe eu quero
19. Passarinho de relógio
20. Me dá um dinheiro aí
21. Pot-Pourri: El Cubanchero/ Guará

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2.12.2012

LETUCE NUMA SÓ TALAGADA

O Letuce é formado por Letícia Novaes e Lucas Vasconcelos. Eles fazem um som com muita influência do jazz e alguma pitada de indie-rock, pra fazer uma ambientação low profile. A presença de Letícia transforma a dupla num acontecimento extraordinário.

Destaque para faixas como ‘Pra passear’, ‘Fio solto’, ‘Medo da baleia’, ‘Loteria’, ‘Sutiã’ e ‘Ninguém muda ninguém’. Não deixem de ouvir e curtir o som – que a própria dupla disponibilizou pelo site oficial.

2012 Manja Perene

1. Pra passear
2. Fio solto
3. Chess trip
4. Areia fina
5. Cataploft
6. Freud sits here
7. Sempre tive perna
8. Medo de baleia
9. Loteria
10. Insôniazinha
11. Anatomia sexual
12. Sutiã
13. Ninguém muda ninguém

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