8.28.2011

NUTHIN' LIKE A G CUMBIA





Pare tudo o que está você fazendo e baixe agora mesmo o novo disco do Quantic. Ele mesmo!!! Will Holland, inglês baseado na Colômbia que faz um som da melhor qualidade com ‘The Soul Orchestra’, ‘Combo Barbaro’ e ‘Flowering Inferno’.

Ele já vinha misturando cada vez mais os ritmos latinos com os jamaicanos nos últimos álbuns, mas nesse novo lançamento – também em vinil – em que junta na sua cumbia de tempero dub, o hip-hop norte-americano.

O disco abre com a versão para o clássico do KRS One, ‘Step into a world (Rapture's delight)’, que muitos podem nem reconhecer. Mas, mesmo para os não iniciados no hip-hop gringo, é impossível não se lembrar da levada de ‘Nuthin' but a g thing (Dre en cumbia)’, originalmente do Dr. Dree.









‘Cuarta com cuarta’ é uma composição autoral de Holland, que é seguida por ‘Get ur freak on’ de Missy Elliot, que de um ragga-dubstep ganhou ótima versão latina. Depois vêm uma releitura de Pete Rock & CL Smooth para ‘They reminisce over you (T.R.O.Y.)’, onde o produtor transformou a faixa numa autêntica salsa latina. Quantic encerra a obra com uma homenagem a J. Dilla em ‘Rico suave bossa nova (cumbia de Dilla)’, onde ele ressalta o ritmo de jazz pela levada do tambor.













Quantic parece se apropriar de cada canção e faz essas regravações se tornarem tão relevantes quanto a faixa original. Esse disco é um item essencial em qualquer discografia básica de músicas dançantes e como diz o encarte, ‘Edição limitada para uso exclusivo de DJs’.

Quantic y Su Conjunto Los Miticos del Ritmo
2011 Hip Hop em Cumbia EP


1. Step into a world (Rapture's delight)
2. Nuthin' but a g thing (Dre en cumbia)
3. Cuarta con cuarta
4. Miss Jackson (interlude)
5. Get ur freak on
6. They reminisce over you (T.R.O.Y.)
7. Rico suave bossa nova (cumbia de Dilla)

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8.21.2011

THIS WORLD IS GOING UP IN FLAMES



Charles Bradley viu a mitológica apresentação de James Brown no Apollo Theatre em 62. Desde então ele sacou que precisava cantar para o resto da vida.

Enquanto James Brown é chamado de ‘Godfather of Soul’, Bradley tem o título de ‘Screaming Eagle of Soul’, a ‘Águia Gritante do Soul’ em português.

Após viver anos como cozinheiro na Califórnia, Bradley retornou a New York e passou a atuar como crooner nas noites da cidade. Certa noite, um desses clubes recebeu a visita de Gabriel Roth da Daptone Records, o mesmo selo soul, que também lançou Sharon Jones, Dap-Kings, Budos Band e Lee Fields, entre outros.

Bradley lançou vários singles pela Daptone Records – acompanhado pela Sugarmen Co e também pelos The Bullets (que depois se tornariam o embrião para os Budos Band).

Charles se juntou a Thomas Brenneck (guitarrista dos The Bullets) e os dois começaram a ensaiar e compor o que se tornaria o primeiro álbum cheio de Bradley – porque essas músicas seriam lançadas ao longo dos anos na forma de singles pela Dunhan Records, um braço da Daptone Records. Desses ensaios Brenneck montou a Menahan Street Band, com a qual Bradley também tem excursionado.

Charles Bradley é uma das vozes que podem ser consideradas como sucessoras ao manto deixado pelo eterno ‘Padrinho do Soul’.

2011 No Time for Dreaming (& Menahan Street Band)

1. The world (is going up in flames)
2. The telephone song
3. Golden rule
4. I believe in your love
5. trouble in the land
6. Lovin’ you, baby
7. No time for dreaming
8. How long
9. In you (I found a love)
10. Why is it so hard
11. Since our last goobye
12. Heartaches and pain

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2011 No Time for Dreaming (The Instrumentals by Menahan Street Band)

1. The world (is going up in flames)
2. The telephone song
3. Golden rule
4. I believe in your love
5. Trouble in the land
6. Lovin’ you, baby
7. No time for dreaming
8. How long
9. In you (I found a love)
10. Why is it so hard
11. Since our last goobye
12. Heartaches and pain

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8.14.2011

A GENGIBIRRA NO MAR ABAIXO

A música brasileira de exportação dos dias de hoje não é o axé, nem o funk ou o sertanejo. Ela vem do norte do País, mas também tem forte apelo popular. É o tecnobrega, tecnomelody, guitarrada, carimbó ou cumbia, como o ritmo é conhecido nos países hermanos.

O exemplar que disponho aqui é o single do disco, uma amostra do que vem por ai. São quatro faixas do álbum de Felipe Cordeiro, ‘Kitsch Pop Cult’. O EP começa com ‘Legal e ilegal’, uma cumbia deliciosa que define os definitivos aditivos para cada estilo musical. Na sequência ‘Lambada com farinha’, que o nome já entrega o ritmo e o estilo.

O disco encerra com ‘Fanzine Kitsch’ e ‘Historinha’. O som do Felipe Cordeiro é fundamental para entender essa nova onda da música popular brasileira, que valoriza os sons do norte do país. Vale a pena curtir essa música e dançar ao seu balanço.

2011 Kitsch Pop Cult (EP)

1. Legal e ilegal
2. Lambada com farinha
3. Fanzine Kitsch
4. Historinha

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8.07.2011

CORINNE CORINNE CORINNE

Ela é a diva máxima! Seu último disco foi mais que uma dor de cotovelo, mais que uma confissão, mais que qualquer condição desumana de alguma qualquer reabilitação. Ela é a maior de sua geração. Maior que qualquer outra cantora. Duvida? Ouve ai!

No último disco ela cantou a perda do amor, o marido que morreu por overdose de metadona, em grandes canções – desde já clássicos instantâneos – como ‘Feels like the first time’, ‘Paris nights/ New York mornings’, ‘Closer’, ‘The blackest Lily’, ‘Paper dolls’ e a que dá o nome ao álbum ‘The Sea’.

