8.16.2008

A GARGALHADA GOSTOSA DA LUA

A famosa casa da Dona Nilda. Esse foi o cenário onde a Lua cresceu. Na época ela era só a Luana, sobrinha do Dudu, Didiu e Godela. O Dudu é guitarrista e tocava com a banda ‘Exquadrilha da Fumaça’. O Didiu sempre foi ligado ao desenho e hoje em dia já fez clipes para os ‘Ratos de Porão’, ‘Capital Inicial’ etc e tal. Já o Godela sempre foi mais esportista e criou a ginástica natural ‘Integral Bambu’.

Então foi nesse cenário que a Luana cresceu, cercada de toda a galera que visitava a casa da Dona Nilda, como músicos, desenhistas, cineastas, DJs, atores e até atletas. A mãe da Luana, filha da Dona Nilda, irmã do Dudu, Didiu e Godela, morava em São Paulo e também vivia cercada de artistas. Por isso, a casa da Dona Nilda era sempre cheia de gente.

As tardes passavam rápido na casa da Dona Nilda, assistindo filmes com Didiu, ouvindo rock com o Dudu, ou pulando na cama elástica do Godela.

Foi então que a Luana cresceu e virou a Lua e até gravou um disco solo recém-lançado pela Ôlôko Records, e teve participações especiais de gente como Lenine, B. Negão, Edgar Scandurra, Marcos Suzano, e todo pessoal da metaleira do ‘Funk como Le Gusta’. Sem falar na produção de Ale Siqueira.

O disco tem um repertório cuidadosamente escolhido para caber na voz grave e quase rouca da Lua. O repertório trás escolhas ousadas com canções como ‘Maracatu de tiro certeiro’ de Chico Science e Jorge Du Peixe, ‘Seres Tupy’ de Pedro Luís, ‘Argila’ de Carlinhos Brown, ‘A rede’ de Lenine e ‘Tambor’ de Chico César.

No repertório do show, Lua canta as músicas do disco com alguns sucessos de Bob Marley e outros grooves. Nos shows ela é acompanhada por Daniel Ganjaman (do Instituto), no teclado, programações, efeitos, kaosspad e backing vocais; Junior Boca na guitarra; Dj Keffing nos scratches; Abuhl Jr. na percurssão; Nelson Viana na bateria e backing vocais e Demetrius Carvalho no baixo. Ah, e como se não bastasse toda essa galera, ainda veio o Buguinha para mexer na mesa de som.

Os shows da Lua em Brasília aconteceram na segunda-feira no restaurante e bar Calaf, e na terça-feira em um pocket-show na Fnac. Saiu uma resenha sobre o disco na ‘Rolling Stone’ e a Luana estava lá na casa da Dona Nilda mostrando pra todo mundo, toda orgulhosa, entre um filme e outro, ouvindo rock, pulando na cama elástica e dando boas gargalhadas pelo quintal.

Você quer ouvir a gostosa gargalhada da Lua? Ouça ‘Obrigado (Por ter se mandado)’. Ouça também ‘Dias de paz’ ou ‘Se tudo pode acontecer’. Ouça a Lua chegar de mansinho e conquistar sua atenção com sua voz de veludo e o ritmo dançante dos arranjos de Alê Siqueira. Leia também o que a Lua tem a dizer sobre outras coisas mais.

Eu Ovo: Como foi que você começou a carreira?

Lua: Desde muito pequena já pensava em fazer algo diferente, e sempre gostei de cantar. Conhecia algumas pessoas do meio musical e bem cedo, muitos amigos já tinham bandas em Brasília. Comecei como backing vocal dessas bandas e aos poucos, fui percebendo que era isso que eu queria fazer pro resto da vida. Sempre senti muita vontade mas achava tudo muito complicado. O grande impulso na minha carreira foi quando me mudei pra Florianópolis, e tocando de forma totalmente despretenciosa na casa de um amigo, conheci minha empresária Biba Berjeaut. Com a ajuda dela comecei a me dedicar mais e enxergar a música não só como prazer, mas também como uma profissão.