Saiu este ano, o ‘The Love EP’, com ‘My love’, ‘I wanna be your lover’ e um cover de Bob Marley, ‘Is this love’. Ela é ótima cantando covers e quando o faz, reconstrói a canção e incorpora nela todas suas nuances de interpretação, que a melodia parece ter sido escrita pra ela cantar. Foi assim também com ‘Since I’ve been loving you’ do Led Zeppelin e com ‘Venus as a boy’ da Bjork.

Não dá pra ficar impassível ouvindo Corinne Bailey Rae. O som que ela faz é o melhor que há na soulmusic atualmente. Ouça sem restrições...

2011 The Love EP

1. I wanna be your lover
2. Low red moon
3. Is this love
4. My love
5. Que sera sera (live)

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2010 The Sea

1. Are you here
2. I’d do it all again
3. Feels like the first time
4. The blackest Lily
5. Closer
6. Love’s on its way
7. I would like to call it beauty
8. Paris nights/New York mornings
9. Paper dolls
10. Diving for hearts
11. The sea

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2007 Live in London & New York

1. Call me when you get this
2. Trouble sleeping
3. Breathless
4. Enchantment
5. ‘Till it happens to you
6. Since I’ve been loving you
7. Like a star
8. Put your records on
9. Butterfly
10. I’d like to
11. Choux pastry heart
12. Seasons change

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2007 Corinne Bailey Rae (Special Edition)

Disc 1
1. Like a star
2. Enchantment
3. Put your records on
4. ‘Till it happens to you
5. Trouble sleeping
6. Call me when you get this
7. Choux pastry heart
8. Breathless
9. I’d like to
10. Butterfly
11. Seasons change

Disc 2
1. Since I’ve been loving you
2. Emeraldine
3. Munich
4. No love child (previously unreleased)
5. Enchantment (Amp Fiddler Remix)
6. Venus as a boy (Q magazine)
7. I’d like to (Weekender Mix) (previously unreleased)
8. I won’t let you lie to yourself (previously unreleased)
9. Another rainy day
10. Daydreaming

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7.31.2011

MUSIQUE NOIRE, LÉGÈRE ET SOMBRE AVEC CRIOLINA









Sistema Criolina 2011 Europe Summer Tour

1. O tambor (Bolão - remix)
2. Mosca na cerveja (Raul Seixas Vs Chico Science - mashup)
3. Patuscada de Gandhi (Gilberto Gil - remix)
4. Ponto do guerreiro (Maria Bethânia - remix)
5. Lourinha americana (Mestre Laurentino - remix)
6. Manos & molhados (Secos & Molhados Vs Racionais MCs - mashup)
7. Marcha do candango (Criolina original mix Vs Paisagem Desgarrada)
8. Babydoll de nylon (Robertinho do Recife - remix)
9. Toque de pife (Dominguinhos - remix)

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7.24.2011

SAIBA QUEM É E O QUE FAZ O DJ INCIDENTAL

Eudes Ciriano é o DJ Incidental, também produtor musical, baixista e até pintor. Enfim, um artista. “Eu virei DJ Incidental, porque foi meio por incidência que acabei virando DJ”, comenta.

Ele já tocou com a Casa Bebopi e na Mula Manca e a Triste Figura, que hoje é a base da banda Seu Chico, e por último no forró pé-de-serra Chá de Zabumba. “Nada de reconhecimento nacional, mas todas bem tocadas em Pernambuco”, ressalta.

E como foi que começou a se dedicar somente à produção?

Faz cinco anos que sai do Chá de Zabumba. É o tempo que estou me dedicando apenas a produção musical e produção de eventos.

E a questão da grana? Tem sido mais vantajoso?

Sim. É de agregar valor profissional. Estou podendo aplicar meus conhecimentos de mais de 20 anos de palco, usando todo o aprendizado das situações profissionais que eu trabalhei, diretores de cena, produtores musicais, direção fotográfica, criação de figurinos, planejamento de carreira etc. Enfim, tudo pelo que já passei, estou aplicando em minha carreira de DJ produtor.

Já que você trabalha com produção de eventos e pesquisa pra discotecagens... Como concilia o tempo?

Nunca ocupo todo meu tempo. Separo um tempo diário para investir nos remixes, na composição etc.

Como você escolhe a canção que vai remixar?

Quando escuto e sinto que a própria música pede um suporte a mais para ir para pista.
Procuro músicas de melodias curtas, para não gerar um lounge.
Como vou muito pro lado latino, ragga e sonoridades do interior do nordeste. Essa forma de pensar a música deixa margem para escolher sempre músicas de frases curtas, ou algo que acelerando ou baixando o beat eu leve para os ritmos que citei acima.
Mas eu não tenho acesso as tracks abertas. Estou agora pegando tracks abertas para aí sim poder rearranjar as músicas.

Mas você também escolhe sons internacionais como o Buraka Sound System...

É uma banda de conhecimento internacional.
Eu adicionei um elemento de marchinha junina e um caixa no contra tempo.
Está com mais de 365 execuções, quer dizer, pelo menos uma execução por dia,
mais de 244 downloads.

Me gusta La Ciccimila... Essa é uma música tua, né?

Isso. Só os teclados que é Pi.R quem toca, o restante é tudo feito por mim. Mixagem minha e de Christiano.
Mas é uma versão demo. Lembre disso.
Porque a versão final vai rolar backing vocals e até sopro numa parte (talvez) estou estudando...

Sério? Eu já curto ela assim do jeito que está...

Eu também, mas precisa dar um upgrade e masterizar.
Quando entrarem os backing vocals e o sopro, você vai ver a pedrada.
Vai ficar mais pressão.
Aí é que vai ser o chamego mais certo ainda.

Você investe numa carreira internacional?

Eu estou investindo pouco fora do país, porque quero montar base nacional primeiro

Mas você não foi pro Womex, com o pessoal daí de Pernambuco?

Eu fui em 2005 e não fui mais. Agora fico me preparando para voltar, mas quero ter o que mostrar quando for por lá. Quero chegar com um CD autoral pronto, mais do que um de remix.
Enquanto isso eu fico remixando e enviando as músicas para os amigos tocarem por lá.

E o que você tem aprontado de eventos?


Visse a última festa que armei aqui em Olinda?

Eu vi - O MASTRO! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Uma gréia só!
As mulheres ficam se pegando na minha frente e eu sem poder fazer nada...

O ruim foram os pênaltis...

Vixe! Total!!! Foi péssimo!

Mas a festa foi boa, né?

Foi sim. Mas choveu e lá é meio descoberto... Ficou naquela...
Deu uma galera, mas não encheu.
Vamos fazer de novo o segundo capítulo.
Vai ser a festa “Molhação”. Mulheres de blusa branca, sem sutiã, molhadas de mangueira

Tinha que colocar arena de luta livre de mulheres no gel

Vixe, perfeito (per peitos).

Então vamos ouvir os remixes... Pra quem quiser curtir o release oficial, além de outras coisas e o mixtape Mix Zoom numa faixa única.

2010 Mix Zoom Remixes

1. Siba e a Fuloresta do Samba – Pisando em praça de guerra
2. Bojo – Balança a pança
3. Maga Bo – Cabeça voar
4. Arnaldo Antunes – Lava uma
5. DJ Incidental – La Cicimila
6. Celso Piña – Cumbia Campanera
7. Tonny Brasil – Cumbia do Tupinambá
8. Buraka Som Sistema – Morte do Sonic
9. Mazuca – Recife
10. Shantel – Bucovina

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7.17.2011

O MITO DO SEU ESTRELO E DO CALANGO VOADOR

Seu Estrelo - MiniDoc - 061UHA from UHAvideo on Vimeo.

Seu Estrelo é um brincante, ele nasceu do ventre de uma árvore, mas sua mãe é Laiá e o pai é o Rio.

Conta a história de que Laiá sempre fora fascinada pelo Rio. Um dia seu irmão, Luzbelo, deu-lhe de presente um sonho com o Rio. Nesse sonho, o Rio entrou dentro de Laiá e inundou-a. Ela guardou esse sonho dentro de uma árvore e nove meses depois nasceu Seu Estrelo.

Toda essa história foi criada como uma brincadeira tradicional – quem sabe daqui mais alguns anos – pela trupe de integrantes do ponto cultural Seu Estrelo e Fuá do Terreiro. Além de oficinas de percussões, dança e confecção dos figurinos dos brincantes, eles trazem as apresentações de circo na rua para o plano piloto de Brasília. O grupo existe há sete anos, mantendo viva essa tradição de brincantes no Distrito Federal.

Durante suas apresentações, cada integrante incorpora um personagem dessa mitologia criada especialmente para essa brincadeira da tradição popular. Além de Seu Estrelo, outro personagem é o Calango Voador, que é filho do Sol com a Terra.

O que eles tocam é o samba pisado, no meio desse Planalto Central, entre brincadeiras e elementos tradicionais do cerrado. Eles são o cerrado popular.

2009 Seu Estrelo e Fuá do Terreiro

1. Baque do Seu Estrelo
2. Trovão
3. Sinhá Laiá
4. O Rio
5. Gavião
6. Ka Nho Naben
7. Mariasia
8. Vim da Mata
9. O Tronco
10. Luzbelo
11. Samba pisado em terreiro estrelado
12. Risadas da Tristeza
13. Bordei de Maracatu, um terninho pra Manoelzinho

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7.10.2011

A MALDIÇÃO DO LORD ASTOR E A ÚLTIMA POSTAGEM ou Por Onde Andará Zecalouro?

Há quase dois anos atrás, o grande blog Loronix encerrava as atividades bruscamente. Zecalouro, o autor do blog, postou justamente esse disco, e sumiu sem deixar rastro, nem notícia alguma.

O Loronix era um blog que primava pelo resgate de grandes obras da música brasileira. O texto vinha sempre em inglês, claramente demonstrando que o público alvo era o gringo. Mas mesmo assim, por causa das sempre completas fichas técnicas e da qualidade dos discos e raridades, era quase uma biblioteca fundamental da música brasileira.

Quando a busca era por algum disco raro ou alguma obra ímpar do cancioneiro brasileiro, o Loronix era o primeiro lugar onde se procurar. Na última postagem, o Zecalouro ainda anunciou que, apesar de problemas financeiros passados, haveria uma grande novidade relacionada com o blog.

Ninguém jamais imaginaria que essa grande novidade, seria o fim das atividades, sem nenhuma despedida. O álbum do maestro e trombonista, Astor Silva, com o título de ‘Lord Astor e seu Conjunto’, ‘É Dança’, ficou por meses estampando a página principal do Loronix, sem nenhuma menção ou resposta aos comentários. Hoje, a imagem já sumiu, como se tivesse sido desgastada com o tempo.

O blog amigo, Toque Musical – pode-se dizer que ocupou uma lacuna deixada pelo Loronix nas postagens de raridades e discos importantes da discografia antiga brasileira – postou o mesmo exemplar do ‘Lord Astor e seu Conjunto’, como que num desafio à maldição da última postagem e do Lord Astor.

Também desafio a maldição – mais no intuito de investigar a verdade – e espero que o amigo AugustoTM tenha algo mais a comentar sobre o fim prematuro do nobre Loronix. Além de postar o disco maldito e temido por outros blogueiros etc, também disponho outros links de algumas raridades do Astor Silva – por estes links agradeço ao blog Música da MPB ao Rock.

PS: ...E Augusto... Se vc puder subir de novo o disco ‘Lord Astor e seus Dixiedrools, Brasil em Ritmo de Charleston’, que eu vi lá no TM, seria ótimo – melhor ainda se postar o link aqui nos comentários...

E quem quiser contribuir com mais discos do maestro também... Podem postar nos comentários.