EO: Você começou numa banda de forró, não foi? Que banda foi essa mesmo? Você considera uma mudança de estilo o rumo da sua carreira agora?

L: Comecei como backing vocal de bandas de reggae, mas como cantora tive em Brasília uma banda de forró chamada ‘AS MINAS DO REI SALOMÃO’, com outras cinco amigas e um amigo. Isso foi em 2000 e a banda durou dois anos. Vivi uma época bem intensa com o forró na minha vida. Acredito que essa mudança de estilo aconteceu naturalmente pra mim, a medida que fui conhecendo outros estilos e recebendo outras influências musicais. Sempre levarei comigo esta influência regional do forró, côco e maracatu. Somei essas infuências ao r&b, reggae, dub, soul e outros grooves que se tornaram uma marca no meu trabalho.


EO: Como foram as gravações do seu disco? Porque tiveram muitas participações, como Lenine, Marcos Suzano, Edgar Scandurra e B. Negão. Como você lidou com o fato de estar realmente cantando com gente que você costumava ver da platéia?

L: Como consequência de um longo trabalho em Florianópolis - junto à minha empresária - decidi que era hora de uma gravação mais profissional. Fomos encontrar o produtor Alê Siqueira em Salvador, procurando uma indicação para produzir o meu primeiro álbum. Quando nos conhecemos ele acabou topando produzir o trabalho, e acabamos agendando para o começo de 2005 em Salvador - cidade que ele morava. Quatro meses antes nos mudamos para Salvador, e lá tive reuniões semanais com o Alê em sua própria casa para a escolha de repertório e conversar sobre as participações dos músicos em cada faixa. Pra mim essa gravação se tornou uma faculdade, já que sempre fui intuitiva e autodidata. Quanto aos músicos e convidados do disco, acho que cada produtor tem o seu time, e a maioria dos músicos do projeto faziam parte da galera do Alê Siqueira - Marcos Suzano e Edgar Scandurra, por exemplo. As participações de Lenine e B. Negão eram uma vontade antiga minha, de tê-los em meu trabalho e fiquei muito feliz de poder concretizar esse sonho. Na verdade, ter essas pessoas no disco quebrou um pouco essa barreira entre o palco e a platéia e passei a encarar estes músicos como profissionais, que são iguais a mim. Muitos se tornaram grandes amigos. Do começo ao fim foi uma experiência maravilhosa.


EO: O que você ouve em casa?

L: Meu gosto musical sempre foi muito eclético. Gosto muito de Erykah Badu, Damian Marley, Nneka, Estelle e Ms. Dynamite. Tenho ouvido alguns trabalhos atuais que conheci em Sao Paulo, como Curumin, Otto, Instituto e Guizado. Tambem adoro Lenine e B. Negão e os Seletores de Frequência.

EO: Como tem sido a recepção do público na turnê do disco novo?

L: O público tem aceitado super bem nos lugares onde a gente tocou e ver as pessoas dançando e sorrindo nos shows me deixa muito feliz. Ainda não chega a ser uma turnê, já que tocamos em poucas cidades, mas pretendo rodar o mundo com esse show.

EO: Você acha que downloads pela internet prejudicam ou divulgam o trabalho do artista?

L: Eu encaro a internet como uma aliada. Se eu fosse compositora e não intérprete dessas canções que estão no disco, provavelmente disponibilizaria ele inteiro para download. Sou totalmente a favor da internet, pois acredito que ela tenha facilitado tudo. A meu ver, ela une as pessoas e só soma. Posso receber mensagens e me comunicar com pessoas do outro lado do mundo através do Myspace e ver minha música chegando em lugares que eu nunca fui. Vejo isso como uma conquista.

2008 Lua

1. Se tudo pode acontecer
2. Brilho do sol
3. Piercing
4. Jogo bom
5. Dias de paz
6. Maracatu de tiro certeiro (& B. Negão)
7. Seres Tupy (& Lenine)
8. Argila
9. To na sua
10. Uma ajuda
11. A rede
12. Não deveria se chamar amor
13. Obrigado (Por ter se mandado)
14. Tambor

Baixe aqui pelo Eu Ovo

15 comentários:

Anônimo disse...