1961 É Dança – Lord Astor e seu Conjunto

1. Agora é cinza
2. A noite do meu bem
3. Copacabana
4. Fita amarela
5. Oh Carol
6. Stardust
7. Este seu olhar
8. Feitiço da Vila
9. Dindi
10. The diary
11. Eu sei que vou te amar
12. Laura

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1962 Metais em Brasa no Samba

1. Samba de uma nota só
2. Brasiliana nº 1
3. Chega de saudade
4. Arrasta a sandália
5. Chora tua tristeza
6. O que é que a baiana tem
7. O samba da minha terra
8. Palhaçada
9. Minha palhoça
10. A felicidade
11. Menina moça
12. Maracangalha

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1963 Samba... Só Samba – Astor Silva e sua Orquestra

1. Mulata assanhada
2. Garota de Ipanema
3. Só danço samba
4. Saudade
5. Olhou para mim
6. Aquarela do Brasil
7. Meditação
8. La forcata
9. Chora tua tristeza
10. Doce amargura
11. Eu nasci no morro
12. O que o samba tem

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7.03.2011

A CABEÇA DO SOM DE GERMANO

O som do Douglas Germano pode ser considerado o novo samba de São Paulo, pós-Adoniran Barbosa ou a ressurreição do samba paulista, junto com Kiko Dinucci, que é parceiro de Germano nas composições, no Bando AfroMacarrônico e Duo Moviola.

Germano é um poeta urbano, que mantém a tradição das rodas de samba vivas e introduz a poesia da cidade. O disco abre com a faixa homônima, 'Orí', que significa "cabeça humana que compreende o conhecimento e o espírito" pela tradição dos orixás, e tem participação de Dulce Monteiro.

Atabaques, ferros, farols e xequerês são instrumentos que marcam e pontuam todo o disco, juntamente com violões de 6 ou de 7 cordas, pegos no antidopping ou não, e bandolins e cavaquinhos. Os parceiros foram Júlio César na percussão, João Marcondes, Júnior Pita e Guilherme Ramos nas cordas, Everaldo Efe Silva nos vocais e Zéphir, Berada e Ataliba batendo palmas.

'Obá Iná' é um belo canto para xangô, onde Germano comete a ousadia de questionar essa divindade do candomblé. Kiko Dinucci gravou essa mesma canção com Juçara Marçal e Thiago França, no disco 'Metá Metá'. A canção 'Damião' é uma bela crônica do cotidiano urbano, junto com 'Gota a gota', 'Seu Ferrera e o Parmera' e 'Falha humana'.

'Jaci e a maré cheia' é um belo canto em homenagem ao mar e ao amor. 'Cordel de Bananeira' tem participação especialíssima Seu Germano e Guilherme Azenha Germano, além do coro especial formado por Dulce, Mariana Laura e Tarsila, Efe Silva, Pita, Pedrosa, Ramos, Cuca e João Marcondes, que segundo Germano, foi responsável pelo disco inteiro.

2011 Orí

1. Orí
2. Espólio
3. Obá Iná
4. Damião
5. Gota a gota
6. Falha humana
7. Canção de desmeninar (canção para ninar fodido)
8. Jaci e a maré cheia
9. Seu Ferrera e o Parmera
10. Deixei meu coração na Vila
11. Cordel da Bananeira

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6.26.2011

SE ORIENTE GIL NA POLITÉCNICA DA USP


Essa gravação de um show de Gilberto Gil é uma pérola da música brasileira. Gil estava chegando do exílio e foi convidado a participar de um protesto contra a morte do estudante da USP, Alexandre Vannucchi Leme, pela ditadura militar.

Nesse show na Escola Politécnica da USP, Gil cantou e músicas e contou casos para um público de quase dois mil alunos. Ele tocou clássicos da época como ‘Oriente’, ‘Meio de campo’, ‘Objeto sim, objeto não’ e ‘Expresso 2222’.

Quando a audiência pediu em coro que cantasse ‘Cálice’, parceria de Gil com Chico Buarque, ele respondeu que não sabia parte da letra. “Tem uma parte da letra, que é do Chico, que eu não lembro e que eu nem aprendia cantar”, lembra. Até que um estudante entregou-lhe uma cópia da letra e Gil apresentou uma versão bela e pungente da canção – como só ele sabe fazer.

Toda a apresentação, com Gil ao violão e conversando com a platéia como se estivesse sentado na rede da varanda. “Numa corrida de obstáculos, um cara vem e pula por cima, o outro passa por baixo”, comenta Gil, arrancando risos da audiência.

A versão acústica de ‘Back in Bahia’ ganhou urgência de raridade, porque é quando ele explica toda a influência de botar o rock no sertão e cantar como as velhas tradições do repente nordestino. Sensacional!!!

Feito na época, em gravadores de rolo, esse registro foi importante pela história da luta contra a ditadura militar. Chegou a ser cogitado como lançamento, mas Gil já era Ministro da Cultura e não deu atenção ao projeto. Em 2002, Paulo Tatit, do Grupo Rumo, remasterizou o áudio, mas não houve acordo nem verba para o lançamento. Depois o arquivo foi parar na internet, e hoje com encarte e capa feitas pelo blog amigo Toque Musical.

1973 Ao Vivo na Escola Politécnica da USP

1. Oriente
2. Gil fala
3. Chiclete com banana
4. Minha nêga na janela
5. Senhor delegado
6. Eu quero um samba
7. Meio de campo
8. Cálice
9. Gil fala
10. O sonho acabou
11. Ladeira da preguiça
12. Expresso 2222
13. Procissão
14. Gil fala
15. Domingo no parque
16. Gil fala
17. Umeboshi
18. Objeto sim, objeto não
19. Gil fala
20. Ele e eu
21. Noite morena/ Duplo sentido
22. Cidade de Salvador
23. Iansã
24. Eu só quero um xodó
25. Edith Cooper
26. Back in Bahia
27. Filhos de Gandhi
28. Eu preciso aprender a só ser
29. Cálice (respise)

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6.19.2011

O TOQUE DO ROJÃO DE RODRIGO CAÇAPA

Outro lançamento do ano. O disco de Rodrigo Caçapa tem participação de Alessandra Leão nas percussões e Hugo Linns nas linhas de baixo.

Nesse álbum, Caçapa eletrificou as violas e gravou uma obra enxuta, apenas com as violas de 12 e 10 cordas, violões-baixo, pandeiro e ganzá.

Baseado em termos usados para identificar os ritmos, como Côco, Rojão, Samba, Baião, Repente ou Baiano. Sem querer, Caçapa me lembrou o álbum ‘Coisas’ do Moacir Santos, mas ele fez o seu próprio exemplar, o Rojão, seu Toque de Rojão – nesse caso o Toque da Viola.

É um disco de viola moderna – ‘Elefantes na Rua Nova’ – porque Caçapa transforma o som da viola com afinações criadas especialmente para as gravações, além de utilizar pedais de efeito como tremolo, reverb e delay.

Caçapa é conhecido pelos discos que produziu, mas este é seu primeiro disco solo, gravado com cuidado e personalidade autoral.

2011 Elefantes na Rua Nova

1. Baiano-Rojão Nº01
2. Coco-Rojão Nº01
3. Coco-Rojão Nº03
4. Baiano-Rojão Nº02
5. Coco-Rojão Nº02
6. Samba de Rojão Nº01
7. Rojão Nº01
8. Coco-Rojão Nº04

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6.12.2011

ENTÃO ARRANQUEM PEDAÇOS DO BONIFRATE


Eu gosto das letras do Bonifrate, que eu conheci no último disco do Supercordas, ‘Seres Verdes ao Redor’. Até mesmo, já havia mencionado aqui antes, que o som dele é o encontro do rock rural brasileiro com os timbres psicodélicos em melodias assobiáveis – seja no Supercordas ou na carreira solo.

Só mesmo na poesia do Bonifrate é que as horas emudecem ou se confirme a existência de uma avalanche de luz ou até a possibilidade de sugestão para lhe arrancarem os pedaços e enterrarem nos quintais da mente.

Somente nos poemas de Bonifrate, que você pode encontrar imagens oníricas como uma fazenda de nuvens, fantamas e gatas loucas, céu lacrimejante, reumatismo temporal, festa interestelar, cronos translacionar, sertão diabril, artefato voador e até mesmo um demônio criador particular. Ou que você possa renascer do ar, chover lembranças e que o trem não improvisa.

O Bonifrate lançou o álbum ‘Um Futuro Inteiro’, que é uma obra coesa, que sempre coexistiu com a obra do Supercordas e com os outros álbuns lançados por ele. Músicas como ‘Esse trem não improvisa’, ‘A farsa do Futuro enquanto Agora’, ‘Vertigem de uma festa interestelar’, ‘O vôo de Margarida’ e ‘Cidade nas nuvens’, que são o que há de melhor no folk-rock-psicolélico-assobiável, representado pelo Bonifrate. Mas não há que deixar de fora, desse cancioneiro, as baladas-folk-líricas ‘Cantiga da fumaça’, ‘Eugênia’ e ‘Naufrágios’ ou a também folk-onírica ‘Antena a mirar o coração de Júpiter’.

Para que você também possa entender o Bonifrate, peguei uns links lá do (Mu)sroom Records... Aqui vai uma amostra do cancioneiro folclonírico desse grande trovador da música folcloral brasileira – incluindo o recém lançado ‘Um Futuro Inteiro’.

2011 Um Futuro Inteiro

1. Esse trem não improvisa
2. A farsa do Futuro enquanto Agora
3. Vertigem de uma festa interestelar
4. Concórdia
5. O vôo de Margarida
6. Cantiga da fumaça
7. Antena a mirar o coração de Júpiter
8. Cidade nas nuvens
9. Naufrágios
10. Nadando
11. Eugênia

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2010 Ao Vivo no Plano B (& os Demônios do Brejo)

1. Seqüelagem
2. Estudo rural em ré maior
3. No try
4. Céu & chão
5. Kissing by the lake
6. Cantiga da fumaça
7. Os anões da Villa do Magma (parte 1)
8. Rumo à Lua num tapete voador
9. Naufrágios
10. Home of the brave (Spiritualized cover)
11. Eugênia

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2006 Breve Viagem ao País das Libélulas

1. Partida (quatro asas)
2. Estadia (a dança da mosca-dragão)
3. Retorno (meu sofá sem você)
4. Epílogo (eu não tenho sorte nessa vida)

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2005 Os Anões da Villa do Magma

1. Os anões da Villa do Magma (parte 1)
2. Céu et chão
3. Bolhas de vidro
4. Os anões da Villa do Magma (parte 2)
5. Estudo rural em Ré Maior
6. No try (capela)
7. Kissing by the lake
8. Rumo à Lua num tapete voador
9. O álcool é piegas
10. Mini-plasma
11. Os anões da Villa do Magma (parte 3)
12. Minha casa orgânica

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2004 Os Seres Verdes Série 1 (& Valentino)

1. Semi-humanos administrando sum-humanos compradores
2. Eterno entardecer
3. RISC vs. CISC

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2003-2001 Paleontologia (Ossadas e Fragmentos)

1. Quando a chuva cai
2. Miolos apaixonados
3. Substâncias cósmicas
4. Kissing by the lake
5. Unicórnio 2D
6. O álcool é piegas
7. Problemas com o radar 1
8. Problemas com o radar 2

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2002 Sapos Alquímicos na Era Espacial (EP)

1. Seqüelagem
2. I.A. e seus Algoritmos
3. Alquimistas do underground
4. Casa com piano
5. Benzitrat
6. Frog Rock
7. Radiação verde
8. Mae'r llyfr ar y bwrdd
9. Bizarrices noturnas
10. Pós
11. Créditos

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2002 Substâncias Cósmicas (Single)

1. Substâncias cósmicas
2. Unicórnio 2D
3. O álcool é piegas

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6.05.2011

SOU SUSPEITA, ESTOU SUJEITA E NÃO SOU SANTA


O álbum de estréia de Anelis Assumpção – filha de Itamar Assumpção – será lançado oficialmente em nove de junho desse ano, mas já está digitalmente disponível para audição no site da Scubidu Records.

Não apenas pelo fato de ser filha de Itamar, que o disco de Anelis abre com uma introdução de voz e violão do pai. Antes de morrer, Itamar fez um acordo com Anelis de que a ajudaria na produção do primeiro disco solo, se ela o ajudasse a reeditar sua obra. A ‘Caixa Preta’ de Itamar foi lançada – infelizmente de forma póstuma, pois Itamar morreu em 2003 – mas mesmo assim ele cumpriu o acordo com a filha.