Opa, tudo bom.
Fiquei surpreso com a voz dessa menina, uma voz muito forte e gostosa de ouvir.
Gostei tanto que gostaria de colocar uma pedaço dessa entrevista e o cd para download no meu blog, posso fazer esse feedback dessa matéria?
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Abraços.

FeraMp3

Eu Ovo disse...

Claro que sim.
Manda bala - que como a própria Lua comentoou - isso é muito importante pro artista.
E tem artista que ainda não consegue enxergar isso...
abs

Law disse...

Muitissimo boa a entrevista, baxei o disco e vou ouvir daqui a pouco,
vlw bosta!!!!!!
abção

Anônimo disse...

Melhor que baixar o CD é compra-lo na Fnac por +ou- 15 reá, e ainda vem com um encarte caprichado, com fotos e muchas cositas mais.

abç
Didiu

Eu Ovo disse...

É isso ai!
O cd é bem legal e vale a pena comprar o seu...
O meu eu já garanti - comprei com a própria Luana... Lá na casa da Dona Nilda.
As 'muchas cositas' que o Didiu falou sao as letras no encarte e a relação dos musicos que participaram em cada faixa.
Enfim, é um disco que vale a pena ter. Porque essa versão mp3 do disco, tem apenas a capa e contracapa e dois encartes da parte de dentro. Sem falar que o disco digitalizado é mais para divulgação do artista, para que ele fique conhecido.
Valeu Didiu por ter aparecido por aqui.
E qualquer semelhança NÃO é mera coincidência...

Edson d'Aquino disse...

Que pitéu, hein!?, Brunão!!! E com uma gargalhada gostosa, torna-se irresistível. Com todo o respeito!!!!
E que bela voz, forte e bem colocada. Basta de 'vozinha pequenininha de branquinha de neve'.
Belo post!
[]ões

Anônimo disse...

Cabelo, descola o cd do Guitar Hero

Don Didiu

Eu Ovo disse...

É esse ai? esse é guitar hero II
http://rapidshare.com/files/138576669/by.taisinhatr.www.theevolution.org.Guitar.Hero2.rar.html

mas qualquer coisa... faz o seguinte - digita no google: blogsearch.

dai vc entra no link google blog search - e lá vc procura o que vc quer: guitar hero II, III, aerosmith ou qualquer outro disco que quiser.

E isso serve pra qualquer outro download que vc quiser... outra forma - é procurar no orkut, tem várias comunidades destinadas a compartilharem musica na internet... tem a DISCOGRAFIAS, a O DILUVIO e muitas outras... sem falar que Guitar Hero deve ter comunidade no orkut e deve ter um topico pra baixar a trilha sonora.

abração

Anônimo disse...

Cabelo... Garoto Juvenil...
Guitar Hero é uma Puta Banda Japonesa, Power Trio de Rock n roll.
Entra no My Space deles que vc vai gostar, bom pra vc parar um pouco com esses sons regionais que ja estnao muito chatos.
abç
Don

Eu Ovo disse...

hahahahahahaha!
sons regionais é foda - nao deixa a luana ouvir isso.
eu procurei no blogsearch e só veio a trilha do game.
talvez pra achar isso devemos procurar no orkut.
existe uma manha pra baixar mp3 pelo myspace - mesmo que o artista não disponibilize as musicas.
é no http://www.myspacemp3.org
é só seguir as informações e baixar as músicas - sem nenhum problema.

Anônimo disse...

desculpe o nome é Guitar Wolf

Edson d'Aquino disse...

Didiu, o repost do Pata de Elefante já está à sua disposição no G&B.
[]ões

Anônimo disse...

Rapá muito bacana essa postagem. Começando pelo título (muito poético), passando pela matéria, finalizando com o cd. Valeu!
daporra!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FOLHA POESIA LU/CA disse...

Boa noite, há como reupar? o link está quebrado.