Segundo reportagem de Marcus Preto na Ilustrada, a própria Anelis não conseguia terminar nada na carreira solo, enquanto não concluísse a 'Caixa Preta' do pai. “Tinha horas que eu ficava até angustiada, me perguntando porque ele foi fazer esse acordo comigo, mas só depois é que fui entender o que estava acontecendo nesse processo”, comenta ela.

O que aconteceu foi um amadurecimento, das canções e da própria carreira de Anelis, além de um ganho considerável em experiência, que ela jamais teria se não houvesse o acordo – já que ela produziu dois discos com material inédito do pai, junto com dois grandes produtores como Beto Villares e Paulo Lepetit. Além desse ‘curso intensivo’ em produção, que teve com a preparação da ‘Caixa Preta’, todo dinheiro ganho com a venda dessa reedição, foi usado na produção do CD ‘Sou Suspeita Estou Sujeira Não Sou Santa’ – resumindo, Itamar foi produtor executivo por tabela.

A música de abertura é uma homenagem a Itamar e à todas mulheres, inclusive à própria filha, ‘Mulher segundo meu pai’, onde a introdução se transforma num dueto arrepiante entre pai e filha. O disco segue abraçando o reggae e o dub em ‘Bola com os amigos’ e até promove o encontro entre o samba e as rimas do rap de Max B.O., em ‘Passando a vez’.

Mas o disco tem outras grandes participações, como Gero Camilo, que foi o par-romântido de Rodrigo Santoro em ‘Carandiru’, mas que usou a veia de ator para dar vida à cafajestagem em ‘Amor sustentável’. Outras participações importantes como Alzira E. em ‘Quaresmeira’, Karina Buhr e Flavia Maia em ‘Sonhando’, Cris Scabelo em ‘One day’, CéU em ‘Neverland’ e Lurdez da Luz em ‘O importante é o que interessa’ – disponível como bônus das versões vinil e digital.

Outra participação importante são das irmãs de consideração de Anelis, Thalma de Freitas e CéU, que juntas formam o trio ‘Negresko Sis’, ‘As Irmãs Negresko’em inglêse que também é referência ao biscoito de mesmo nome, que é usado pra definir a formação de duas negras e uma branca – nesse caso a CéU é o recheio, entre Thalma e Anelis. Juntas elas cantam ‘Secret’ e ‘Alta madrugada’.

‘Luz dos meus olhinhos’ é um reggae com levada hvaiana, com direito a guitarra-slide, mas também de um tecladinho pegajoso, que confere à peça uma pegada bem pop. Em todo disco existe a colaboração de amigos próximos de Anelis, como Bruno Buarque, Mau Pregnolatto, Lelena Anhaia, Simone Sou, Curumin, Lucas Martins, Gustavo Lenza e Gustavo Ruiz, que já havia gravado dois discos com Anelis, além de Iara Rennó, na banda ‘DonaZica’. São ele ‘Composição’ em 2003 e ‘Filme Brasileiro’ em 2005.

Sem falar na presença cósmica de Itamar Assumpção... No início do álbum, como um profeta da arte e consideravelmente culpado por tudo isso. E como se fosse planejado, o disco encerra do outro lado dessa árvore genealógica tão talentosa.

Por isso, ouçam online, gravem nos players, compartilhem, mas não deixem de comparecer ao show, de comprar o CD nas mãos do artista e de apoiar os artistas nos esquemas de ‘crowdfunding’, que é financiamento colaborativo em inglês – como os sites catarse e multidão, que formam o Grupo Comum –, que são utilizados para viabilizar projetos como esse...

2011 Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa

1. Mulher segundo meu pai (& Itamar Assumpção)
2. Bola com os amigos
3. Amor sustentável (& Gero Camilo)
4. Passando a vez (& Max B.O.)
5. Deita I
6. Secret (& CéU + Thalma de Freitas)
7. Neverland (& CéU)
8. Sonhando (& Karina Buhr + Flavia Maia)
9. Estrela
10. Quaresmeira (& Alzira E.)
11. One Day (& Cris Scabelo)
12. Alta madrugada (& CéU + Thalma de Freitas)
13. Deita II
14. Luz nos meus olhinhos
15. Paixão cantada (o urso da cara brilhante)
16. O importante é o que interessa (& Lurdez da Luz)
17. Como é gostoso

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2005 Filme Brasileiro - DonaZica

1. Desperte
2. Vixe Maria
3. Mulher segundo meu pai
4. Salve (& CéU)
5. Nua e crua (psico.samba) (& B.Negão)
6. Cultura (& Simone Sou)
7. Ensaiadinho (& Oswaldinho da Cuíca)

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2003 Composição - DonaZica

1. Pegadas
2. Leve
3. O fio da comunicação
4. Piano
5. Jabá
6. Protesto pessoal
7. Quem quiser
8. Pimenta
9. Macunaíma
10. Dona Zica
11. Até o dia
12. 11.09
13. Valei-me (& Alzira E.)

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5.29.2011

ME VÊ UM CALDO DE PIABA AE? POR FAVOR?



Caldo de piaba é uma expressão pejorativa no norte do Brasil. É como diz o velho ditado, que “tal coisa está mais fraca que caldo de piaba”.

Mas no caso da banda ‘Caldo de Piaba’, o nome dá-se por conta de ser um grupo que toca desde o reggae, rock, brega, ska, carimbó, lambada, dub, funk , jazz etc. Desde o início da banda, eles se reuniam para tocar versões das músicas que todos integrantes curtiam.

Essa banda do Acre é formada por Miúda no baixo, DiDeus na bateria, Saulinho na guitarra e João na percurssão e já está lançando o terceiro EP, em anos consecutivos. O primeiro EP, ‘Volume Um’, foi lançado em 2009 e trazia uma versão especial para ‘Lambada do Amapá’, do conterrâneo Jorge Cardoso, e duas canções autorais; ‘Vemska pro papai’, que é um ska reggaeado e suingado, e ‘O fanq’, que tem menções de ‘Chank’ do Medeski, Martin & Wood e de ‘Lunar tune’ do João Donato.

Já no segundo EP, ‘Volume Dois’, a banda aprofundou nas influências caribenhas da cumbia, salsa, carimbó etc. ‘Moliendo café’ é uma ótima versão da canção do venezuelano Hugo Blanco. ‘People one’ é mais um composição original, mas tem menção de ‘Canto de Osanha’ de Baden Powell. Para Miúda, o processo de composição é livre. “A gente pode criar na hora ou um chega com um tema e vai desenvolvendo junto com a banda no ensaio”, comenta. Este EP se completa com o surf-music X bolero, ‘Sborba’, e para finalizar o reggae meio dub, meio xote, ‘Dexavi (o que pensa)’.

O terceiro EP foi lançado agora, é o ‘Volume 3’, gravado ao vivo no Estúdio Oi FM, e foi transmitido ao vivo no programa de Max de Castro José Flávio Jr. e Paulo Terron. A banda compôs ‘Lambada nova’ e ‘Daimagem’, mas também fez versões para canções de grande mestres da guitarrada, como Vieira e Aldo Sena, ‘Lambada do Rei’ e ‘Lambada classe A’ respectivamente. A banda também gravou versões para ‘I want you (she’s so heavy)’ dos ‘Beatles’ e ‘La ardillita’ da banda peruana ‘Los Destellos’.

A banda vê nos downloads gratuitos como uma ferramenta para atingir um público maior. A nova máxima de que hoje em dia não se vende mais discos, se divulga. Miúda ainda lembra que a banda conseguiu bons convites para show por causa da internet. “O ‘Caldo de Piaba’ não seria nada sem a internet, com 2 meses de banda a gente gravou o primeiro EP e botou no ‘myspace’. Um ano depois a gente tava tocando no ‘Recbeat’, nós sempre usamos a internet com meio de divulgação da banda”, declara.

Nesse momento, a banda está em processo de composição, para ver se lança um disco até o final do ano. Então, aproveitem e baixem a trilogia de excelentes EPs, que a banda lançou ao longo dos anos...

2011 Volume 3

1. Lambada nova
2. Lambada classe A
3. Daimagem
4. Lambada do Rei
5. La ardillita
6. I want you (dosbito)

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2010 Volume Dois

1. Moliendo café
2. People one
3. Sborba
4. Dexavi (o que pensa)

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2009 Volume Um

1. O fanq
2. Vemska pro papai
3. Lambada do Amapá

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5.22.2011

A ESSÊNCIA DO TRIO DINUCCI, MARÇAL E FRANÇA

O novo disco do Kiko Dinucci, ‘Metá Metá’, em parceria com Juçara Marçal e Thiago frança, é uma das gratas surpresas do ano.

O álbum abre com ‘Vale do Jucá’, música de Sibá Veloso, que enche os ouvidos com uma formação enxuta, da voz de Juçara, violão de Dinucci e sax do Thiago. O disco todo foi gravado nessa formação enxuta de voz, violão, sax e flauta, eventualmente – como em ‘Umbigada’ – mas ainda assim com algumas participações especiais.

‘Papel sulfite’ a voz de Juçara faz um duelo com o sax de Thiago, com o violão ao fundo. Em ‘Trovoa’, Dinucci transforma a composição de Maurício Pereira em quase um chorinho-blues, a canção só tem flauta, voz e volão.

A canção ‘Samuel’, que Dinucci compôs em parceria com Rodrigo Campos, que também participou da gravação. A partir dessa faixa, ‘Vias de fato’, o trio passa a ser acompanhado de Samba Ossalê na percussão e Sérgio Machado na bateria. ‘Oranian’ tem uma levada selvagem e um solo de sopro-atômico.

A música seguinte continua a pancada e leva o incauto ouvinte ao terreiro qualquer de ‘Obá Iná’. Em ‘Obatalá’ – bela composição de Dinucci – o trio volta ao formato enxuto e faz uma delicada gravação, com ótimos momentos de improviso de saxofone, bela impostação de voz de Juçara e o violão sempre marcante de Dinucci.

O disco encerra com ‘Ora iêiê o’, que traz um sensacional arranjo para o ponto de Oxum da casa de Fanti-Ashanti.

2011 Metá Metá – Kiko Dinucci + Juçara Marçal + Thiago França

1. Vale do Jucá
2. Umbigada
3. Papel sulfite
4. Trovoa
5. Samuel
6. Vias de fato
7. Oranian
8. Obá Iná
9. Obatalá
10. Ora iê iê o

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5.15.2011

ALMA BOA DE QUALQUER LUGAR

Carlos Careqa é um desses artistas que são diamantes brutos, digo, ao lapidados, só para buscar uma metáfora bem confortável para todos. Digo isso porque o Careqa é daqueles artistas que muita gente não conhece, mas que é só ouvir alguma de suas canções para começar a assobiar a melodia.

E quem conhece o Careqa, sabe que ele é um dos grandes compositores da música brasileira. Ele é um artista que não busca o óbvio, sempre procurando inovar. O disco ‘Alma Boa de Lugar Nenhum’, está sendo lançado, oficialmente, nesse final de semana, no Teatro Sesc Ipiranga, em São Paulo. No show, Careqa é acompanhado pela atriz Letícia Sabatela e pelo piano de Paulo Braga.

Nesse disco, ‘Alma Boa de Lugar Nenhum’, Careqa se mostra acompanhado apenas por violão. É um disco sublime, gravado apenas com voz e violão, e as participações especiais de gente como Chico Buarque, Arrigo Barnabé, Gabriel Levy, Ana Friedman e o já mencionado Paulo Braga.

Minha Música - Chico Buarque from carloscareqa on Vimeo.

Pode-se dizer que o álbum é quase uma sequência não planejada do disco anterior, o exelente ‘Tudo que Respira quer Comer’ de 2009, até porque o Careqa não se repete jamais, mesmo sabendo que igual é legal. No disco anterior, de 2008, ele cantou em português grandes clássicos do norte-americano Tom Waits, no álbum ‘À Espera do Tom’. Músicas em inglês como ‘All the world is green’, ‘Chocolate Jesus’ e ‘Jersey girl’, viraram nas mães de Careqa ‘E tudo fica azul’, ‘Guaraná Jesus’ e ‘Garota de Guarulhos’, respectivamente.

Antes disso, Careqa havia homenageado o David Byrne – quem sabe pelo cantor do Talking Heads ter incluído uma bela faixa do disco de estréia de Careqa na coletânia gringa de música brasileira ‘Beleza Tropical’ – quando misturou ‘Psycho killer’ (da seminal banda de Byrne) com ‘Saudosa maloca’ de Adoniran Barbosa, e as transformou em ‘Psycho maloca’ do disco ‘Pelo Público’ de 2007, que também tem parceria com o cantor brega Falcão em ‘Agora é pra foder’.

O EP gravado ao vivo durante apresentação de Carlos Careqa com a banda ‘Maxixe Machine’, na ‘Grande Garagem que Grava’ em 2005, com repertório todo em portunhol. O álbum ‘Não sou Filho de Ninguém’, que Careqa gravou em 2004, começou a tradição de grandes participações especiais nos discos de estúdio, como Chico Cesar em ‘Menos de doer mais de doar’, e de outros músicos como Jards Macalé e Zeca Baleiro.

‘Música para Final de Século’, do final da década de 90, foi eleito por Byrne, como melhor disco de música brasileira do ano de 1998. Tinha mesmo grandes canções, que até hoje ainda fazem parte do repertório dos shows de Careqa, como ‘Ser igual é legal’, ‘Chorando em 2001’ e ‘Eclipse em meia-lua’.

A estréia aconteceu em 1993, com o disco ‘Os Homens são Todos Iguais’, que tinha a canção que Byrne incluiu na coletânia gringa, ‘Acho’, e um bem humorado hino de amor à cidade de Curitiba (onde Careqa foi educado), ‘Não dê pipoca ao turista’.

No show de lançamento do disco mais recente – ainda dá tempo de você ver o espetáculo de domingo – ‘Alma Boa de Lugar Nenhum’ , Careqa apresenta outra inovação, dessa vez em matéria de marketing. Ele lançou um projeto na internet – pelo site catarse (que permite aos usuários apoiarem qualquer projeto existente).

Eu já apoiei... E você está esperando o quê?


2011 Alma Boa de Lugar Nenhum

1. Estou cheio de arte (com Ana Friedman)
2. Sucessão de fracassos (com Tiago Costa)
3. Minha música (com Chico Buarque)
4. Alma boa de lugar nenhum (com Paulo Braga)
5. Balada da dependência sexual (com Andre Mehmari)
6. O rolo do rolex (com Gabriel Levy)
7. Simplesmente
8. Todo cuidado é pouco (com Arrigo Barnabé)
9. Meu pequeno rádio
10. Terno de damas
11. Costura pra dentro
12. Samba do budista (com Karin Fernandes e Chico Melo)

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2009 Tudo que Respira quer Comer

1. Tudo que respira quer comer
2. 28 (Vinte e oito) (com Mônica Salmaso)
3. Isso passará (com Tatiana Parra)
4. Fantasias (com Fernando Vieira e Camilo Carrara)
5. Qué que cê qué (com Maria Alcina)
6. Brasileiro (com Marcelo Pretto)
7. Cida (com Skowa)
8. Vacamor (com Zé Rodrix)
9. Por quê? (com Toninho Ferragutti)
10. Canção de ninar para uma madrugada insone
11. Feltro no ferro (com Juliana Perdigão e Gabriel Levy)
12. Mal desnecessário
13. A volta triunfal (com Guello)
14. Às vezes (com Raul de Souza)

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2008 À Espera de Tom

1. E tudo fica azul (All the word is green)
2. Eu e meu cachorro louco (Rain dogs)
3. Garota de Guarulhos (Jersey girl)
4. Guaraná Jesus (Chocolate Jesus)
5. Num trem de metrô (Downtown train)
6. Inocente quando sonha (Innocent when you dream)
7. Boa noite Matilda (Tom Traubert´s blues)
8. Tempo time (Time)
9. Tentação (Temptation)
10. Pro meu rubi (Ruby’s army)
11. Soldado até o fim (Soldier´s things)
12. Não baixe a cabeça assim (Hang down your head)
13. Não quero crescer (I don´t wanna grow up)
14. Qualquer lugar que eu me encostar (Anywhere I lay my head)

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2007 Pelo Público

1. Agora é pra foder (com Falcão)
2. Arraso profundo
3. Agora eu só quero
4. Olhos de star
5. Os cinco lados da mulher
6. Tetraplégico de amar
7. Espinha de bacalhau
8. Eremita urbano
9. Porque é que você faz isso
10. Feiura é fundamental
11. Vou falar com o Pitanguy
12. Ser solteiro
13. Samba a bile
14. O resto é o pó
15. Psycho maloca

2005 Nosotros que Somos nós Mesmos (& Maxixe Machine)

1. Duela a quien duela
2. Ba
nquete em Medelín
3. Recuerdos de Mypicaporay
4. Nena
5. Cacaca em el Titicaca

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2004 Não Sou Filho de Ninguém

1. Não sou filho de ninguém
2. Menos de doer mais de doar (com Chico César)
3. Êh! São Paulo
4. Achado
5. Pai postiço (com Jards Macalé)
6. Frente é verso
7. Issi
8. Isto
9. Meu querido Santo Antônio
10. Língua de babel
11. O louva Deus
12. Eu beijo sim
13. Salomé só
14. Não é gente não

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1998 Música para Final de Século

1. Ser igual é legal
2. Chorando em 2001
3. No caminho para Santiago
4.Música para final de século
5. Manhattan tan tan
6. Eclipse em meia-lua
7. Cortei o dedo
8. São solidão
9. Temporal
11. Feliz amor
12. A cor de Nova York
13. Não pise nos meus Carlos
14. Vou sair

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1993 Os Homens são Todos Iguais

1. Não dê pipoca ao turista
2. Acho
3. Os homens são todos iguais
4. Subway
5. A última quimera de Sebastião Antônio Pereira
6. Couto anual
7. Não dê pipoca ao turista II
8. Alles Plastik
9. Tá na cara que é
10. Deus não pensa
11. Cidade
12. O outro lado

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